Rayven coxeou dentro da Árvore de Reunião uma hora mais tarde, vendo-se pronta para desabar-se. Seu cabelo estava ainda molhado de seu mergulho de cabeça no arroio e gotejando abaixo suas costas até sua cintura. Durante sua primeira semana de treinamento, Draco a tinha mostrado como secar seu cabelo usando seus poderes sobre o Ar e o Vento, mas ela tinha estado muito rendida para inclusive tentá-lo depois de seu banho noturno. Seu corpo se curvava com a fadiga, e cada passo enviava ondas de dor ao longo e ao largo de cada um de seus grupos de músculos.
Ao vê-la entrar, o grupo de Conscientes que já se reuniram ao redor da mesa de banquetes, levantou-se para aplaudir e animá-la. Obviamente a história de sua imponente demonstração de poder já se propagou através de suas filas. Rayven lutou para não ruborizar-se com o abafado e tentou não caminhar muito rigidamente até sua cadeira. Draco ainda não estava presente, ou assim o testemunhava o assento vazio ao lado do dela. Ele sempre estava sentado a sua esquerda, em uma cadeira idêntica a dela, à cabeça da extensiva mesa de pedra.
Ursus, quem se tinha convertido em seu amiga mais próxima além do Draco e Onca, chegou para sentar-se na cadeira vazia do Draco, embora se via pronta para escapar dali de um momento a outro.
– Alteza, estou tão orgulhosa de você! Entretanto como aprendeu a bater-se em um duelo real? Pensei que eram somente contos descabelados dos dias de antigamente. Desejaria tanto havê-lo visto por mim mesma.
– Ursus, hei-te dito uma e outra vez que me chame Rayven. Toda esta deferência real é dura de tomar, mas especialmente desconcerta vendo aqueles que chamariam amigo. Respondendo a sua pergunta... não tenho idéia a respeito de que falas. Explique-me o que é um duelo real primeiro, por favor.
– Alteza... Rayven... um duelo real é um fenômeno maravilhoso e mágico. Nossa gente tem fortes poderes psíquicos isso é verdade, mas nós não podemos brigar contra um de nossa classe usando nossa Consciência, não importa quão fortemente nossas habilidades sejam. É impossível. Quase uma defesa evolutiva suponho que assim o poderia chamar... para nos impedir a qualquer de nós nos voltar muito corrupto com a força de nossos poderes. Antes de hoje todos ouvimos as histórias de como podiam os antigos de nossa raça exteriorizar seus poderes para que todos pudessem ver tais duelos por esporte. Sua Consciência era exponencialmente mais forte que a nossa é agora.
"Lentamente, enquanto o tempo passava, só os mais fortes entre nossos maiores eram capazes de exibir seus poderes de tal modo, e depois tão somente aqueles com as linhagens mais antigas e puras... as linhagens mais jovens perderam muita de sua potência enquanto eram lentamente criados por eles com o passado do tempo.
"Nos tempos perdidos por nós eram não freqüentemente chamados para usar nossos poderes em combate, assim nossos membros mais fortes se reuniam nos torneios e tinham lugar os duelos reais, para provar suas forças e suas habilidades, o qual oferecia muito entretenimento para que todos vissem.
"Sempre tínhamos acreditado que estas histórias de torneios antigos realizados ante público eram mitos... ou exageros da verdade. Suspeitávamos que fossem fábulas que nossos pais nos disseram quando fomos jovens para nos atrair a estudar mais diligentemente em nosso treinamento a fim de que pudéssemos um dia ser tão capitalistas como nossos antepassados supostamente o eram. Ninguém até teve notícias de tal coisa como um duelo real lutado por milhares de anos.
Rayven tratou de encontrasse com o olhar excitado de Ursus, mas descobriu que não podia, e apartou o olhar. Ela não sabia o que dizer, mas ante tal excitação desenfreada Rayven sentiu uma culpabilidade diferente a qualquer que ela alguma vez tinha conhecido.
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O Despertar de Rayven
Science FictionQuase trinta anos atrás, um bebê chegou à Terra, enviada das estrelas com as esperanças de muitos descansando sobre seus ombros. Ela era uma órfã só e ignorante de seu legado... De seu d...