Capítulo 21

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Foi em metade da noite quando Rayven despertou sobressaltada. Tudo estava quieto e tranqüilo ao redor dela a não ser pelo selvagem tamborilar de seu coração. Ela olhou a seu redor, seus olhos já acostumados à robusta escuridão, e como ela suspeitava não havia nenhum sinal do Draco.

– Maldição – resmungou ela para si mesmo. Não sabia se estava aliviada ou decepcionada de que Draco a tivesse deixado, mas jurar parecia lhe fazer sentir-se melhor a respeito disso em um ou outro caso.

Por estranho que pareça, embora soubesse que só tinha estado dormida por umas poucas horas, realmente se sentia bem descansada pela primeira vez em semanas. Seus músculos não tinham a constante lentidão de dor a que se acostumou, e sua mente se sentia mais limpa do que tinha estado durante dias. Sentindo-se vigorizada recordou seus planos iniciais para a tarde e se moveu para abrir seu tronco de roupa como fez mais cedo.

Escavando abaixo nas curvas do tronco, Rayven por fim fechou seus dedos buscadores sobre a pedra chama escondida ali. Com um sentido de temor ela descobriu a pedra de seu sudário negro de evansai. Agarrou a pedra com forma de semente com dedos reverentes e a sustentou em alto à luz de lua que se filtrou abaixo sobre ela através das plumas Neffan. Cintilou brilhantemente por um momento, cintilando azul, e logo foi opaca outra vez.

– É uma coisa tão diminuta para ser tão capitalista – murmurou ela para si mesmo pela admiração.

Enquanto olhava a pedra, sentiu o peso total de seus deveres como Imperatriz para sua gente. Se uma coisa pequena tão poderia ser usada para ir contra sua gente, se o General aprendia como esgrimir as pedras em seu completo potencial, então toda esperança estava perdida para sua raça. Ela não podia e voluntariamente não permitiria que tal coisa ocorresse.

Dando-se conta de estava ainda nua da apaixonada visita do Draco mais cedo, Rayven encontrou a mais escura e mais ocultadora roupa que ela poderia encontrar e vestir rapidamente. Cuidadosamente colocou à pedra Chama em um pequeno bolso costurado no forro de suas calças uso harém negros. Sabia que estaria a salvo ali e seria facilmente acessível para encontrar a necessidade disso.

Com férrea determinação e um duro olhar em seus olhos, Rayven se transportou sobre o campo de treinamento.

 Na metade de sua segunda semana de treinamento, Draco tinha ensinado a Rayven como abrir portais de acesso intergalácticos com o poder de sua Consciência. Ele havia imprimido nela a importância de disfarçar a assinatura psíquica solta quando tal buraco de verme era aberto, para evitar o descobrimento aos inimigos. Embora tivesse parecido que ela nunca aprenderia a fazê-lo, finalmente, enquanto a noite tinha baixado sobre eles Rayven tinha conseguido abrir um portal de acesso "silencioso", como Onca os tinha designado, sem ajuda do Draco. Tinha estado tão contente com seu lucro que tinha abraçado ao Draco em sua excitação. Ele a tinha abraçado ferozmente de volta por um momento antes de deixá-la ir e girar seu rosto até a dele com uma mão sob seu queixo.

– Alguma vez deve tentar esta proeza particular sem meu guia, entende-me Rayven? Nunca. Não sei se poderia localizar se ficasse perdida nos túneis do tempo e o espaço.

Rayven tinha ouvido o Draco fazer comentários similares durante todo seu treinamento — que ela nunca devia usar seus poderes mais fortes sem sua presença e guia— e ela tinha tratado de lhe obedecer todo o possível. Hoje, entretanto, tinha aprendido o terrível preço que sua gente teria que pagar porque ela tinha sido descuidada quando teve a oportunidade de roubar as pedras Chama de sua gente do General. Concedido, não tinha sabido o significado da premente força que as pedras tinham usado sobre ela quando tinha roubado a solitária pedra que estava aninhada no bolso de suas calças. Entretanto, não podia evitar a culpabilidade que sentia por não ter a previsão de roubar tantas pedras como pudesse quando tinha tido a oportunidade. Esta noite ela esperava compensar seu penoso engano.

Rayven colocou a mão em seu bolso e agarrou a pedra Chama que descansava ali. Ela trouxe para frente uma quebra de onda de poder e instintivamente abriu sua mente e coração à pedra.

"Quem quer que foi na vida, quem quer que é agora, por favor me ajude a ter êxito no que estou a ponto de fazer. me ajude agora a ajudar a nossa gente, rogo-lhe isso, por favor", Rayven falou com a pedra com sua mente, insegura o que esperar a título de uma resposta.

Rayven sentiu uma quebra de onda de poder alcançá-la, e não tinha o calor agora familiar e a sensação do seu próprio. Soube instintivamente que o espírito da pedra lhe falava. Ela sentiu uma quebra de onda de consolo e de paz alcançá-la, um sentimento de segurança e aceitação como nenhum que alguma vez havia sentido antes. Tudo estava tranqüilo dentro dela, e soube que a decisão de desafiar ao Draco era a correta para fazer. Não importa quão zangado estaria mais tarde.

Soltando a pedra com uma pequena pontada de dor de relutância, subiu suas mãos diante dela e deu rédea solta a seu poder. Um portal negro em redemoinho se abriu no alto em uma corrente rugente diante dela, a rapidez de sua chegada quase surpreendendo-a. Ela se precaveu com um sentido de temor que se estava voltando exponencialmente mais forte agora cada vez que chamava a sua Consciência. Era emocionante, assim como também atemorizante, e tratou de acalmar-se outra vez colocando a mão em seu bolso e roçando sua mão sobre a pedra Chama.

Rayven se sentiu imediatamente em paz outra vez. Tomando uma profunda respiração, e preparando-se para a fria sensação da viagem intergaláctica, Rayven deu um passo serenamente através do portal de acesso e dentro dos braços de seu destino.


O Despertar de RayvenOnde histórias criam vida. Descubra agora