Cap. 27 - Apenas Ignoro

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Anna's POV

- Você disse que já estaria longe na hora de eu abrir o bar! - ele me acordou irritado - Vá embora! Você não parece ser mendiga, parece ter casa. Não entendo o porquê de querer dormir na rua.

- São quantas horas?

- 7h. - respondeu ríspido - Agora, vá embora!

Levantei. Olhei para o meu celular. 6h45. Bufei. Não aceito o fato das pessoas arredondarem as coisas. Estreitei meus olhos quando li " Nova Mensagem ". Abri:

" Não se preocupe comigo, eu sei o que faço. Estou com saudades. "

- Ah, agora está com saudades?! - me indignei - Por que eu iria me preocupar com você, Douglas? Você só me machuca! Eu te odeio!

Escuto aplausos. Olho para meu lado e vejo o dono do bar. Ele já está me irritando...

- Está bravinha? TPM, amor?

- Vai se danar!

- O QUE VOCÊ DISSE!?

Revirei meus olhos. Virei de costas e comecei a andar, mas senti alguém segurar meu braço fortemente.

- Ninguém vira as costas para mim, NINGUÉM!

- Me solte ou vou gritar!

- Se voltar a aparecer por aqui, eu vou dar um jeito em você... - ele sussurrou em meu ouvido

Senti suas mãos rasgarem minha blusa. O olhei assustada. Segurei minha blusa para meu sutiã não ficar exposto. Ele me olhou da cabeça aos pés.

- Talvez você não tenha aparecido por acaso... - ele sorriu malicioso

- Você é um gordo velho! Eu tenho nojo de você! - desabafei - Acha mesmo que tem chances comigo? Idiota!

Vi seus pulsos cerrados e me assustei. Corri antes que ele pudesse me fazer algum mal. Comecei a chorar. Todos me olhavam e, aquilo me envergonhou. Eu estava sempre segurando minha blusa, porque se eu não segurar, vão poder ver meu sutiã, e eu não sou nenhuma piranha.

Tropecei e caí. Isso, continua correndo! Meu joelho sangrava.
Cheguei ao prédio e subi o elevador. Andei até a porta e a abri.

Sentei no chão da sala. Abracei minhas pernas e voltei a chorar. Eu ainda podia sentir o olhar dele em cima de mim. E aquela ameaça dele me deixou aflita.

- Anna?

Caíque... Olhei ao meu redor e vi que não estava no apartamento dele e dos meninos. Estranhei ele estar aqui.

- O que está fazendo aqui?!

- Ahn... Eu... Ér...

- Ok, não precisa falar. O apartamento não é meu e você não me deve satisfações. - me levantei

- Aconteceu alguma coisa? - indagou - Olhe o seu estado, está sangrando!

- Eu caí, ok? - ríspida - Quer saber? Você é muito babaca! Depois de todas as coisas que você me falou, ainda tem coragem de se fazer de preocupado?

- Eu só achei que alguém tivesse feito algum mal para você e...

- Na boa, finge que eu não existo! - o interrompi

Clara's POV

Fechei a mala e suspirei. Me joguei na cama e sorri.

- Eu sei o quão cansativo é arrumar as malas. - ela riu - Vou sentir sua falta, Clara. Apesar de você me irritar.

Que Sorte A Nossa ( FLY )Onde histórias criam vida. Descubra agora