Cap. 44

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Guilherme

O meu amor voltou! E tudo voltou ao seu lugar. Inclusive a minha coluna! Finalmente casamos no cartório. A Júlia é chata e não quis festa. Eu cansei de implorar. Mas a mãe dela conseguiu pelo menos um jantar em família e amigos. Odeia ser o centro das atenções! Me sento no sofá para observa - la conversar com a Nina.

Está vestida com um vestido branco de renda justo no corpo e de salto alto. A brisa entra pela janela e sopra os seus cabelos ondulados fazendo alguns fios agarrem em seus lábios carnudos. Ela retira e olha em minha direção e sorrir, levanto a taça de vinho para ela. Ela me prende em seu olhar e sinto um sacode na minha perna, olho para baixo e sorri para a Clara, a filhinha do Raul. Um anjinho de quatro anos, loirinha dos olhos azuis piscina.

- Quebrou, tio! - ela diz fazendo biquinho, porque não consegue colocar os sapatinhos da boneca. Olho em volta e encontro o Raul conversando com o meu sogro bravo e o meu cunhado!

- Vem cá com o tio. Não quebrou. Deixa ver se eu consigo colocar de volta. - coloco ela em uma perna e pego a boneca tentando colocar o sapatinho rindo de mim mesmo, por não conseguir colocar um mísero sapato numa boneca! Sinto o perfume já Júlia e levanto o olhar para encontrar um sorriso divertido nos lábios rosado.

- Você não tem jeito com bonecas, docinho! - diz e pega o sapatinho e a boneca da minha mão. Senta do meu lado e coloca em segundos. - Aqui, Clarinha! Prontinho. Ela tem nome? - diz sorrindo coloca um cotovelo na coxa e apoia o queixo na mão olhando para a menina.

- Lulu! - ela responde e deita a cabecinha no meu peito e com o dedinho na boca, envergonhada.

- Lulu, é um lindo nome. O meu é Juju! - ela diz divertida e enrola o cabelo loirinho da Clara no dedo.

- Tia Juju, eu quero suco! - Clara diz se mexendo no meu colo. A Júlia pega a mão dela e ajuda a descer.

- Eu já volto! - se inclina e me dá um beijo casto nos lábios.

Ela se afasta com a Clara e penso no que me disse sobre futuramente adotar uma criança. Eu gostaria tanto de ver o meu docinho grávida! Me pedindo algo estranho para comer de madrugada. Mas isso não será possível, infelizmente. Ela volta e senta ao meu lado colocando sua mão em minha coxa.

- Porque está com essa cara? Eu casei com você! Estou ansiosa pra fazer amor! Cansei de comer e beber... - diz no meu ouvido me fazendo ri baixo.

- Não é nada. Podemos subir? Eu quero minha esposa agora! - digo louco para deixa - la nua. O capitão não me deixa nem beijar na boca! Ela disse que eu não sei beijar na frente dos outros! E ele pode engolir a cabeça da Nina na nossa frente! Agora ela é minha, cacete!

- Ok. Marido meu. - diz mordendo o lábio e ficando de pé e sigo para onde quiser me levar. Eu amo tanto esse doce de mulher. Fizemos amor a noite toda já que amanhã, quer dizer hoje não vamos trabalhar então eu posso cansa - la o quanto quiser.

Só Deus sabe o quanto é gostoso fazer a Júlia gozar! O jeito como geme e rebola, como me beija fazendo carinho. Eu amo quando sorrir e acho sexy quando está brava. Quando eu fingir ser gay e consegui sua amizade foi legal porque eu estava fugindo da Rebecca. Não sentia nada por ela e continuei assim a afastando como pude. Conheci a Júlia na primeira semana de trabalho no restaurante. Eu ria horrores quando errava um pedido ou às vezes queria assassinar a Alice por chama - la de gorda desmantelada.

Não existe a falsa magra? A Júlia era a falsa gorda! Ela sempre reclamou do peso e que não sabia se vestir. A nossa amizade sempre foi divertida. As vezes quando estava triste fazia ela beber e dormir, e ficava acordado por horas olhando ela dormir. Eu achava que era coisa da minha cabeça, que estava misturando as coisas. Até que um dia eu estava mais excitado que o normal e quis provar a Júlia. Ali eu tive a certeza que ia até o fim para tê - la pra mim. O engraçado é o nosso apelido. Eu sempre perguntei porque não comia salgados na festa achei que era uma de suas dietas não sei da onde!

Tomei o seu brigadeiro e ela disse: você comeu o meu docinho, seu cretino! Fez um biquinho e tomei outro. Ela me deu um tapa no braço muito brava. Aí eu disse: toma aqui o seu docinho, meu docinho! Dei na sua boca e ela riu divertida. Um lindo sorriso que me deixou derretido que nem calda de chocolate. Eu já estava apaixonado pela Juju do capitão e a gostosa da loirinha boa!

Eu tenho um dom de irritar a Júlia. Com tudo ela se irrita e para não ficarmos brigados por muito tempo eu pego ela de jeito até amansa - la. A gente decidiu morar na minha casa com a minha mãe. Graças a Deus que elas se dão bem. Elas se dão tão bem que às vezes se juntam contra mim! Não pode!

A Nina está grávida do Rafael e pretendem se casar antes que o neném nasça. Até que enfim o Rafael achou uma mulher para lhe domar. Se eu e a Júlia sai faísca. Eles dois é explosão! Depois de nove meses você ver o resultado!

E esse resultado será um menino chamado Theo. E por falar em criança, adotamos uma. Um lindo bebê chamado João Lucas. Ele é branquinho e tem olhos azuis. A Júlia bateu o olho e se apaixonou na hora. A gente esperou se formar e seguir nossas carreiras para dá um futuro melhor ao João. Agradecemos o tempo que trabalhamos no restaurante.

Se aquele estacionamento falasse?! Foi ali onde toda essa loucura que partiu da minha cabeça começou. Talvez a Júlia continuasse como ela sempre foi se eu e a Nina não desse um choque de vida e realidade nela! Fizemos um tratamento caro mas que valeu a pena! Ela está grávida de gêmeas! Não é o máximo? Nisso ela sempre me deu força. Me dizia que ia dá tudo certo, eu confiei nela e deu certo. Estamos esperando duas princesas, a Anna e a Brendha. Eis aqui um homem feliz da vida.

Não diga que a canção está perdida.
Tenha em Deus, tenha na vida.
Tente outra vez...

The end!

Não é o fim, pessol! ❤

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora