- Hey, como vocês se conheceram?
- Paty nos apresentou.
- Paty?
- É, ela nos apresentou num restaurante. Lembra aquele dia que falei que tinha um compromisso e por isso não ia sair com você? Paty me disse que tinha algo importante para falar. E ela também chamou Douglas. Foi assim que nos conhecemos. Quando ela me disse que você poderia estar me traindo, assim como traiu ele.
- Foi ela quem mandou o Caíque olhar seu celular, Anna. - escuto ele dizer - E foi ela quem colocou desconfianças em mim também.
- Então... vocês preferem acreditar na palavra dela do que na minha!? - me indignei - Vão embora! Vocês se mostraram os piores caras que eu já conheci na vida!
- Anna, eu...
- Espera! - o interrompi - Toda vez que vocês disseram que leram minhas mensagens, o meu celular tinha sumido. Como eu não pensei nisso antes!?
- Você está dizendo que...
- Paty armou tudo isso! - eu disse irritada - Ela me paga! E eu ainda chamei aquela idiota de amiga... Ah, que ódio!
Jogo um vaso na parede. Sinto mãos em mim, tentando me impedir de quebrar mais coisas na casa.
- Caíque, me solta! - gritei - Eu quero que vocês dois vão embora!
- Anna...
- VÃO EMBORA!
Eles se entreolharam, mas decidiram sair. Tento me acalmar, pois posso fazer uma loucura. E tudo o que eu menos quero é ser presa.
Evelyn's POV
Chegamos na casa dele. Angélica nos atende sorridente. Nos convida para sentar e começa a nos perguntar sobre Carla. Coitada, não sabe o que o irmão já fez para a garota.
- Angel, sabe onde Tadheu está?
- Ah, ele está no quarto. Não sai desde semana passada. - respondeu - Oh, me desculpe. Nem me apresentei para o rapaz. Sou Angélica, irmã do Tadheu. E você?
- Paulo, amigo das meninas. - ele sorri
- Ahn, vocês não são namorados, são?
Engasgo.
- Não, só amigos. - ele respondeu
- Podemos falar com o Tadheu?
- Claro! Já sabe onde é o quarto dele, não?
- Sim.
Nos levantamos do sofá e subimos a escada. Bato em sua porta e ele abre em três segundos. Bufa.
- O que vocês querem?
- Queremos saber o que VOCÊ fez a Carla! - respondi nervosa
- O quê!?
- Carla desapareceu, e se você acha que nós não sabemos que você fez alguma coisa para ela, está muito enganado!
- Não, eu não sei o que aconteceu. - ele disse preocupado - Car-Carla desapareceu?
- Não vem fazer ceninha, não caio na tua!
- Evelyn, calma!
- Não me peça para ter calma, Paulo! - me irritei - Minha amiga desapareceu e eu sei que esse cretino está por trás disso!
- Eu não faria nenhum mal a ela, eu a amo!
- Me poupe do seu teatro. Dizer que não faria nenhum mal a ela? Que a ama? Quer que eu refresque sua mente?
- EU NÃO FIZ NADA, EU JURO!
Lágrimas apareceram em seus olhos, e uma caiu. Virei de costas e desci a escada, sendo acompanhada por Paulo. Ele segura meu braço.
- Hey, o que está fazendo?
- Indo embora.
- Você não vê? Ele está falando a verdade.
- Jura que acreditou no teatro dele? - perguntei incrédula - O que você sabe sobre verdade?
- Por que você está assim!?
- Só porque minha amiga desapareceu e eu estou preocupada porque um louco pode ter sequestrado ela. Só isso, nada de mais. Está bom pra você?!
- Eu tenho quase certeza de que ele não está mentindo.
- VOCÊ É MUITO IDIOTA, PAULO! - gritei - COMO VOCÊ PODE ACREDITAR EM TODOS?! COMO?! VOCÊ ACREDITA NA NOEMI, E ATÉ NELE VOCÊ ACREDITA! ESTÁ NA HORA DE ACORDAR PRA REALIDADE!
Abro a porta e caminho até o meu carro. Espero ele entrar antes de dar partida. Ele não dizia uma palavra sequer, e acho que devo ter magoado ele. Sinto lágrimas em minhas bochechas. Limpo antes que ele perceba que estou chorando.
- Está chorando?
Droga!
- Não.
- Eu só quero te ajudar, Evelyn.
Ele coloca a mão em meu joelho. Olho para o mesmo e acabo em meus devaneios.
- Evelyn, olha pra frente!
E quando eu olho, estou a ponto de bater o carro no poste. Freio imediatamente, e sou salva por um triz.
Olho para o meu lado e vejo Paulo em estado de choque. Ele retira o cinto e sai do carro. Também saio e vou atrás dele.
- Hey, o que está fazendo?
- Saindo de perto de você, sua louca!
- Você me chamou de...
- LOUCA! - me interrompeu - Você quase me matou.
- Paulo, espera!
Ele para de andar e um carro passa. Sei que ele sentiu o ventinho da morte. Ponto pra mim, salvei a vida dele.
- Acho que salvei sua vida... - sorri para ele - Cadê meu abraço?
- Vamos embora. - bufouAnna's POV
- Anna?
Acordo. Caio do sofá.
- Que barulho foi... - ela me viu no chão - Ah, já entendi.
- Cadê o Paulo?
- Foi pra casa. - respondeu - Cadê o Caíque?
- Expulsei ele.
- Você o quê?!
- Eu descobri que Paty acabou com os meus dois relacionamentos. - suspirei - Meu celular desapareceu. Logo depois eles apareceram dizendo que leram as mensagens. Ela é um monstro, Evelyn.
- Eu nem sei o que dizer... - ela segurou a minha mão - Na verdade, sei sim. Eu quero te pedir desculpa pelas palavras, por ter desconfiado de você. Me perdoa, amiga? Será que posso te chamar assim?
- Claro!
Nos abraçamos.
- Mas e se ela não estiver mentindo?
- Caramba, Anna! - ela se irritou - Eu não sei como não pensei nisso antes, mas ela estava doida pelo Caíque. E nós sabemos muito bem que ela e Noemi não são flor que se cheire. Ou você acredita na hipótese de elas terem armado pra você ou você assume que traiu os dois. E cai na real, as duas nunca se importaram com você, e nem mesmo comigo. Fomos burras. Carla nos avisou que elas eram falsas, mas trazemos elas para perto, abrimos a porta de nossa casa. A gente podia ter evitado tudo isso! - respira fundo, tentando se recuperar - Você ainda tem tempo. Marque uma festa aqui em casa. Se prepara pro show.
- Ok... - falei assustada
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Que Sorte A Nossa ( FLY )
RomansaUm apartamento, três amigas, contas, bagunças, brigas, drama, risos e, o melhor de todos: romance. Carla, Evelyn e Anna têm suas vidas mudadas após uma viagem. Elas conhecem Nathan, Paulo e Caíque. Mas o que elas não sabiam é que, a aproximação com...