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Eu nem via os degraus, subia de dois em dois, de três em três, queria sumir dali o mais rápido possível.
Chegando no meu apartamento eu não queria ver nem ouvir ninguém, não queria Guilherme, Diego MUITO menos Diogo. Queria paz, só isso. Fui pro meu quarto e chorei por um bom tempo e acabei pegando no sono.
Acordei com as mãos da minha mãe no meu rosto me chamando pra jantar, o mesmo estava marcado e inchado pelo sono após do choro.
- O que houve? - Ela disse enquanto arrumava carinhosamente meus cabelos para trás.
- Nada.- Tentei disfarçar com um sorriso. - Só estava cansada.
- Sei.. - Ela deu seu famoso olhar desconfiado. - Diego esteve aqui, te chamou milhares de vezes, mas repeti para ele incansavelmente que você estava dormindo, que persistente.
- Depois precisamos conversar mãe, o Alejandro ainda está aqui?
- Não, depois do acontecido achei melhor que ele fosse pro apartamento dele.- Ela parecia envergonhada.
- Vou escovar os dentes e já vou pra mesa. - Eu disse.
Minha mãe afirmou com a cabeça e saiu do meu quarto. Rapidamente eu pulei pro banheiro escovei os dentes e fui pra cozinha. De onde vinha um cheiro delicioso, tudo na mesa parecia ótimo e minha mãe já até tinha colocado minha comida no prato; provavelmente era o jeito dela se redimir comigo, talvez ela pensasse que tinha sido humilhante o que ela fez , mas eu achei um máximo. Me sentei perto dela fazendo uma feição de admiração, até porque, ela nunca cozinha.
O jantar fluiu normalmente e aproveitei a crise de " boa-mãe" pra contar sobre Diego e Guilherme. Minha mãe tinha a mente muito aberta e sempre me escutava quando eu tinha um problema. Sempre conversei com ela sobre a minha vida sexual e ela nunca viu nenhum problema
Dessa vez não foi diferente, mas como mãe ela me aconselhou, tanto sexualmente, é claro, transei com dois meninos (e um pouquinho mais) como pessoalmente.
- Nina, o problema não são apenas os dois rapazes minha filha e você? Não sofre com tudo isso? Tem que ter ciência de que você não é um robô, também tem sentimentos. Sei, que está preocupada para não machucar nenhum dos dois e aliás, eles são homens! Uma noite em um bar com os amigos e mais uma semaninha comendo algumas vagabundas e...- Ela me olhou.
- Mãe, tá ficando revoltada demais essa conversa! - Adverti brincando.
- Tem razão! - Ela riu. - Eu só sei que, nunca vai ser pra você como vai ser pra eles Sabrina. Mesmo você achando que o sentimento de algum deles é verdadeiro. O que vai fazer com Diego? Ele é seu vizinho. - Ela questionou.
- Eu não faço ideia . Não sei se o que ele fala é real, sabendo que ele é quão podre quanto qualquer homem na face da terra!-
- Precisa pensar mais! Agora mudando de assunto, quero te pedir uma coisa e não sei como e que você vai aceitar isso! - Ela me disse enquanto lentamente ia apoiando a cabeça sobre o ombro.

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora