Meses depois.
Eu e o Vini pedimos a transferência pra facul aqui de SP. Durante a manhã estudamos e a tarde vamos pra empresa do meu pai. É corrido, mas é ótimo e vale a pena.
Estamos namorando sério, nos damos super bem. Eu finalmente sosseguei, digamos assim. Hahaha. Vez ou outra brigamos ou discutimos, normalmente por causa da vizinha assanhada. Mas sempre nos resolvemos.
Diego começou a me enviar sms de uns tempos pra cá. Perguntando aonde eu estava, como eu estava, que sentia saudades. Nem me dei ao trabalho de responder.
A Manu me ligou a dias atrás, me contou algumas novidades.. Disse que a Tina se arrepende de tudo que fez. Nem me importei. Mal amada!
Minha mãe tem semanas que me liga implorando para eu ir visita-la, afinal, desde que me mudei nunca mais a vi. Seria feriado na segunda e na terça da próxima semana, então, decidi que iria ao Rio para vê-la. Vini concordou mas não poderia ir comigo, seria aniversário da mãe dele e ele ficaria com ela. Pedi folga pro meu pai na sexta e na quinta a noite embarquei pro Rio. Meu coração ficou partido em deixar o Vini, mas sei que iria passar rápido. Eu iria fazer uma surpresa pra minha mãe, não havia contado a ela que eu estava chegando, acho que ela iria ficar feliz. Cheguei no Rio, peguei um táxi direto pro condomínio.. Assim que parei em frente do mesmo, deixei as malas no chão e fiquei olhando o prédio. Me veio mil lembranças na cabeça e um aperto no peito. Suspirei fundo e entrei. Segui direto pro elevador, que por milagre não demorou... Assim que a porta do elevador abriu, sai do mesmo e fiquei parada no meio do corredor, olhando a minha porta e a porta do apartamento do Diego. Será que ele ainda estaria ali? Enfim. Apertei a campainha da minha mãe, afinal, eu estava sem as chaves, mil vezes tocando e NADA. Já estava bufando, aonde minha mãe tinha se metido? Tentei ligar pra ela e nada. Resolvi esperar. Coloquei minhas malas no cantinho ao lado da porta e me sentei no chão. Fiquei mexendo no celular, avisei o Vini até que o elevador abriu. Olhei rapidamente pra ver quem era e adivinhem? Diego. Nossos olhares se encontraram no mesmo instante, ele paralisou ali. Parece que ficamos uma eternidade apenas nos olhando, até que a porta do elevador foi pra fechar novamente e ele segurou, saindo do mesmo. Sorriu pra mim e me olhou sentada.
- Nina...
- Oi Diego. - Minha boca estava seca. Eu mal conseguia formular uma palavra.
Diego riu, um riso sincero e meio tímido.
- Po Nina, não sei o que te falar... Surpresa te encontrar aqui. - Meu coração disparava. Mas lembrei do casamento dele com a Milena, no mínimo ela estava morando ali ao lado, né?
- Não precisa falar nada, Diego. - A raiva já me consumia. - Acho que é melhor tu entrar, tua mulher deve tá esperando. - Ele me olhou surpreso.
- Mulher? Que mulher? Tá louca, Nina? Poxa, será que não rola uma trégua?
Quando abri a boca pra responder, o elevador abriu novamente. Graças a Deus era minha mãe, que por sinal quando me viu fez um escândalo.
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Me coma com carinho - PARTE 2
Casuale''Eles não se entendiam, raramente concordavam em algo. Mas, apesar das diferenças, tinham algo importante em comum: eram loucos um pelo outro Créditos a @thingsweb história REPOSTADA