Capítulo Oito

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Passei o dia ignorando o Guilherme. Não quis papo, mesmo depois que pediu desculpas a Rebecca na minha frente. Tentou se aproximar mais foi em vão, eu ainda estou chateada com ele. Meu telefone toca e é a Nina.

- Júlia. - ela diz.

- Oi Nina. - digo e me viro de costas para o Guilherme.

- Está podendo falar? - pergunta.

- Pode falar. - digo e suspiro.

- Eu liguei para avisar que eu não vou dormir em casa hoje. Vou pra casa de um amigo. Tudo bem? - diz e ouço vozes perto dela.

- Claro. Você vai para a faculdade amanhã? Você levou a chave? - pergunto só por precaução.

- Sim, não se preocupe. Amanhã a gente conversa sobre deixar você mais gata. Agora eu tenho que ir. Até amanhã, Júlia. - ela diz. Eu gostei da Nina. Ela é bonita e gentil. Curiosa as vezes, mas ainda assim eu gosto! Me viro e olho para o Guilherme que está cortando legumes e me olhando sério.

- Até, Nina! - digo e desligo e olho para o celular, pensativa.

- Você vai dormir sozinha hoje? - pergunta e para de cortar os legumes. Eu suspiro pesadamente.

- Eu sempre durmo sozinha. Hoje não vai ser diferente. - digo e guardo o aparelho no bolso.

- Docinho, para com isso. Eu já pedi desculpa! - diz e vem até mim apressado tentando me tocar.

- Eu só estou com dor de cabeça. - digo me afastando dele.

As dez da noite já estamos indo para o estacionamento.

- Eu vou levar a Rebecca em casa e vou passar em casa para tomar um banho e depois vou para o seu apartamento. - ele diz e abre a porta para a Rebecca entrar.

- Você não precisa fazer isso Guilherme. Eu sei que você está cansado. Porque não vai pra casa e dorme? - digo irritado e abro a porta do meu carro.

- Eu vou e acho bom abrir a porta quando eu chegar! Não vou demorar, docinho. - diz e me beija demoradamente na bochecha, a Rebecca só observa.

- Tchau, Júlia. Até amanhã! - ela sorri e ele dá partida e buzina sem parar me fazendo rir.

Chego em casa dez e quarenta da noite. Jogo minha bolsa na cama e entro no banheiro. Quinze minutos depois eu saio e a campanhia toca. Merda! Tão rápido! Faço um coque no meu cabelo e aperto a toalha e vou até a porta. Olho no olho mágico e lá está o meu grude. Abro a porta e ele estaca no lugar, de bermuda jeans e uma camiseta preta apertada e muito cheiroso.

- Entra logo que eu não quero que me vejam assim. - eu digo irritada e fechando a porta e puxando ele pra dentro do meu apartamento.

- Senta aí que eu já volto! Vou vestir uma roupa. - digo me encaminhando para o quarto.

- Pode ficar assim mesmo, não me importo! - ele diz divertido.

- hahahaha não mesmo! - entro no quarto e coloco um short jeans velho e curto e uma blusa de alça rosa sem sutiã, penteio os meus cabelos e coloco um pouco de perfume. Volto para a sala e vejo ele mexendo no DVD.

- Você quer comer alguma coisa? Porque estou sem fome. - me sento no sofá e observo ele mexendo nos cabos.

- Pronto já está conectado. Você está muito cheirosa, docinho. - ele diz e olha pra mim. E não respondeu a minha pergunta.

- Vou perguntar de novo. Você quer comer alguma coisa? Porque a hora é essa! Depois daqui é cama! - digo brava e deitando a cabeça no braço do sofá e ele ri.

- Não, docinho. Eu não quero nada. Só vamos assistir o filme. Vai apagar a luz? - ele diz olhando para mim e eu reviro os olhos.

- Pode apagar. Agora eu acho que vou acabar dormindo aqui mesmo... - digo me deitando no sofá, ele se levanta e apaga a luz, se senta no outro sofá e tira a camisa.

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora