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Foi a única coisa que aquele desgraçado conseguiu formular antes que a minha vizinha do 76 abrisse a porta do apartamento dele, com o maior sorriso e os cabelos bagunçado. Em seguida me deu um "oi" sem jeito.
- Entra linda, já vou lá! - Diego disse empurrando a garota para dentro. - Nina, me escuta! - Ele TENTOU se explicar.
- Poupe sua saliva! - Virei as costas e entrei no meu ap.
EU NÃO DISSE? Ele é um podre, um cachorro, safado, sem vergonha, trouxa, idiota. imbecil, inútil, anta, tosco, besta.. Aahhhhhhhh, ele é um filho da puta! Parti diretamente pro meu celular, dessa vez eu não ia dar o troco, mas iria seguir em frente! SIM! Com o Guilherme do meu lado.
Os dias passaram rápido, já era sexta feira de manhã e o meu lindo estava na sala conversando com a minha mãe, que por sinal tinha gostado muito dele. CLARO, quem não ia gostar do Gui? Ele era tudo de bom! Ele deu uma ideia legal pro final de semana, nunca tinha feito rapel e desde que eu comecei a morar no Rio eu ainda não tinha ido ver o cristo.
Eu me arrumei rápido, coloquei um short jeans curto e escuro, uma blusinha coladinha branca, um all-star branco e um arquinho vermelho que jogava meus cabelos para trás. A make leve, sempre!
- Linda! - Ele me disse.
- Já vão? - Minha mãe lamentou-se.
- Sim, você não vai trabalhar? - Perguntei.
- Vou sim, estou indo sua chata! - Minha mãe parecia uma criança.
- Ah ta! Então tchau! - Dei um beijo nela esperando Gui na porta.
- Foi um prazer Sra. Polverini. - O Guilherme disse antes de se juntar a mim e sairmos.
Já fora do apartamento ele me agarrou pela cintura e ficou me dando beijinhos enquanto esperávamos a porcaria do elevador mais lerdo do planeta!
Assim que ele abriu, SURPRESA! Dei de cara com Diego com pães na mão esquerda, ele encarou Guilherme e seus olhos verdes faiscavam pra mim, que nem fiz questão de dar ao menos um bom dia educadamente, segui o caminho do elevador sem levantar nem a sobrancelha.
Eu e Gui passamos a esperar um táxi, ir de carro pro Cristo não é uma boa ideia, ainda mais de Audi.
Chegamos ao lugar predestinado pra fazer o rapel. O tempo estava quente como sempre, mas ali em cima perto das arvores e tudo mais estava muito úmido e o vento estava forte .
- Olha, eu recomendo vocês a praticar um outro dia. - O instrutor disse.
Me desapontei na hora, mas o Gui tinha um sorriso safado no rosto que me chamou a atenção.
- Vou ter meu dinheiro de volta? - Guilherme perguntou.
- Aqui está.- O instrutor deu na mão dele.- Volte qualquer dia!
- Voltaremos. - Ele disse.

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora