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- Eu não sei mais o que fazer Nina.. Porque você fez isso com meu irmão? Além de me destruir quer destruir minha família? - Ele estava chorando? Arregalei o máximo que eu pude os olhos e depois cai em lágrimas também. - Não dá mais Nina! ME EXPLICA PORQUE ESTA AGINDO ASSIM? - Ele deu um murro na minha porta e eu senti como se fosse em mim. - ABRA A PORTA PORRA! ABRE ESSA DROGA DE PORTA! - Eu já nem estava olhando mais, apenas sentia o desespero dele e a minha angustia que me comia viva. - ABRA NINA, ABRA!- Ele chorava, até que ouvi uma outra porta se abrindo e me levantei novamente para poder olhar.
Meu outro vizinho, um senhor saiu e ajudou Diego a se levantar. Ele disse alguma coisa pra ele que eu não pude ouvir, ele falava baixo e também tinham se distanciado da porta.
Estranho. Eles ficaram conversando um bom tempo.
O senhor que o ajudava, mantinha a mão dele nos ombros de Diego como se fosse íntimos. Diego se despedaçava em lágrimas. A minha vontade era de ir lá e abraça-lo até que tudo aquilo passasse. Mas Diego não estava triste e sim com raiva, se eu saísse do meu apartamento naquele momento eu sei lá o que ele seria capaz de fazer, o medo também estava comigo .
Depois de um tempo cada um entrou pro seu respectivo apartamento e eu não ouvi mais nada. Me movi para a sala novamente,
O meu mundo estava acabado! Estava tudo dando errado mais uma vez, tudo saindo do jeito que eu temia.
Como já era tarde e o sol já ia caindo, resolvi me distanciar de tudo aquilo indo correr na praia.
O dia tinha sido longo e cansativo, então eu resolvi descer pelas escadas para que eu não precisasse me aquecer. As escadas ajudariam nesse processo, tinha interfonado para Vinicius e ele me encontraria nas escadas do andar dele. Combinados assim, eu comecei a descer,
Assim que eu cheguei nas escadas do quarto andar eu ouvi vozes. Normal, afinal, eu não sou o único ser que resolveu andar de escadas naquele dia, todo mundo tem que deixar de ser um pouco sedentário ás vezes.
A voz ficava cada vez mais conhecida, como eu poderia esquecer aquela voz? Nem em sonhos.
Era a voz de Diogo ele parecia brigar com alguém.Me escondi entre dois lances de escada. Fiquei lá parada, apenas escutando, esperando que a discussão terminasse.
- Você não pode fazer isso Cristina!
Cristina estava lá? Só ouvia vozes masculinas. Desci alguns degraus para que eu pudesse espiar.
- E que direito você acha que tem sobre mim? SOU EU QUEM CONTROLO SUA VIDA DIOGO! - Ela dizia em um tom sórdido,
- PELO NOSSO FILHO NÃO FAÇA ISSO, MINHA FAMÍLIA NÃO PODE SABER!

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora