Me coma com carinho - PARTE 2

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- Sim? - Ela tinha a voz séria.
- Oi Cristina, é Nina..
- Oi, fala..- Retrucou.
- Queria saber se podíamos nos encontrar. - Eu disse.
- Pode ser na segunda? Estou em São Paulo. Voei pra cá depois do acontecido.- Ela me disse, até desanimei.
- Ah, ok. Você me liga? - Perguntei.
- Sim, vai ficar gravado aqui na memória. A qualquer hora? - Ela perguntou.
- Sempre estou em casa de manhã.- Eu disse.
- Tudo bem, ligo de manhã então. Tchau.
- Tchau.- Desliguei o telefone.
- DROGA! - Eu disse em um súbito.
Era mais do que curiosidade,era preocupação . Quem era aquele cara? E Diogo estaria sabendo que existia um cara? Poderia acontecer alguma coisa com ele. Sim eu estava preocupada com Diogo, apesar de ele não ter me contado metade da vida dele. Eu tinha uma certa preocupação.
Eram exatas 15h00 quando decidi sair pra correr. Não tinha escutado nenhum barulho no apartamento ao lado, desci e lá embaixo resolvi ligar pra Manu antes de correr, tinha que saber de Tina, como ela estava.
- Oi Nina! - Disse a voz do outro lado do telefone.
- Oi Manu, tem noticias da Tina? - Fui rápida.
- Nossa, tudo bem comigo também. - Ela fez uma pausa, e eu tive tempo de reprimi-la com um suspiro de exaustão. - Tenho, ela está bem. Já está aqui no hotel, os médicos disseram que foi só um susto, mas que ela não deveria mais beber de estômago vazio e também dar tempo nessa de bebidas.
- Nossa, mas foi sério?
- Não muito. Quer falar com ela? Eu posso subir se quiser.. - Ela disse.
- Não, se você esta no loft não precisa, mais tarde eu ligo, estou saindo pra correr. - Ela suspirou.
- Ok, eu digo a ela que ligou. - Retrucou.
- Ta bom, beijos linda.
- Beijinho, tchau.- Desligamos.
Fui correr. Não fui muito longe, dei uma volta no calçadão. Aquele dia estava quente, mas o tempo estava amigável e não me fez derreter novamente. Estava suada, mas não encharcada. Perto do condomínio eu parei pra amarrar o tênis, até que senti uma pancada na cintura que me fez sentar no banco onde eu estava me apoiando.