“Qualquer Coisa”.
Foram essas as duas palavras que ele ouviu quando perguntou à ela oque eles poderiam fazer naquela tarde.
“Que tal surf?” ele sugeriu. Ela pegou em sua mão, torceu o nariz e sorriu para ele. Ela não queria fazer aquilo. Ela sequer sabia fazê- lo, mas quando os dedos dos dois se tocaram, ela percebeu que, com ele, ela poderia fazer tudo e nada de ruim lhe aconteceria; ele lhe protegeria. Era como um escudo blindado que cobre todo o corpo para alguém que está passando em meio a um tiroteio; era seguro. Ele apertou a mão dela contra a sua e beijou sua testa. Se não estivessem sentados, suas pernas teriam desabados com o calor daquele beijo.
“Pode ser...” ela respondeu quando viu o brilho nos olhos dele e o sorriso brilhante que ele lhe oferecia.
E assim, juntos, os dois saíram da casa dela onde acontecera sua primeira vez há alguns dias. Eles se amavam e tinham apenas dezesseis anos; um mundo de possibilidades e escolhas para descobrirem, pretendiam se casar no futuro, tão forte era o laço que os unia. Eram como irmãos que se beijavam e se amavam de um jeito mais urgente, mais necessário. E não esperavam que nada destruísse isso. Nada.
...
Quando veio aquela onda que brilhava contra a luz forte do sol da meia tarde que com certeza a bronzearia ainda mais, como se já não bastasse aquele lindo e tropical tom de pele que o enlouquecia, o garoto disse “Se segure, vamos entrar nessa.”. A menina, na mesma prancha que ele, já sabia oque precisava fazer; segurou em sua cintura como já havia feito tantas vezes antes por tantos motivos diferentes e fechou os olhos, preferia não olhar, quando fosse a hora de levantar, ele avisaria e ela levantaria e os dois, na mais perfeita harmonia, fariam tudo juntos.
“Levanta!” ele gritou contra o barulho de fundo marítimo e ela levantou, ao mesmo tempo que ele. A onda veio, ela sentiu a pressão debaixo da prancha enquanto ainda mantia os olhos fechados. Ele a fez largar de sua cintura e segurar sua mão, ela segurou.
Mas a onda era grande demais, era forte demais, e ele, iniciante e despreparado demais. A prancha voou muitos metros à frente, ela soltou sua mão em meio ao desespero de cair e ele, desnorteado no fundo do mar, sem poder abrir os olhos devido ao salgado da água, submergiu. Ela também submergiu, uma feia queimadura no braço, feita por um coral. “Tudo bem?” ele perguntou, preocupado, beijando sua testa e soprando de leve a queimadura no antebraço do amor de sua vida “Acho que sim.” ela respondeu. Ambos envolvidos em um beijo molhado no mar, assustados pela quase morte dos dois, não viram quando outra onda igualmente grande os arrebatou pela segunda vez.
Ela bateu a cabeça em uma pedra, mais no fundo do que achou que poderia ser possível, e , de repente, tudo ficou absolutamente escuro, uma tontura boa a invadiu e ela desistiu de lutar contra a água, era como adormecer. Seria isso a morte? Ele disputou contra a maré e, pela segunda vez submergiu. Mas não encontrou- a na superfície. Por isso ele mergulhou, mesmo que tivesse pouquíssimo fôlego, mesmo que estivesse cansado e não agüentasse mais, ele salvaria sua futura esposa, a única mulher que quereria pelo resto da vida.
E a encontrou desanimada no fundo do mar, nenhuma bolha de ar saía mais de suas narinas pálidas. Os olhos dele ardiam devido ao sal e ele fazia mais esforço do que achou que jamais conseguiria. Algo dentro dele lhe impulsionava para que a salvasse, algo lhe dizia que, mesmo que suas pernas queimassem como nunca, que seus braços ardessem de tanto nadar e que seus pulmões parecessem que pegavam fogo, nada seria comprado à dor de perdê- la.
Quando a deitou na areia da praia e lhe fez respiração boca- a- boca, quando tentou todas as formas possíveis de reanimação e ela não acordou, ele percebeu. Havia perdido o seu grande amor. Estava morta. Aquele corpo, outrora tão quente contra o seu, aquela boca que sempre tivera efeito calmante, que revirava tudo, estavam frios como nunca. Nunca mais... Nunca mais nada.
E aí foi quando tudo deu errado.
...
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Beijão e espero que gostem!
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Se As Estrelas Contassem Histórias
Teen FictionVocê já imaginou se morasse em um trailer? Se você e sua mãe viajassem o país inteiro sem nenhum propósito e de repente ela decretasse um destino certo sem mais nem menos e vocês tivessem de atravessar o país para chegar lá? Agora imagine que o trai...