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Fiquei vendo tv por mais ou menos meia hora, quando Vinicius chegou. Eu o olhei fixamente entrando.. e meu coração disparou. Como é que eu estava tão dividida entre dois homens? Meu coração disparava pelos dois. Minha consciência pesou por ter traído ele também, mas isso não teria acontecido se ele não tivesse feito antes.
- Nina.. - Ele disse se aproximando.
- Boa tarde Vinicius! - Eu disse me esquivando e indo pro meu quarto.
Tranquei a porta do mesmo e fiquei deitada na cama. Eu estava magoada demais com ele. Sabe quando dói? Quando aperta o coração? Parecia que tinha algo me sufocando por dentro.. O dia passou rápido, quando me dei conta já eram quase 8 horas da noite. Eu não queria sair dali. Então só coloquei meu pijama e adormeci.
Acordei na quarta super disposta, talvez por ter dormido cedo. Tomei um banho, vesti uma vestidinho curto e levinho junto com um cintinho. Uma rasteirinha, maquiagem leve, joias. Arrumei minha bolsa e sai do quarto. Cheguei na cozinha e Vinicius estava começando a tomar café da manhã.
- Bom dia! - Eu disse enquanto colocava suco em um copo pra mim.
- Bom dia, amor. - Vinicius respondeu na maior cara de pau! Eu soltei uma gargalhada e ele ficou me olhando. Comi um pão integral com peito de peru. Escovei meus dentes, peguei minhas coisas e estava saindo.
- Pera aí, Nina... Vai me deixar? - Vinicius disse desesperado. Meu carro já tinha vindo pra SP, eu implorei pra que meu pai desse um jeito, o do Vini ainda não, então, ele sempre iria comigo pra faculdade e trabalho.
- Vai com a vizinha!! - Eu disse e bati a porta.
As aulas passaram depressa, graças a Deus. E pra colaborar, não teríamos aula na quinta e nem na sexta. Quase dei gritos de alegria! Vinicius não apareceu na facul, provavelmente iria demorar muito se viesse de ônibus. Segui direto pro escritório. Vinicius estava lá e me fuzilou quando me viu, eu nem dei moral. Fingi que não o vi. Coloquei tudo em ordem e quando chegou a hora de ir embora meu pai nos dispensou. Disse que poderíamos aproveitar o resto da semana de folga, já que a facul tinha nos liberado também. Enchi meu pai de beijos e fui direto pro apê. Cheguei, troquei de roupa e fiquei vendo tv. Vinicius chegou em seguida, foi pro quarto direto.
Eu levantei e estava seguindo pro meu, quando nós nos trombamos.
- Opa, desculpa aí.. - Eu disse desviando. Ele segurou no meu braço.
- Pera aí, Sabrina! A gente precisa conversar, será que dá? - Eu o olhei e segui até a sala.
- Pode falar, Vinicius. Só não vem com aquela.. ''Não era nada disso'', tá?

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora