Rayven conduziu o resto de dia, seu único objetivo pôr tanta distância da ameaça em Nova Orleáns como fosse possível. Deteve-se só uma vez para desfazer-se de seu veículo roubado e se deteve a comprar um novo, em um esforço por conseguir reduzir a ameaça da lei local de que se implicasse na perseguição, seu carro roubado deveria ter sido notificado.
Dentro do dorso de sua mente ela temia que não importasse quão longe corresse, seus perseguidores agora facilmente a estavam seguindo a pista sobre a distância que ela colocava entre eles. Ainda poderia sentir sua tenaz perseguição dela. Como uma mosca zombadora nos arredores de sua consciência, estava sempre distraída e irritada por isso.
Sabia que não tinha que fazer frente a qualquer ameaça comum do governo mais já. Estava segura que seus perseguidores, quem quer que fossem, não eram humano. De algum modo, por A ou por b, parecia que tinha atraído as cuidados não desejadas de seres longínquos diferente mais ela do que nunca tinha encarado. Tão estranho e impossível como aquilo podia parecer, ela se recordou que também, era mais que uma mera humana. Como evidenciado por seus próprios poderes sobrenaturais, havia forças inimaginadas no trabalho rotineiro do dia.
– "Há mais coisas entre céu e a terra, das que sonha sua filosofia, Horacio*"– ela disse sob sua respiração com um pequeno sorriso irônico.
Ela fazia muito tempo que tinha suspenso suas incredulidades a respeito do que era possível no mundo. Embora ainda não entendesse esta nova ameaça que confrontava, faria o que fosse evitar que a capturassem. Não podia fazer nada mais que tentar o melhor que pudesse permanecer um passo diante de seus caçadores.
Quando o dia se converteu em noite, a mente de Rayven começou a nublar-se. Ela se sentiu exausta ao extremo do colapso. Sabendo que deter-se agora poderia significar dar a oportunidade a seus perseguidores de apanhá-la, obrigou a seus olhos a permanecer aberto. Não tinha tempo para o descanso.
Seu corpo, entretanto, tinha outros planos. Depois de dormir atrás do volante pelo que lhe pareceu a centésima vez, Rayven conduziu seu carro à área de descanso mais próximo da estrada. A derrota um sabor amargo em sua língua, Rayven sei recostou para trás em seu assento para agarrar um pouco do muito necessitado sonho.
Sem ela sabê-lo, profundamente na sonolência como estava, seu cansaço não tinha sido natural. Não longe por detrás dela, viajando mais rápido que qualquer radar pudesse detectar, vinham seus caçadores. Os cinco homens montavam motocicletas de estranhos aspectos, ou corridas zombadoras como as chamavam, as quais sobrevoavam a uns poucos milímetros da terra e viajavam rapidamente. Um efeito secundário da tortuosamente marca psíquica implantada em sua mente a obrigava a ir devagar e dormir, enquanto seus caçadores a rastreavam com escuros propósitos.
– Ela dorme agora, senhor. Não está longe diante de nós – disse o Alferes Tybb ao Tenente através do microfone em seu capacete.
– Excelente, Alferes. Qual é nosso TEC*? – perguntou o Tenente Devon.
– Em aproximadamente sete minutos senhor.
– Recordem usar um profundo atordoamento nela, não a queremos despertando durante um momento crucial. Temos que dobrá-la rapidamente e usar nossas pedras Chama para abrir um portal até casa – ele disse referindo-se às pedras azuis nas tiaras em suas cabeças.
Os cinco homens competiram adiante para assegurar sua presa.
Aturdidamente, as pálpebras de Rayven se agitaram por um som justo além da porta de seu carro. Seu cérebro geralmente alerta lutava contra uma compulsão quase entristecedora para permanecer dormido. Sem entender como, soube que seus captores a tinham encontrado. Ela lhes sentiu furtivamente aproximando-se de seu carro, e lutou com força para despertar.
Enquanto a porta lateral do condutor se abria, Rayven se transbordou de modo deselegante fora sobre o pavimento. O homem se inclinou para baixo, agarrou a parte dianteira de sua camisa de linho em uma dura sujeição, e a içou apenas contra ele. A visão pouco clara de Rayven admitiu a cena do homem ante ela e os quatro homens militantes detrás dele. Com toda segurança eram os homens que a tinham acossado esta manhã. Os que ficavam deles de todos os modos, ela pensou sem fibra de satisfação, ainda tratando de liberar-se da neblina sonolenta lhe nublando sua mente.
– Alferes Tybb, Oficial Myer, abram o portal agora – a brusca voz por cima de sua cabeça ordenou a dois dos homens além deles.
Quando uma onda de brilhante azul luz se projetou diante das duas fitas chapeadas arqueadas dos dois homens, uma cavernosa boca se abriu em um escuro vórtice ante eles. Tudo ao redor deles o vento bateu em um uivo frenético. Uma inconcebivelmente poderosa força começou a puxar deles, fazendo a cada um avançar dando tropeções torpemente.
Abruptamente, a mente nublada de Rayven chegou ao enfoque outra vez. Levantando seus olhos provocadoramente a seu captor, ela vacilou um mero micro segundo antes de pegar um murro cruelmente em seu nariz, rompendo a cartilagem e o osso. Ele gritou e a soltou, aprisionando seu rosto enquanto o sangue fluía a jorros para frente em um reluzente arco carmesim.
Dando voltas em uma fúria de deslocamento, lutando contra a força absorvente do vórtice ainda mantido aberto pelos dois homens mais longe dela, Rayven iniciou um ataque contra o homem mais próximo a ela. Ele se moveu para encontrá-la a meio caminho. Rayven evadiu seu punho balançando-se extensamente, e jogou suas mãos diante dela.
Rayven tinha tido a intenção de golpear duramente ao centro vulnerável do homem com seus punhos. Inesperadamente, enquanto ela balançava suas mãos diante dela, suas mãos não formaram uns punhos completamente... nem tocaram o estômago de seu assaltante. Em lugar disso, um resplendor de branca luz elétrica voou adiante desde suas, agora estendidas, palmas. A cegadoramente brilhante projeção pulsou para o exterior tão fortemente que propulsou a Rayven para trás vários centímetros. Não obstante, fez muito mais a seu assaltante que jogá-lo para trás como fez com ela.
Gritando agora, o homem voou vários metros no ar. Encerrado na pulsante, branca e quente luz, seu corpo começou a convulsionar. Seus gritos acabaram em um gorgojeo de espumação quando seu crânio audivelmente estalou, e o sangue brotou violentamente desde sua boca. A luz brilhante perdeu intensidade e minguou até um nada, deixando ao homem revoar no ar um segundo mais antes de cair ao pavimento debaixo com um forte golpe.
Rayven observou toda a cena com horrorizada incredulidade. Nunca se tinha acreditado capaz de tal mortífera proeza. Suspeitava que todo o evento provavelmente tivesse sido instintivo e que seria incapaz de realizar tal magia a vontade. Nunca diretamente tinha matado a alguém com seu poder antes. Nunca tinha imaginado que seu poder poderia ser usado de uma maneira tão destrutiva.
Tudo ao redor dela era um caos. Dois dos homens detrás dela resolutamente lutavam para manter aberto o rugente vórtice com suas pedras Chama, seu líder ainda estava gemendo e cambaleando-se, agarrando firmemente seu nariz quebrado. Rayven era inconsciente destas coisas. Tinha só olhos para o montão de sangue empapando o terreno diante dela. Com sua atenção fixada em sua vítima caída, Rayven não viu o quinto homem aproximar-se dela desde atrás. Um resplendor de luz projetada da tiara na cabeça do homem, Rayven caiu atordoada ao chão.
O último pensamento que Rayven teve antes de sucumbir à escura inconsciência que a chamava foi, que alguma vez deveria aprender a controlar seu recém descoberto poder destrutivo, seria o suficiente fortemente para reger a nação que escolhesse. Possivelmente inclusive o mundo...
Recuando o horrível pensamento, Rayven abraçou a inconsciência.
(*Fala da obra de William Shakespeare, Hamlet. Hamlet fala com Horacio, seu amigo.)
(*TEC – tempo aproximado de chegada)
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O Despertar de Rayven
Science FictionQuase trinta anos atrás, um bebê chegou à Terra, enviada das estrelas com as esperanças de muitos descansando sobre seus ombros. Ela era uma órfã só e ignorante de seu legado... De seu d...