O Despertar de Rayven

Capítulo 2

Plano Dimensional Ysault

Sistema Estelar Ampilon

Planeta Varood

O General Karis estava de pé olhando por sua janela. A beleza dramática do pôr-do-sol mais à frente do cristal passava despercebida enquanto o homem detrás dele continuava falando em um tom temeroso.

- Não pudemos capturá-la General. A Inteligência suspeita que passou inadvertida por nossos agentes usando um novo disfarce, um que ignoramos. Posso-lhe assegurar que a próxima vez...

- A próxima vez! - rugiu o General Karis, voltando-se para olhar a seu segundo no mando com desdém. - Nunca deveria ter havido um engano a primeira vez que você e seus homens foram enviados para ela. Como pôde deixar que uma pirralha escapuli-se de seus dedos? Era quase ainda uma criatura aos quinze! Agora ela é uma mulher cheia, e o suficiente pronta para saber quando correr e quando esconder-se.

Ele se burlou desdenhosamente.

- Por que é tão difícil para sua gente apanhar a esta mulher? Tiveste várias oportunidades... múltiplos combate com ela, e apesar disso ainda te evita! Possivelmente sente que espero mais da conta de você?

O Tenente Devon baixou sua vista em vergonha enquanto seu General lhe repreendia.

- Não, senhor. Entretanto, deve entender, senhor, que esta mulher já usa sua Consciência. Se não fosse por isso certamente a teríamos encontrado a esta hora.

O General Karis se moveu mais perto do Tenente, usando suas habilidades legendárias de intimidação no servil homem, seus pálidos olhos verdes frios e duros.

- Sua raça faz muito tempo que foi destruída, selada da existência. Não há ninguém para guiá-la. Ela não deveria poder usar seus malditos poderes absolutamente!

Os olhos de General relampejaram.

- Ela não foi corretamente adestrada; é uma filhote, só em um mundo estrangeiro. Está entre meros mortais, uma raça beligerante, que se voltaria contra ela por medo e se enfureceria contra o primeiro sinal de suas estranhas habilidades. Está equivocado em suas hipóteses Tenente.

- O que posso fazer, General Karis? Tenho a meus melhores homens registrando o diminuto planeta em busca dela. Usamos toda nossa superioridade tecnológica para ajudar à polícia da Terra para encontrá-la, mas foi em vão, - ele tragou nervosamente antes de continuar - não posso pensar em nada mais que possamos fazer. Possivelmente simplesmente deveríamos deixá-la ir e somente nos assegurar que não deixa os limites do planeta.

- Não te atreva a me assinalar a futilidade de nossa operação! Devemos encontrá-la e averiguar como escapou da matança de seu povo. Como obteve um bebê ser enviado através do espaço e o tempo sem o conhecimento de nossos agentes invadindo? Como nos evitou por tanto tempo? - o General soprou. - Uma vez que tenhamos estas respostas poderemos descansar mais facilmente na segurança de que tudo isso foi algum evento fortuito, algum giro imprevisto do destino, e a possamos justiçar como executamos ao resto de sua odiosa raça tantos anos atrás.

O tenente Devon esperou em silencio para a seguinte ordem de seu General. Ele não teve que esperar muito.

- No que se refere a sua pergunta sobre que deveria fazer a seguir... - o General deu umas palmadas ruidosamente e um painel secreto na parede de seu estudo se abriu.

Da escuridão por detrás da porta encoberta deu um passo um homem trazendo posto o uniforme azul dos Militares Comunitários Galácticos. Sua constituição de um metro e vinte e dois centímetros de altura, sua pele púrpura, e seu níveo cabelo e olhos lhe revelaram que pertencia à raça Monabi. Os Monabi eram caçadores de recompensas psíquicos que não juravam lealdade a ninguém exceto ao melhor posto. Insultados em todas as partes da Comunidade Galáctica, os Monabi eram qualificados de ladrões pouco confiáveis e mentirosos. Sua avareza e duplicidade eram legendárias.