Capítulo 12

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Rayven passeava de um lado a outro com o passar do atalho do caminho fora de seu quarto. Ursus a tinha levado de volta para esperar ao Draco e sua excursão prometida da cidade nas taças das árvores. Passadas poucas horas escutando a história de seu nascimento do Draco e a subseqüente separação de suas pessoas tinham pirado rapidamente. Todas as coisas estranhas e maravilhosas que lhe tinham sido reveladas voltavam uma vez depois de outra em sua mente.

Ela já não estava sozinha!

Tinha uma família agora, uma família assombrosa e mágica que tinha padecido por sua ausência tão profundamente como ela o tinha feito. Estas pessoas não a encontravam estranha ou alarmante, nem muito menos. Respeitavam-na por sua inteligência, e a reverenciaram pelos estranhos presentes que possuía. Estas eram pessoas aos quais entendiam e compartilhavam muitos de seus incomuns rasgos. Embora logo que podia acreditá-lo, ela por fim tinha sido aceita nos acolhedores braços de outros que não eram inteiramente diferentes a ela.

Entretanto, não todos os pensamentos eram tão brilhantes como o sol e o arco íris dentro de sua mente. Embora tivesse recebido o grande presente da aceitação e o entendimento — coisas que tinha ansiado toda sua vida— também tinha recebido uma terrível carga para levar junto com isso. Se devia acreditar em tudo o que Draco lhe tinha contado, estas pessoas necessitavam desesperadamente que as conduzisse em uma campanha para recuperar suas liberdades perdidas e vingar a suas famílias assassinadas.

Rayven nunca tinha sido responsável por nada além de sua segurança antes. Ela sempre tinha sido uma solitária e uma peregrina. Nem sequer havia possuído nunca um mascote ou tinha tido um trabalho estável. Agora, repentinamente, esta gente — sua gente — esperava que ela fosse sua Imperatriz e sua líder. Como no mundo ela ia encontrar a força para fazer isso?

Todo o bate-papo do Draco sobre seu inimaginável poder e sua força escondida a assustaram a morte. Como ia ser possível que pudesse controlar o mesmo poder imenso que Draco? Rayven se estremeceu com um inato medo do mágico supostamente profundo escondido em seu interior. Ele devia estar enganado. Não poderia existir um treinamento místico o suficiente capitalista para rebuscar nas profundidades não sondadas que se supunha que ela possuía. Se só ele a escutasse! Ela tinha lutado para lhe fazer entrar em razão, mas ele não tinha nada disso.

A resposta do Draco tinha estado ardendo em seu cérebro permanentemente.

– Você é uma principiante Consciente, inexperiente e não provada. Hei sentido um coração de aço dentro de você como nenhum que jamais conheci. Onca, meu Chefe Conselheiro tem previsto seu destino como uma das maiores soberanas que alguma vez tivemos. Confia em mim, e te prometo, que triunfará!

Rayven desmaiou no pensamento. Ela não sabia o que a assustava mais. Que ela não fosse essa grande, destinada soberana que sua gente tinha esperado que ela fora, ou que certamente tivesse algum poder profundamente enterrado que tinha jazido inativo toda sua vida só esperando a ser tirado a luz e desatado em alguma mortífera chuva de granizo sobre os inimigos de seu povo. Estava ela uma lastimosa fracassada, destinada a ajudar a provocar as mortes dos últimos membros restantes de sua raça? Ou era uma rainha guerreira destinada a levar a morte e o desespero a aqueles que se atreveram a levar tal destruição sobre sua gente?

Ela não tinha respostas para estas perguntas. Não estava segura de querer saber as respostas. De uma coisa, entretanto, estava segura. Ela trataria de ajudar a sua gente a encontrar a paz e a facilidade da tolerância que procuravam. De algum modo.

– Por que não lhe revelou sua verdadeira relação?

– Não senti que fosse o momento correto, Setiger. Deixemos as coisas assim.

O Despertar de RayvenOnde histórias criam vida. Descubra agora