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Ele implorava. Dois homens mais fortes do que ele (tentem imaginar ai) o seguravam pelos braços. No seu rosto haviam alguns machucados e ferimentos. Me preocupei por um instante, mas logo passou. Eles estavam encostados na parede o segurando com a força que podiam. Ela o olhava enquanto despejava um sermão sobre paternidade e responsabilidade.
Na minha opinião eu não achava que era preciso tudo aquilo, mas cada um com seus problemas.
- AGORA ele é seu filho também? Até ontem não queria que ele existisse, seu bosta.
- ELES NÃO PODEM SABER, VAI DESESTRUTURAR MINHA FAMÍLIA CRISTINA!
- NÃO TE PAGUEI POR ANOS PRA VOCÊ DAR PALPITE. SE NÃO QUER QUE ELES SAIBAM VAI TER QUE ASSUMIR O FILHO E SE CASAR COMIGO!
- Mas eles nem sabem de você..
Pela cara que ela fez, ela não esperava ouvir uma resposta tão cretina da boca dele. Ela fez um sinal para um dos homens, que brutalmente acertou um soco e depois dois chutes na barriga de Diogo que arqueou e gemeu.
- Tudo bem, tudo bem, eu conto! - As forças finalmente haviam cedido.
- Foi sua melhor decisão!
Ela saiu junto os dois homens, que antes, jogaram Diogo no chão, despejando sobre ele uma chuva de socos. Esperei quando eu pude ouvir ela descendo outro lance de escadas para mim poder ajuda-lo.
Ele estava todo caído no chão e sangrava moderadamente.
- Diogo..- Eu o acudi e ele abriu um dos olhos inchados.- Vamos se apoie em mim, vou te levar pra cima.
Fui pegando um dos braços dele, mas ele relutou para que eu o deixasse no chão.
- Que foi? quer morrer a aí? Por mais que me odeie, isso não é hora.
- É, essa hora... não exis-existiria se v-vo-você não tivesse se metido na minha vida!
- Quer ficar aqui então?
- Só chame o meu irmão.
Não procurei responder, subi as escadas correndo e tropeçando nos degraus.
- DIEGO! DIEGO! - Eu gritava enquanto batia na porta.
Ninguém me respondeu, fiquei cinco minutos batendo incessantes até que ele abriu a porta com o maior carão.
- O que é? - Ele só havia deixado uma fresta da porta aberta.
- Seu irmão esta machucado. Está na escada do quarto andar, tentei ajudar mais ele não quer que eu encoste nele.
- Não é pra menos! - Ele saiu do apartamento fechando a porta,
Não nos falamos mais,
Desci de elevador e encontrei Vinicius lá embaixo mesmo..Que por falar nele, estava desesperado.

Me coma com carinho - PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora