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Abri a porta do apto aliviada. O ar até parecia mais limpo - considerando que estávamos em São Paulo. Olhei a porta da frente e me encaminhei até lá. Os números eram bonitos, dourados e grandes pegavam uma parte da porta interessante e não havia olho mágico. A campainha ao lado também era dourada, com uns detalhes estranhos, tribais eu acho. Toquei-a.
Foi apenas um toque e em questão de segundos uma mulher, como eu posso explicar, exuberante abriu a porta. Ela parecia ter seus 30 anos, com cabelos ruivos até a cintura, com sardas e tudo mais. Tipicamente ruiva, mas ela tinha uma beleza natural e incrível. Seios fartos, parecia magra e de alguma forma tudo no seu corpo tinha proporções incrivelmente perfeitas. Seus olhos eram castanhos, mas tão claros que quase seguiam o tom de seus cabelos.
- Posso ajudar? - Ela perguntou, enquanto eu reparava milimetricamente cada detalhezinho. - Oi, posso ajudar? - Ela disse mais uma vez.
- Ai, desculpa.- Respondi um tanto encabulada .- É que eu e meu amigo nos mudamos hoje e estamos tentando ajeitar as coisas, mas não temos aspirador de pó.. Ainda está vindo com o resto da mudança. Você teria um para emprestar?
Ela então fez um gesto com a mão me pedindo que eu esperasse e adentrou seu apartamento novamente. Fiquei lá fora esperando por talvez uns, cinco minutos. Então o impaciente do Vinicius saiu também para ver a minha demora.
- Achei! - Ela disse enquanto voltava.
Eu olhei para Vinicius, para reparar em sua reação. E a única coisa que aquele besta conseguiu pronunciar foi..
- Uau!
Com a boca aberta. Parecia uma criança com fome.
Me incomodei! Peguei o aspirador, agradeci e o agarrei pelo braço e fechei a porta completamente sem jeito.
- Tá maluco? - Perguntei.
- Ué, porque?
- Já vai cantar a nova vizinha? A gente acabou de chegar!
Ele deu uma risada alta.
- E daí? Você transou com o ajudante da mudança.
O quê? Como ele sabia?
- E como você sabe disso?
- Como você é boba, eu subi e depois desci para perguntar algo a você e você já estava lá dentro do caminhão aos gemidos com ele, pensa que eu sou besta é?
Não me controlei e ri. Então resolvi brincar.
Só eu sabia como Vinicius era bobo. Por mais que ele tivesse aquele jeito de machão que talvez ele tenha herdado do pai dele, ele era uma criança por dentro. Tudo bem que ás vezes eu o subestimava um pouco e não sabia muito da vida sexual dele, mas mesmo assim, resolvi arriscar a brincadeira.
- Te deixou excitado? - Eu disse me aproximando e soltando os cabelos. Ele me olhou e arregalou os olhos. - Hein, me responda! Não te deixou nem um pouquinho? - Eu passei meus dedos entre a gola da camisa dele.

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora