Cap. 26

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Nina tomou banho no quarto de hóspedes e trouxe sua mala para o meu antigo quarto. Colocou um vestido preto curto e sem sutiã e com uma de suas calcinhas minúsculas. Eu optei por um short jeans curto branco e uma blusa azul marinho de alças finas sem sutiã. Preciso de um alívio!

- Posso dormir com você? - pergunta com vergonha.

- Claro. A cama é espaçosa. Vamos descer? - sorrio e demos os braços para descer as escadas. No alto vemos o meu irmão gato de bermuda e sem camisa.

- Com todo o respeito mas o seu irmão é uma coisa de louco! - ela diz e ri nervosa.

- Gostoso, mas não vale um centavo! Não serve pra casar, amiga... - digo baixinho.

- E quem falou em casamento aqui? Pegue e não se apegue, Julinha! - diz e descemos rindo.

- Você combina com ele. - digo rindo, ele olha pra nós e levanta as sombrancelhas, ligado!

- Qual é a piada que você está contando Júlia? Eu quero rir também! - diz e volta a mexer no DVD. A Manuela desce toda arrumada e tenta sair sorrateiramente mais o faro do capitão e infalível. - Onde você pensa que vai Manuela? - ele pergunta sem olhar pra trás ainda mexendo nos fios. Ela revira os olhos. Falhou na missão, fofa!

- Vou sair com o meu namorado, Rafael. - ela choraminga batendo o pé irritada e ele olha para trás estreitando os olhos.

- Se não percebeu, sua irmã chegou para passar as férias, rever a família! E você quer sair com o seu namorado? - ele fala e sei que está bravo, se levanta e vai até ela. A Nina olha para as suas costas e morde o lábio excitada. Tenho que admitir que assim como ele disse, se não fôssemos irmãos eu caía de boca nesse sorvete de casquinha! Sem a Nina ver claro! Gargalhei com o pensamento.

- Eu não me importo, Rafael. - digo baixinho. Ela não é tão família quanto eu e ele que qualquer tipo de festa estamos. Ela prever baladas com os amigos.

- Mas eu me importo! -  diz e coloca uma mão no bolso. Eu me levanto e vou ao socorro da Manuela. Abraço ele de lado e beijo seu braço forte.

- Deixa ela ir, capitão. Ela não vai demorar. Não é Manu? - levanto as sombrancelhas e entorto a boca em um sim. Ela faz uma careta de quem quer passar a noite fora!

- Não vou demorar! - diz irritada.

- Acho bom. Esteja aqui antes de uma da madrugada ou eu vou bater na porta desse Alex armado até os dentes! - diz bravo e passa um braço pesado sobre o meu ombro.

- Permissão pra sair capitão? - ela presta continência e sei que isso o amoleceu, pois ele riu.

- Permissão concedida. Agora venha aqui! - chama e ela vem chateada. Beija sua bochecha e lhe abraça sem me largar. - Eu cuido do que é meu, garota! Não se esqueça disso! Você não vai ter a Júlia aqui pra sempre. Agora vá num pé e volte noutro. - diz alto e ela bate a porta irritada. Olho pra ele horrorizada.

- Você parece um homem das cavernas, Rafael! - digo exasperada ele olha divertido pra mim. Crescemos e ele ignora isso!

- Se eu folgar a corda da Manuela, ela me faz de palhaço. Eu não confio nesse Alex! - diz irritado e caminhamos de volta pro sofá.

- Você não confia em homem nenhum que não seja o papai! - digo rindo e apago a luz.

- Vocês querem pipoca? - pergunto saindo da sala e indo para a cozinha ampla da minha mãe.

- Sim. - dizem juntos.

Coloco a pipoca no microondas e encho os copos com refrigerante. Levo os copos para a sala e só se ouve o silêncio. Perigo!

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora