Cap. 16

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Fechamos quando o último cliente foi embora. O seu Roberto vem aqui todas as noites. Ele é sozinho e gosta da comida caseira que servimos, e aproveita para bater papo com o pai do Raul, o seu Carlos. Quando saio do vestuário recebo uma mensagem do Luís.

Oi Júlia. Não se esqueceu do nosso encontro não é? Vou passar no seu apartamento as oito. Ok? Amanhã eu te ligo para combinarmos onde vamos. Beijo. Luís.

Olho para o lado e vejo o Guilherme se aproximar. - Vamos? - pergunta todo arrumado e cheiroso. Minha irmã mais nova e esnobe, a Manuela não vai acreditar quando souber que eu estou namorando esse deus grego que era e ainda é o meu melhor amigo! Ela vai cair pra trás!

- Eu vou para a minha casa e você vai para a sua! - digo me encaminhando para a saída. Vejo Rebecca subir em uma moto muito bonita e cara de um dos amigos bonitões do Henrique. Ela foi humilde em chamar ele de gatinho. Ainda bem que eu não pensei alto ou o bonitão aqui ia me esganar. Eu não sabia que ele era tão possessivo assim. Imagina quando eu falar do Luís? O encontro!

- Eu quero ir com você Júlia. - diz chateado e pega minha mão enquanto caminhamos para o estacionamento do restaurante.

- Não começa Guilherme! Temos que ter um pouco de distância para ter saudade um do outro. Eu moro com uma colega agora! Ela quer privacidade e não posso ter você enfiado entre minhas pernas todos os dias! Eu não vou sumir! - digo irritada pelo seu apego tão repentino. Um grude infernal!

- Temos que fazer a coisa certa ou isso não vai dá certo Guilherme! - digo e solto sua mão. Abro a porta do meu carro, mas ele me impede de entrar. Tava demorando!

- Olha pra mim, Júlia. - diz alto e eu me viro depois de jogar a bolsa no banco do carona. Olho para ele com muita raiva. Ele suspira e se aproxima do meu corpo.

- Eu sempre fui apaixonado por você Júlia. E agora que você aceitou namorar comigo eu simplesmente não consigo ficar longe de você! Não me culpe por isso. Eu vou tentar me controlar! Agora me dê um beijo já que você vai me trocar pela Nina! Eu odeio ela por ficar no quarto que devia ser meu! - diz chateado o que me fez rir com a mesma ladainha. Ele nunca esquecer disso meu Deus?

- Eu nunca ia alugar para você Guilherme e troca esse disco! Que saco! Agora eu tenho que ir ou vai ficar tarde para mim! - lhe dou um selinho e me afasto. Ele puxa meu braço com uma mão e coloca a outra na minha nuca.

Enlaço meus braços em seu pescoço e beijo sua boca. Sua língua invade a minha boca com volúpia. Me encosta no carro e cola o corpo no meu. Passasse os segundos, minutos e descolo meus lábios do seus, com a respiração suspensa.

- Júlia... - ele sussurra e eu sei o que ele quer mas eu não vou ceder.
- Eu tenho que ir docinho. Depois eu te ligo ou você me liga! Te amo. - lhe dou um último beijo e entro no carro. Aceno e dou partida em direção ao meu lar. Se ele é ciumento e chato comigo assim gorda e sem estilo, imagine depois que eu passar pelas mãos da Nina e enxugar as banhas?!

Ele vai querer me prender no meu quarto! Quando chego em casa a Nina está com um coque frouxo e de camisola rosa transparente que dá pra ver a sua pequena calcinha branca e deixam os seus mamilos em evidência! Imagine o Guilherne entrando comigo e vendo ess visão do inferno glorioso? Ela está mexendo alguma coisa na panela.

- Até que enfim você chegou Júlia! Com fome? - diz e desliga o fogo.

- Não. Obrigada. O que é isso? - olho para a sopa estranha que ela põe no prato me vê fazendo careta e ri. Sopa para um doente!

- Isso aqui é o que vai te deixar gostosa para o Guilherme. Se bem que você já é, eu só vou te deixar definada! Você já comeu lá? Tem certeza que não quer? - ela oferece e eu olho para os seus seios dando graças a Deus por não ter trazido o Guilherme pra cá.

Ela não tem vergonha de ficar nua na frente de ninguém e ele não liga se tem alguém escutando o barulho dos nossos gemidos quando estamos transando loucamente! São dois sem vergonhas. Olha onde eu me meti? Papai vendo isso hein?

Tomei um banho e coloquei minha camisola preta, ainda estou dolorida por causa do Guilherme. Ficamos na sala conversando sobre irmos ao shopping para comprar as roupas para malhar na segunda antes de ir para a faculdade. E amanhã vou ao salão de um amigo dela mudar o meu visual! Eu estou tão feliz por ela querer me ajudar.

Na escola, eu era muito mais gorda. A Karen me ajudou com essas coisas de correr e me alimentar bem. Afinal, ela era estudante de medicina e era a rainha da dieta. Alface! Depois que foi embora, eu fiquei triste e sozinha. Passei a não ligar mais para essas coisas de ficar bonita e comer bem. Minha vida era faculdade, trabalho e cama! Às vezes o Guilherme me fazia encher a cara e dormia comigo para me fazer companhia. Ele sempre esteve ao meu lado nos bons e maus momentos. Por isso que eu o amo! Me despeço da Nina e vou para o meu quarto. Me deito na cama e o meu celular toca. Deus, que não seja o Luís! Olho para a tela e sorrio. Guilherme.

- Docinho... - ele diz baixinho e olho para o relógio do celular e já vai dá uma hora da madrugada.

- Hum... - gemo e ele solta uma risada rouca e sexy. Lá vem as safadezas dele! Sacana!

- Você gosta de me provocar não é? - ele diz com um voz sexy que me deixa arrepiada.

- Eu não fiz nada docinho! - me faço de inocente e ouço mais risadas roucas gostosa.

- Adivinha o que eu estou fazendo docinho? - respira forte e eu posso imaginar o que ele esteja fazendo!

- Tarado! - solto uma risadinha e ele geme. Eu não acredito!

- Eu já tomei dois banhos frios e me masturbei três vezes por sua causa docinho. Eu quero te ver... - ele sussurra enquanto eu enfio minha cabeça nos travesseiros chocada com suas palavras indecentes.

- Tenta dormir que passa! - digo segurando o riso. Impossível!

- Eu não gosto de dormir! - ele diz ofegante, ainda se tocando!

- O problema é seu, docinho! Agora me deixa dormir! - choramingo e escuto sua respiração pesada do outro lado da linha. Deve está chegando lá!

- Ok. Podemos nos ver amanhã? - ele pergunta baixinho.

- Não sei. Eu tenho um compromisso com a Nina amanhã. Depois eu ligo pra você, docinho. - digo sonolenta.

- Tudo bem. Tchau docinho. Eu te amo. - ele diz manhoso.

- Te amo. Tchau. - digo baixinho e desligo, caindo no sono!

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora