Cap. 22

6.1K 587 18
                                    

Olho para eles que me olham em expectativa. - Vamos docinho... - diz e toca em meu braço.

- Não me toca! - esbravejo e passo na frente. Abrindo a porta de trás. Ele olha pra mim.

- Senta aqui na frente. - ele diz fazendo biquinho. A Rebecca entra e respira aliviada ao meu lado.

- Não abusa da sorte Guilherme! Agora liga esse carro e vamos embora que eu não quero mais problemas! - digo e encosto a cabeça na janela.

Ele suspira e liga o carro. Finalmente. Durmo durante o trajeto que nem vi a Rebecca saindo. Ele estaciona na frente da garagem e abre a minha porta, eu acordo sonolenta.

- Chegamos docinho. - ele diz e pega a minha bolsa, enquanto eu desço cambaleando, ele ri e eu faço uma careta.

- Depois você vai me levar pra casa! - digo e pego minha bolsa do seu ombro. Ele tranca o carro e se vira pra mim chateado.

- Eu não ganho nem um beijinho antes de entrar Ju? - ele diz manhoso. Começou!

- Não estou falando com você! Agora vamos entrar logo! - digo irredutível ele acena com a cabeça magoado. Abre a porta e eu entro na frente irritada.

Sinto um cheiro de lasanha vindo da cozinha e ele sorri para a mãe gata dele. - Olá, Júlia! Estava com saudades menina. Quer dizer que vocês agora são namorados? Eu aprovei na hora! - ela diz alegre e eu sorrio pela sua alegria em me receber. Eu sempre gostei da mãe dele, apesar de ser louquinha! Não posso ser grossa com ela por eu não está bem com o seu filho.

- Bom ver você também, Elisa. - lhe abraço e ela me olha dos pés a cabeça espantada também!

- Você está mais magra, e pintou e cortou os cabelos? Está uma gata! - diz olhando para o filho.

- Obrigada. - agradeço.

- Vamos nos sentar? Já vou servir o jantar pois vou sair com o meu namorado. - ela diz feliz e vejo o Guilherme fazer uma careta para ela. O ciúme atacando!

- Você vai voltar pra casa ainda hoje? - ele pergunta de cara amarrada. É engraçado!

- Não sei. Me deixa menino! Seu pai morreu mas eu ainda estou viva! - diz com a mão na cintura e não pude evitar o riso. Ele não diz nada. Nos sentamos e ela me serve um generoso pedaço de lasanha com um copo de coca - cola.

Hoje é o adeus, então esse humilde pedaço a Nina não precisa saber não é? Sorrio internamente. Eu e a Elisa conversamos animadamente por uma hora até ouvirmos uma buzina de carro lá fora. Ela subiu escovou os dentes e pegou a bolsa.

- O Guilherme disse que você vai dormir aqui, então eu tirei os bichos mortos e pedaços de pizzas que ele estava colecionando embaixo da cama. Agora você pode entrar Júlia. - ela diz divertida e o Guilherme ri gostosamente pra ela. Eu sei que ela está brincando pois já estive lá, ele não é bagunceiro.

- Mãe, não espante a minha namorada por favor! - ele diz divertido, ela se inclina e beija sua testa e me abraça apertado.

- Se cuidem crianças e não quebrem nada! - ela pisca pra mim e se vai batendo a porta.

- Agora que sua mãe foi embora você pode me levar pra casa ou vou ter que ir de taxi? - digo olhando para a janela que bateu me assustando pela chuva forte que acabou de cair.

- Precisamos conversar Júlia. - ele diz com sua voz grave olhando fixamente pra mim.

- Eu preciso ir pra casa Guilherme. Amanhã eu vou acordar cedo! Por favor! - digo cansada suplicando e olho para ele.

- Dorme aqui então. Eu durmo no quarto de hóspedes e você no meu. - diz e se levanta para fechar a janela.

- Eu vou dormir no quarto de hóspedes e não no seu quarto. Eu preciso de um banho pra dormir! - digo e me levanto. Ele sobe as escadas e eu sigo para o quarto de hóspedes ele me para, eu bufo.

- No meu quarto Júlia! - ele diz e abre a porta para eu entrar.

- Eu quero tomar um banho. - digo me sentando em sua cama e amarro meu cabelo no alto da cabeça.

- Ok. Vossa alteza! Vou pegar uma toalha pra você! - ele me reverencia e sai do quarto. Vasculho minha bolsa e vejo que não trouxe roupa pra dormir. Só a roupa da academia e a de ir para a faculdade.

- Que droga! - digo sozinha e ele entra me assustando.

- O que foi? - ele pergunta e me entrega a toalha.

- Nada. Onde vou tomar banho? - digo sem olha - lo.

- Diz o que houve Júlia! - ele está realmente chateado comigo, eu não estou diferente ao seu respeito!

- Não tenho roupa pra trocar... - sussurro, e ele sorri e puxa uma camiseta branca e velha.

- Serve! - puxo a camiseta indiferente e ele me abraça apertado. - Eu preciso tomar o meu banho Guilherme! - digo e ele me solta na hora.

- Pode tomar banho no meu banheiro. - diz e tira a camisa.

- Você vai ficar aqui no quarto Guilherme? - pergunto levando minha bolsa para o banheiro.

- Você quer que eu fique? - ele pergunta esperançoso.

- Não. Eu sei que esse é o seu quarto, mas pode me deixar sozinha? - digo suplicante e vejo que ele está muito magoado por não poder me tocar.

- Ok. Eu vou está no quarto ao lado se precisar de mim. Boa noite Júlia. - diz e fecha a porta e sem bater com força.

- Boa noite. - digo olhando para a porta. Eu odeio expor minha intimidade para os outros! Eu não sei se ele já teve alguma coisa com a Rebecca e também não me interessa! Eles tem essa libertinagem um com o outro, mas eu não gostei e ponto final! Ele só pensa em foder e não me escuta e às vezes é um grosso! Eu preferia ele como amigo mesmo! Entro no banheiro e faço minha higiene bocal e tomo o meu banho, visto uma calcinha vermelha e sua camiseta sem sutiã. Pelo menos dá pra cubrir a minha bunda por completo.

Estou sem sono e aqui não tem televisão. Acho melhor descer e ver um pouco de TV ou me sentar lá fora se ele estiver lá na sala.

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora