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Eu e o Vini fomos correr. Ele sempre me fazia bem, mas quem não estava bem dessa vez era ele. Me disse que estava se sentindo culpado por ter deixado a mãe e a irmã mais nova sozinhas em São Paulo, mas que também não iria perder a oportunidade de morar em um bairro nobre do Rio de Janeiro sem precisar trabalhar. Rimos.
Corremos por mais ou menos uns uma hora, no mínimo. Sentamos em um quiosque perto do nosso condomínio, tipo uns 10 metros e ficamos conversando. A noite já ia caindo e o tempo estava ótimo, eu tomava uma água de coco quando resolvi perguntar.
- Vii..
- Fala..
- Você sabe muito sobre mim, mas eu não sei nada sobre você..
- Como não? Te contei varias coisa já, meu.. - Ele riu.
- Não pessoal, tipo, intimas. - Comecei a rir.
- Quer saber da minha vida sexual, Sabrina? - Ele disse isso alto o bastante para que as pessoa da mesa a frente nos olhassem.
- Nossa, diz mais alto. - Brinquei. - É justo, concorda?- Ri.
- E porque seria?
- Ah, porque sim orasm você sabe todos os meus podres..
- Tá bom Nina, te conto em casa. Na rua não dá.
- Desculpa ai recatado. - Comecei a rir.
- O que?
- Coisa de bicha vai, me conta logo.
- Bicha? - Ele me olhava sério, mas eu caia na risada cada vez mais.
- Sim, uma bichona! - Falei alto.
Nesse momento ele me levantou me puxando pelos braços até a praia. Nós já tínhamos pagado as coisas então saímos bem rápidos MESMO. Não vou negar que essa atitude dele estranha até me deu medo, mais não conseguia parar de rir. Já estava escuro e tinham poucas pessoas na praia, ele me jogou na areia e depois disso subiu no meu colo.
- O que é? Vai me estuprar? - Falei séria.
- VOU!- Ele disse sério, mas depois começou a rir, após minha reação de medo.
- Você é bobo? - Disse enquanto ele saía de cima de mim.
- Um pouco. - Agora era ele quem ria.
- Idiota! - Comecei a rir também.
- Posso ser carinhoso e educado, mas não sou gay.
- Desculpa se feriu sua masculinidade, oun. - Fiz carinho nele.
Nós rimos e continuamos deitados na areia.
- Já sei o que te contar..- Ele disse.
- Hum.. o que? - Me empolguei e me apoiei em um dos braços para poder olha-lo.
- Da minha primeira namorada.
- Sério? - Disse desanimada.
- Você não sabe da missa a metade, só porque foi a primeira tem que ser chato?
- Não disse isso.
- Escuta só..- Ele me disse e eu fiquei olhando para ele, deitada de bruços na areia.

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora