Estamos aqui a duas semanas e resolvemos ficar mais uma. Falei com o Guilherme no telefone algumas vezes, tentei conversar mas sempre acaba saindo farpas. A Nina e o Rafael andam se pegando a noite no quarto dele. Eu só escuto a cama rangendo a noite toda. Quem gosta é a Manuela, que enquanto ele se ocupa com a Nina, ela foge com o Alex e eu sobro como sempre. Depois que o Rafael foi para o quartel, mamãe, eu e as meninas resolvemos ir à praia na sexta pela manhã.
Nina disse que eu precisava de uma cor! Passamos um dia agradável, bebendo e ouvindo sacanagens de alguns caras que jogavam vôlei na praia. Chegamos em casa as quatro da tarde, eu levei um susto ao ver o Guilherme sentado na frente da minha casa. Vestido com calça jeans e uma camisa pólo vermelha e com o celular na mão. O meu celular está no silencioso, ele deve ter ligado pra mim e eu não ouvir. Como eu estou um pouco bêbada, achei que eu estava vendo coisas, mas é real. Ele está aqui.
- Esse é o Guilherme, Júlia? Ele é um gato! - Manu diz interessada.
- Sim. - digo olhando para a Nina pedindo socorro!
- Minha filha, eu acho melhor você conversar com ele. - mamãe diz preocupada me observando.
- Sua mãe tem razão, Júlia. Ou você fica bem com ele, ou põe um ponto final nisso tudo! - diz apertando minha mão.
- Vamos entrar meninas! - mamãe chama a Nina e a Manuela para dentro. Eu me aproximo dele com cautela e me sento ao seu lado.
- O que está fazendo aqui Guilherme? - pergunto sem olha - lo. Ele vira o rosto para me olhar.
- Você disse duas semanas, Júlia! O que eu tenho que fazer pra você voltar pra mim? Estou enlouquecendo, docinho! - diz alto e eu olho para ele, triste.
- Você está diferente, Guilherme! Agressivo e ciumento demais! Eu não sei lidar com isso! - digo me levantando, ele puxa o meu braço e se levanta irritado.
- Você não me ver como homem Júlia! E sim como o amigo carinhoso e engraçado! Eu quero ser o seu amor! Não um simples amigo! - diz furioso e se aproxima do meu corpo traiçoeiro.
Ouvimos o barulho de carro. Me afasto e olho para o Rafael que se aproxima. - Olá cara! Como vai? - ele diz e aperta a mão do Guilherme que não quer sorrir.
- Eu vou bem. - Guilherme sorri muito fraco. O Rafael olha pra mim e entende o que está acontecendo.
- Júlia, porque não entrou com ele sua mau educada! - ele diz divertido e beija a minha bochecha.
- Eu não vou demorar! - Guilherme diz sem graça.
- Você vai ficar pro jantar. Vamos entrar! - diz e empurra o Guilherme pra dentro que olha pra mim e dá de ombros. Entro e esfrego a testa sem saber o que fazer! Mamãe vem até nós sorrindo. Ele gosta dele.
- Sente - se, filho. - ela diz suavemente e ele se senta olhando pra mim querendo conversar.
- Eu vou tomar um banho, mãe. Eu já volto! - digo subindo as escadas, o Rafael me segue e segura o meu braço notando o clima!
- Está tudo bem, Júlia? - pergunta preocupado.
- Sim. Eu vou tomar um banho. - digo e passo por ele. Entro no quarto tirando a roupa e seguindo para o banheiro. Ligo o chuveiro e deixo a água quente lavar o meu corpo, porque a alma tá difícil.
Estendo as mãos na parede do banheiro e choro ruidosamente. A Nina entra no banheiro e me lança um olhar de pesar.
- Júlia... - ela diz baixinho e me estende a toalha e eu pego.
- Eu não vou sair agora, Nina! Pode me deixar sozinha? Já vou descer! - sorrio para ela que acente e sai do banheiro impaciente.
Termino de me ensaboar e me enrolo na toalha para secar o cabelo. Rafael bate na porta e entra. - Morreu aí dentro Júlia? Mamãe vai servir o jantar! - ele diz e senta na cama.
- Estou secando o cabelo, capitão! - digo tonta e me sento na cama.
- Você está bêbada Júlia? - ele diz e estreita os olhos, bravo.
- Eu sou maior de idade. Se eu matar eu vou presa! Então beber e vir a pé ou de ônibus não faz mal algum. Agora sai daqui que eu tenho que me vestir! - digo chateada, ele ri divertido.
- Eu ainda quero te dá umas palmadas, Júlia! - ele diz divertido.
- Se quiser me bater e me deixar de castigo pelo resto das férias vá em frente! Eu vou achar até bom. - digo e deito na cama de barriga pra cima. Sem animo para nada!
-Você tem que descer, Júlia. Anda logo! Quer que eu chame a Nina pra vestir você? - me levanta e olha pra mim sério. Eu bufo irritada.
- Não precisa! Pode ir. - digo irritada e me levanto.
- Cinco minutos hein? Se não descer eu vou te arrastar! - diz bravo me fazendo rir e se vai fechando a porta do meu quarto.
Coloco minha calcinha preta e o vestido que a Nina me deu. Está um pouco justo mais ainda assim é lindo. Deixam as marcas do biquíni em evidência. Coloco um pouco de perfume e calço os chinelos. Desço vagarosamente as escadas e já estão todos na mesa, mamãe servindo todos eles.
- Já ia lhe buscar, Juju! - Rafael diz rindo e bate na cadeira para eu sentar ao seu lado e do Guilherme, que me olha apaixonado. Faço uma careta e me sento. A mamãe me serve e eu sorrio para ela. Todos conversam animadamente, menos eu que como olhando apenas para o meu prato de salada.
- Você vai dormir no quarto de hóspedes, já que a Nina está dormindo com a Júlia. - mamãe diz para o Guilherme.
- Não se incomode senhora, eu já estou indo pra casa. - diz.
- Você não vai.- digo firme e olho para ele fixamente.
- Eu não quero incomodar, Júlia. - ele continua, irritado.
- Não é incômodo algum. - mamãe diz com o seu sorriso acolhedor.
- Vamos dá uma volta? - me levanto e estendo a mão, ele me olha por um tempo, se levanta e pega a minha mão. Saímos da casa de mãos dadas. Ele a todo tempo me olha dos pés a cabeça, e apertando minha mão não me deixando soltar.
Caminhamos para os fundos da casa numa parte mais escura para conversamos. Nos sentamos em um banco ainda de mãos dadas. Ele espera eu falar alguma coisa, mas não faz nada! Apenas me olha nos olhos com saudades. Me aproximo do seu rosto e ele suspira. Coloco uma mão na sua nuca e trago sua boca para junto da minha e lhe beijo com paixão. Pega na minha cintura para que me sente em seu colo, passo os meus braços por seu pescoço ele aperta a minha cintura com força gemendo na minha boca.
- Eu amo você, docinho... - digo entre beijos, alucinada por suas mãos que passeiam em meu corpo. Ele puxa o meu lábio inferior e volta a enfiar a língua na minha boca, puxo o seu cabelo e sento com as pernas abertas, uma de cada lado de seu corpo gostoso. Rebolo em cima do seu membro ele descola as nossas bocas ofegantes.
- Para agora ou vou te pegar aqui mesmo... - sussurra e aperta a minha bunda por dentro do vestido.
- Me pega aqui... Eu quero você agora... E não vou me importar se a Nina, o papa ou o capitão Rafael vai aparecer aqui... Pode continuar me fodendo! - digo e volto a beija - lo com vontade e saudade.
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Você e nada mais
RomanceJúlia Raabe é uma jovem que está acima do peso ideal para a sociedade e tem suas inseguranças e por isso o mau humor constante mas que encontrará um amor estar bem perto dela que fará ela entender que não é preciso ser uma mulher " perfeitinha " par...