Desço as escadas e escuto o som da TV na sala. Merda! Tento passar sem fazer barulho mas não adianta. Ele que estava bem deitado e de cueca branca se levanta para me olhar. - Onde vai Júlia? - pergunta olhando os meus seios que dão pra ver através dessa coisa que parece ser transparente!
- Vou me sentar um pouco lá fora. Perdi o sono! - digo me encaminhando a porta.
- Porque não fica aqui na sala? Está chovendo Júlia! - ele diz exasperado.
- Porque você não diz: Vai lá Júlia. Ok Júlia. Eu entendo Júlia! Ou então fica calado! - digo irritada abrindo a porta.
- Desculpa, Júlia! - ele diz e se deita no sofá, emburrado.
Fecho a porta e me sento nos degraus enxutos. A chuva cai fazendo uma frieza gostosa. Agora mas que tudo eu preciso dessa viagem para pensar nesse namoro. Eu sei que eu estou exagerando mas ele as vezes é demais! Tudo tem que ser do seu gosto e não gosta de receber um não como resposta. É preciso dois pra dançar um tango! Fico mais alguns minutinhos lá fora e me molho com a chuva de vento. Vou ter que trocar a camiseta! Que merda! Entro e fecho a porta. Desligo a TV e lhe chamo já que estava adormecido no sofá.
Ele abre os olhos que estão avermelhados. Ele andou chorando? - Você pode me dá outra camiseta? Essa molhou! - digo envergonhada e desgrudo a blusa do meu corpo. Ele se senta e coça a cabeça excitado. E não tira o olho!
- Claro. Eu vou ter que dormir com você pois minha mãe colocou várias coisas naquele quarto e o dela está trancado! Sobrou o meu. - diz sonolento e se levanta.
- Ok. - não vou discutir mais! Estou cansada e com sono. Ele olha pra mim fixamente e sobe as escadas, eu lhe sigo. Tira do guarda roupa outra camiseta branca e me entrega. Afasta as cobertas e se deita na cama.
- Posso apagar a luz? - pergunto olhando pra ele.
- Pode... - diz baixinho. Apago e tiro a camiseta molhada tendo a noção que mesmo no escuro dá para ele me ver. Pego a camiseta na cama e visto e tem o seu cheiro.
- Onde coloco a camiseta? - pergunto e deixo os cabelos soltos.
- No banheiro. - diz com a voz rouca. Penduro junto com a toalha e volto pro quarto. Me deito na cama por cima das cobertas e acho que ele já está dormindo.
- Se cobre Júlia. Está fazendo frio... - ele diz baixinho e escorrego para debaixo das cobertas. Me assusto com um trovão e colo no seu peito, ele suspira e desliza as mãos nas minhas costas.
- É só um trovão, docinho... - ele sussurra e beija meu cabelo, me fazendo carinhos.
Coloco uma perna em cima do seu membro e descanso minha mão em sua barriga definida. Levanta a minha camiseta e desliza as mãos na minha pele quente. Sinto o seu membro pulsar na minha perna, seu coração batendo rápido. Percebo sua intenção e me afasto. Viro de costas pra ele, que suspira frustrado. Mexe no meu cabelo e me sinto sonolenta. Se aproxima e passa os braços ao meu redor da minha cintura e adormeço.
Pela madrugada, eu acordo com sede e muita dor de cabeça. Tiro os seus braços da minha barriga e me sento na cama para calçar o chinelo enorme do Guilherme. Desço as escadas e acendo a luz da cozinha, bebo meu copo de água sentada na cadeira da cozinha. O Guilherme aparece do nada que se eu não estivesse sentada eu teria tido um troço e caído dura!
- Pensei que tinha ido embora. - ele diz da porta da cozinha.
- Estamos no meia da madrugada e está caindo um temporal lá fora, como eu vou embora? - digo e olho para o meu copo com água.
- Você não quer conversar? - se aproxima e olho para o seu rosto e percebo que ele não dormiu.
- Podemos deixar pra semana que vem? Estou morrendo de dor de cabeça! Acho que gritei demais. E desculpe por ter aberto sua geladeira. Não quis acordar você! - digo e levo o copo para a pia, passo por ele que se põe na minha frente.
- Onde você quer chegar com tudo isso docinho? - diz perto do meu rosto, chateado.
- No seu quarto! - digo chateada e ele ri da minha piadinha sarcástica.
- Você entendeu Júlia! - ele levanta as sombrancelhas. - Você sabe que eu tenho culpa nisso tudo e peço desculpa por tudo o que falei e fiz. Mesmo que não queira fazer nada, fala comigo Júlia! Odeio ver você assim por minha causa! E esses são os meus chinelos sua ladra! - ele diz fazendo biquinho, relutantemente soltei uma risada.
- Achei que eram pranchas de surfe? - digo mais relaxada, ele ri.
- Meu pé tem um tamanho normal. Assim como todo o resto! - diz com cara de safado, passa os braços pela minha cintura.
- Tenho minhas dúvidas! - digo e olho nos seus olhos. - Estou perdoado docinho? - diz e beija o meu pescoço, fecho os olhos.
- Está, mas se você fizer de novo eu me demito e nunca mais olho na sua cara! - digo firme, ele levanta e olha pra mim com os olhos arregalados.
- Sério? - pergunta, eu consegui assusta - lo.
- Sério. Agora vamos subir? - digo e faço um bico que ele olha.
- Eu quero um beijo antes, docinho. - aperta a minha cintura, aproxima o rosto para me beijar. Se começar não vai querer parar
Abro a boca, ele não perde tempo e coloca a língua com vontade! Junta nos corpos com uma mão na minha cintura e outra na minha nuca. Passo meus braços em seu pescoço e fecho os olhos me entregando ao seu beijo faminto. Não sei quanto tempo se passou. Estamos assim um toma folego e volta a beijar com as mãos passeando pelo corpo.
- Vamos ficar aqui em pé mesmo Guilherme? - pergunto enquanto ele respira no meu ouvido e apertando minha bunda.
- Não. Vamos subir! - diz ofegante me puxando escada acima. Entramos no quarto escuro. Ele fecha a porta e me abraça por trás.
- Eu vou enlouquecer se você não me deixar fazer amor com você Júlia... - diz ofegante, levantando a blusa para massagear meus seios. Tiro a camiseta e me viro para ele e beijo sua boca. Me deita na cama para tirar a calcinha e sua cueca. Abro as pernas para ele me penetrar. Retira o cabelo do meu rosto e beija a minha boca, gemo quando entra devagar. Rebola e rebola, até se colocar todo dentro de mim gemendo. Escândaloso!
Larga a minha boca e começa a se mover. Mordo o lábio muito sensível e fecho os olhos para sentir. Sinto um aperto na minha intimidade, o orgasmo se formando. Abro os olhos e encontro o Guilherme me fitando.
- Você ia me deixar Júlia? - ele para de se mover e passa a mão nos cabelos úmidos, me deixando vazia e sensível. Merda!
- Não. Mas eu pensei em dá um tempo. - me movo e ele continua a estocar incansável se abaixa para falar no meu ouvido.
- Se me deixar você vai acabar comigo... - sussurra e sinto dor em suas palavras. O fim às vezes é inevitável! Como dizia a saudosa Cássia Eller : Porque o pra sempre. Sempre acabar, mas nada vai conseguir mudar o que ficou...
Eu amo o Guilherme e ponto final. Defeitos todo mundo tem! Mas eu não sei se vamos ficar juntos pra sempre. Ele tem o poder de me tirar do sério por ser insistente e teimoso. E se terminarmos eu sei que não terei meu amigo de volta! O que mais me dói! Lhe abraço apertado e gozo forte. Não quero falar nada que venha acabar com tudo de vez. Sai de dentro de mim, e volta a se deitar com parte do seu em cima de mim. Penteio seus cabelos com meus dedos de olhos fechados. Agradeço internamente por ele ficar calado. Mas eu sei que ele está triste pensando no que eu disse. Não posso ficar com pena e empurrar essa relação com a barriga! Eu sei que se eu terminar com ele eu também vou ficar devastada! Beijo o alto da sua cabeça e adormeço.
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Você e nada mais
RomanceJúlia Raabe é uma jovem que está acima do peso ideal para a sociedade e tem suas inseguranças e por isso o mau humor constante mas que encontrará um amor estar bem perto dela que fará ela entender que não é preciso ser uma mulher " perfeitinha " par...