Cap. 37

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- Você está acordada, docinho? - ele pergunta baixinho e seu peito reverbera com a voz grave. Estou deitada de bruços praticamente com o corpo todo em cima dele. Coberta apenas da cintura pra baixo. Estou quase pegando no sono com ele fazendo carinho no meu cabelo e nas costas. Levanto o rosto para ele que me dá um beijo casto nos lábios com carinho.

- Você quer uma festa? - diz voltando novamente ao assunto. Quem deveria ficar pilhada com essas coisas sou eu, e não ele! Suspiro e me levanto, ficando montada nele. Estou feliz com o meu corpo que nem tenho mais vergonha de ficar assim com ele.

E mesmo assim, tive que me acostumar com isso, pois ele gosta de ver e tocar tudo! Esse homem é demais em tudo! Escolhe os piores momentos e horas pra conversar. Três da manhã, ele quer falar sobre o bolo da festa! E eu quero dormir! Se mexe na cama para me acomodar em suas pernas e olha para os meus seios. Eu dou uma tossidinha ele levanta o olhar sorrindo divertido.

- Não posso mais apreciar a vista? - diz com um meio sorriso.

- Você pode esperar até o ano que vem? - pergunto sem olha - lo, e com as duas mãos coloco o seu cabelo preto para trás.

- Não. A gente já conversou sobre isso, Júlia! - diz ficando bravo.

- Tudo tem que ser do seu jeito e a hora que você quer? Vou poder dá a última palavra em alguma coisa? - jogo o cabelo pra trás com as mãos na cintura irritada com isso.

- Eu odeio quando não me permite dormir com você. Eu quero acabar com isso logo! Você já aceitou casar comigo! Porque não podemos adiantar essas coisas? Eu quero está com você a todo momento, Júlia. É só isso que eu peço. Se não quiser festa, pra mim tudo bem. Se você não fosse tão chata poderíamos ter casado naquela praia mesmo! - ele diz bravo e tenho vontade de rir da sua cara amarrada. Bravo!

- Eu sou chata, docinho? E você que é irritante e teimoso que nem mula! - digo rindo, e puxo seu rosto para um beijo. Enlaço seu pescoço e lhe beijo com gosto, minha lingua por toda a sua boca até deixa - lo sem ar. Aperta minha cintura com força, eu solto sua boca ofegando.

- Júlia... - sussurra manhoso beijando o meu pescoço.

- Tá bom, Guilherme! Você fala demais! - jogo as mãos para o alto, ele ri. Ele quer me enlouquecer!

- Tomou água de janeiro foi? Agora vamos dormir que amanhã, quer dizer hoje ainda vamos trabalhar! - me levanto e visto a calcinha e a camisola. Olho para os seus pés e caio na gargalhada. - Tira isso, Guilherme! - digo rindo, pego sua cueca do chão e lhe entrego, ele faz uma careta e vestindo a cueca.

- Vai dizer que não tinha o sonho de fazer amor comigo só de meias? - pergunta divertido e me puxa pra junto do seu corpo.

- Você sai com cada uma! - digo rindo. Puxo o Edredom para nos cobrir. Me viro de costas para ele que coloca uma perna entre as minhas e a mão lá.

Massageia e morde o meu ombro. - Você me chamou de chata! Vou ser agora! Tira a mão daí! - digo me afastando ele que bufa.

- Não vou fazer de novo! Mas deixa a minha mão aqui! - diz suspirando e para com a mão quieta. Me aninho sonolenta em seu peito.

- Docinho... - ele chama e posso sentir que está sorrindo.

- Hum... - gemo de olhos fechados.
- Eu te amo. - diz no meu ouvido, me arrepiando.

- Eu sei! - digo sem conter o riso por ele querer me manter a todo custo acordada. - Também te amo. Cala essa boquinha ou vou trancar você no banheiro! - digo rindo.

- Já calei! - diz e me aperta. Um minuto depois eu já estava no trigésimo carneiro!

Acordo e sinto minhas pernas dormentes. O grude está praticamente com todo o seu corpo em cima de mim, a cabeça no meu peito, e um braço na minha barriga. Dorme tranquilamente de cueca e meias! Quando a gente era amigo, bem no início da amizade ele era tão magrinho que dava dó! Apresentaram a senhora academia e agora está com um senhor corpo. Nunca teve vergonha de mostrar o corpo, se pudesse vivia de cueca pra cima e pra baixo. Mas aí, seria preso por atentado ao pudor. Penteio seus cabelos com os dedos e vejo a porta se abrir como todos os dias. A Nina entra no quarto escuro e abre a cortina se vira para mim e tapa a boca rindo. Olhando para o meu noivo com a bundinha pra cima e só de cueca!

- Desculpa! - ela ri e tapa um olho, a palhaça! Não tira o olho!

- Eu pensei que ele tinha ido embora. - diz baixinho. Ele se mexe e vira o rosto para o outro lado apertando os olhos.

- Docinho... Apaga a luz! - resmuga me apertando.

- Eu vou sair... - ela sussurra baixinho e faz sinal para a porta, balanço a cabeça em afirmativa e ela fecha a porta devagar. Rolo ele para o lado e saio da cama e fecho a cortina novamente.

Caminho para a cozinha e sento no banco para observar a Nina fazer o café. Ela olha pra mim e ri.

- Eu achei que ele tinha ido embora, ontem! Foi mal gostosa. - diz rindo.

- Tudo bem. Cadê o Rafael? - pergunto amarrando os cabelos em um coque.

- Foi correr na praia. Daqui a pouco ele volta. - diz colocando a mesa e olha para o corredor e desvia rapidamente. Ele me abraça por trás e beija minha nuca, e eu quero mata - lo por está semi - nu na frente da minha amiga.

- Volta pra cama, docinho.. - ele diz manhoso, a Nina solta uma risadinha e eu sei que é por causa da meia horrorosa.

- Vai pra cama que eu já vou lá, Guilherme! - digo tentando me desvencilhar dele.

- Não! Vamos comigo! - diz birrento, eu reviro os olhos e salto do banco. Ele passa um braço no meu ombro, me arrastando pro quarto. Escuto a porta da sala sendo aberta e empurro o Guilherme pra dentro do quarto. Ele olha pra mim confuso e se deita na cama de barriga pra cima.

- Imagina se o Rafael te pega de cueca com a irmã e a Nina? Que eu acho que deve ser a namorada dele! - digo irritada, ele bate na cama me chamando.

- Eu ainda não acordei, docinho... Acordei e você não estava... - diz esfregando o rosto, eu me deito na cama, ele me puxa pra perto e me abraça manhoso.

- Não quero você andando pelado pela casa! - digo lhe empurrando.

- Eu estou de cueca e meias! Não estava pelado! - diz divertido, eu não consegui segurar o riso.

- Eu desisto! - digo rindo, ele beija o meu pescoço se aninhando em mim. Já acordou!

- Vamos fazer aquilo que eu sempre quero fazer com você. Você sabe o que é... - diz espalhando beijos no meu pescoço.

- Você só pensa naquilo? - puxo o seu cabelo e ele levanta a cabeça.

- Aquilo é bom demais! - diz levantando a minha camisola. Uns são viciados em futebol, comida, religião... O Guilherme é viciado em sexo! Está tentando me consumir!

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora