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Continuei subindo no elevador sem a menos preocupação com que tinha acontecido com o "suposto" Vinicius. Queria ir logo pro meu apartamento e dormir as ultimas horas que sobravam da madrugada, antes que Guilherme ligasse ou Diego chegasse. MEU DEUS, onde eu fui me meter afinal? Eu só não me condenava a maior pecadora da história porque até então eu não tinha matado ninguém, não tinha feito ninguém sofrer até a morte. Eu me sentia muito bem, apesar da consciência pesada por conta de estar enganando os dois. O problema era um clássico, um que eu sempre tive, desde pequena.
Eu nunca sabia o que eu queria! E tirar duas coisas ótimas de perto de mim era a morte.
Enfim, cheguei no meu ap, minha mãe e Alejandro me olhavam com aquela cara, esperando que eu fizesse alguma pergunta, mas antes que eu pudesse formular alguma minha mãe já abriu a boca.
- Filha, eu posso explicar! - Ela tinha um tom de desespero.
- Mãe.. - Eu até tentei dizer algo..
- Quero que entenda que foi do nada , e..- Ela continuava.
- Mãe...
- Nina, olha nós podemos achar uma explicação razoável para tudo isso e..- Alejandro falou.
- GENTE! Eu não quero saber de nada! - Eu ri. - Mãe, que bom que você tem uma vida sexual e Ale que bom que você não é mesmo gay, estava desperdiçando toda a sua.. beleza vamos dizer assim. Agora gente, eu to morrendo de sono e até agora não me deixaram tirar nenhum cochilinho.
O silêncio reinou por mais ou menos uns 30 segundos. Minha mãe e Alejandro me olhavam espantados, e era cômica a cara de ambos.
Me retirei da sala na gargalhada. Mas assim que pude chegar no meu quartinho, eu me deitei na cama, me cobri e dormi o sono dos deuses.
Tinha de manter meu psicológico em forma a tarde eu provavelmente teria uma discussão com o Diego.
Dormi até mais ou menos as 13h00 naquele dia. Mas logo me levantei, procurei minha mãe entre os cômodos vazios da minha casa, mas a única coisa que eu achei foi um bilhetinho amarelo colado na porta da minha geladeira.
"Fui trabalhar mais cedo Nina, temos que resolver
um contrato da nova fotografa. Volto de noite, um beijo filha linda.
Te amo. Mamãe!''
Tomei um banho e depois meu café da manha rápido. Nisso já era mais ou menos 14h15, Diego chegaria as 15h00 mas antes eu tinha que fazer uma ligação.
Corri pra sala e procurei entre os papeis que estavam na minha mesinha de centro o cartão de Cristina, joguei tudo no chão. O triste de tudo isso é que eu tinha dado folga a minha empregada e era eu mesma que iria ter de limpar. Achei o cartão e parti pro telefone pra ligar.
Chamou por uns 10 segundos , e ela atendeu.

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora