Que Sorte A Nossa ( FLY )

Cap. 17 - Noite de Festa

Clara's POV

Ligação on

- Alô?

- Oi, amor.

- Oi, linda. Tudo bem?

- Sim. Miguel, você sabe se Carla está bem?

- Eu estive mais cedo em sua casa, todos estavam bem - respondeu - Carla realmente cresceu.

- Há quanto tempo você não a vê?

- Uns cinco anos.

- E você achou mesmo que ela estaria a mesma coisa depois de cinco anos?!

- Não - gargalhou - E você? Como está?

- Me sinto bem - suspirei - Quem sabe você não vem aqui algum dia?

- Para...?

- Nos visitar!

- Quem sabe?

- Tenho que desligar. Tchau

- Tchau.

- Ah, espere - gritei - Por favor, me ligue se algo acontecer com Carla, ok?

- Ok, te ligarei.

Ligação off

- Seu namorado? - Anna perguntou

- Não, é apenas um amigo - respondi - Amigo de infância.

- Hum - ela suspirou - Vamos fazer alguma coisa?

- Mercado?

- Ok - ela disse pegando as chaves - Vamos fazer a compra do mês.

- Eba! - comemorei

( ... )

- O que precisamos comprar? - perguntei

- Eu não sei - respondeu nervosa - Carla fazia a compra.

- Então vamos chamá-la para vir fazer a compra - falei sarcástica

- Sério? - se animou

- Não! - respondi - Bem, vamos comprar o que precisamos lá em casa. Qualquer coisa, se alguma coisa faltar nós podemos comprar depois.

- Concordo...

Joguei algumas coisas da prateleira no carrinho. Anna estava empurrando o carrinho enquanto eu pegava as coisas. Peguei o que eu achei necessário.

- Espera, tem alguma coisa errada aqui!

- O quê?

- Você falou que ia pegar as coisas importantes mas só pegou coisas que não precisamos - ela respondeu - Ok, precisamos de besteiras... Mas o fato é que você só pegou besteiras e não pegou as coisas que realmente precisamos!

- Ow! - me assustei com seu tom de voz - E o que você acha que devemos pegar?

- Precisamos de comida de verdade! - exclamou

Foi a minha vez de carregar o carrinho e ela pegar as coisas.

- Carla faz falta...

- Diz isso porque era ela quem fazia a compra...

- O que disse? - ela me olhou com a sobrancelha erguida

- Nada!

E continuamos andando pelo mercado. Parecia nunca ter fim. Ela sempre achava alguma coisa e enfiava no carrinho, me fazendo a fuzilar com os olhos. Eu estava cansada, eu queria realmente ir embora.