Cap. 40

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Um mês depois...

Eu estou uma merda sem o Guilherme! Estou emagrecendo sem fazer muito esforço na academia. Minha vida é da faculdade pro trabalho e depois para o apartamento. Ele tem me evitado arduamente. Eu noto a tristeza em seu olhar, e eu sou consciente que sou a causadora disso tudo! Não sei mas o que fazer. Não tenho mais prazer em nada. Se não fosse a Nina, eu nem sei onde eu estaria agora! Mamãe ficou triste por não fazer o jantar de noivado. Ela gosta muito dele.

O Rafael ameaçou o Guilherme de morte. Ele queria saber o motivo do término, queria se meter onde não lhe cabe! Ameacei nunca mais falar com ele se fizesse alguma coisa com o Guilherme. Ele aceitou numa boa. O Rafael só aquieta com tratamento de choque. No momento não posso ficar nervosa que eu surto bonito. Dormindo a base de remédios e agora ele vem com essa de quebrar a cara do meu docinho! Ele não é mais meu.

Fomos para a faculdade num ânimo que dava gosto. Só que não! A Nina ligou o rádio em uma estação que só passa MPB. E nesse momento canta Caetano Veloso. Ela cantarola no meu lado enquanto eu estou contando os minutinhos para que essa música triste acabe logo. Não dá para escutar Caetano sem se emocionar. Pelo amor!

As vezes no silêncio da noite.

Eu fico imaginando nós dois.

Eu fico ali sonhando acordado.

Juntando antes, o agora e o depois.

Porque você me deixa tão solto?

Porque você não cola em mim?

me sentindo muito sozinho.

Não sou e nem quero ser o seu dono.

É que um carinho as vezes cai bem.

Eu tenho meus segredos e planos secretos.

abro pra você mais ninguém.

Porque você me esquece e some?

E se eu me interessar por alguém?

E se ela de repente me ganha?

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida.

Fala que me ama, que é da boca pra fora.

Ou você me engana ou não está madura.

Onde está você agora?

( Caetano Veloso - Sozinho )

A música rola e lembranças vem me perturbar. Eu não posso ser hipócrita de dizer que não sinto falta dele. Eu o amo! Só não consigo aceitar esse jeito dele. Mas o meu coração não aceita o fim! A cada vez que eu olho para ele que desvia, chego num canto ele sai. Só fala comigo o necessário no restaurante. Quando chegamos na faculdade sigo para a minha sala e noto que faz uma semana que não esbarro com ele no restaurante e aqui. Me sento na cadeira e finjo prestar atenção na aula da professora Cláudia. No intervalo conversei um pouco com a Nina e voltei a para a sala. E encontro o Luís com o seu inseparável iPhone.

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora