Cap. 32

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Vou em direção aos quartos e escuto água caindo no banheiro. Ele sai do banheiro apenas de toalha. Todo sarado! Gostosão!

- Onde vou dormir, gostosa? - ele diz e sorri entrando no meu quarto, lhe sigo.

- No sofá ou comigo! - digo rindo, coloca a cueca por baixo da toalha e depois a joga na cama! Ódio!

- Me dá a toalha! - digo irritada com essa mania que ele tem. Coloca a bermuda e o seu perfume. Ele sempre usa o mesmo perfume! - E a camisa? - digo olhando para o seu físico e ele se abana!

- Calor, Juju! - diz divertido. Me levanto e levo a toalha para o banheiro. Saio do banheiro, ele me espera do lado de fora.

- Ainda aqui? - pergunto rindo.

- Ela não se sente confortável comigo quando está sozinha. Por isso te esperei. - diz chateado, passando um braço no meu ombro e beijando minha testa.

- Tenta conversar com ela a noite quando eu sair. - digo caminhando com ele para a sala.

- Onde vai? - pergunta. Tava demorando! Mais essa!

- Eu tenho um namorado e vou sair com ele! Mas eu volto ainda hoje! - digo apressadamente.

- Acho bom! - ele diz e me espreme em seus braços fortes.

- Eu sou maior de idade, man! Se convença disso! - digo rindo da sua careta carrancuda! Tenho um rosto tão angelical que se brincar ele nem acredita que deixei de ser menina faz um tempo! Já Manu...

- Mas ainda é minha pequena! Se convença disso! - devolve as palavras rindo. Voltando para a cozinha vejo a Nina e está pondo a mesa. Ela é dona de casa chata!

- Porque toda vez faz isso e não me chama? Essa cozinha é minha também! Os pratos eu vou lavar e ai de você se fizer na minha frente! - digo brava e divertida. Sou bipolar rs. Ela olha de mim para ele e depois para a mesa envergonhada.

- Desculpe. - ela diz baixinho. Me solto dos braços do meu irmão e vou até ela e lhe abraço de lado.

- Não se desculpe, me chame! Agora vamos comer essa lasanha light para me deixar gostosa! - digo apressada e ela ri alto.

Sentamos a mesa e nos servimos. A todo tempo o Rafael tenta um diálogo ou um toque. Eles se gostam isso é fato. Não sei se posso chamar de amor. Mas o Rafael está diferente. Não sei se cansou de bancar o garanhão e agora só quer saber de uma!

Ele está respeitando o espaço dela, que já é um começo. A Nina olha para ele, quando ele não tá olhando. Eu acho que machucaram o seu coração e agora tem medo de entregar a outro. Só que isso complica quando esse outro tem uma fama e uma lista ridiculamente extensa de mulheres de cores e tamanhos, alturas e classes sociais! E eu acho que ele já comeu fora, pois fala inglês e espanhol fluente! Acabamos de comer, a Nina salta do banco e olha para nós.

- Vou descansar um pouco antes de sair, gostosa. - diz e passa por mim. O Rafael acompanha os seus passos com os olhos e suspira.

- Não seja afobado ou vai sair daqui de mãos abanando! - lhe abraço forte.

- Você é o cérebro da família, Juju! - ele ri e eu escuto os batimentos do seu coração que está acelerado. Meu irmão mulherengo está apaixonado por minha amiga! Quem teria pensado?! - Psicologia, capitão! - digo divertida, ele solta uma gargalhada estrondosa. Homens!

Lavei os pratos e me sentei com o Rafael na sala para ver um filme de guerra. Affffff o bom é que tem homem bonito! Que ele e nem o Guilherme me ouça! À tarde a Nina saiu para ver a mãe que mora com o padrasto não muito longe daqui. Não disse a hora que viria pra casa. O que deixou o Rafael chateado.

Assistimos mais dois filmes e fui fazer o jantar dele, já que eu vou sair com o Guilherme. Tomei meu banho e me arrumei. Vestido de alças florido e soltinho, curto e uma rasteirinha. Deixei o cabelo solto e pus o perfume. Pronto. Vou deixar o celular em casa para não levar bolsa. Quero curtir o meu namorado hoje! Saio do quarto e meu celular toca.

- Já estou descendo. - digo e desligo. Olho para o Rafael com um pouco de pena, não queria deixa - lo sozinho! Me sento no sofá e olho pra ele chateada.

- Você vai ficar bem aqui sozinho, capitão? - pergunto e ele sorri triste. Nunca lhe vi jujuru assim!

- Pode ir, Júlia. Tome cuidado com aquele Guilherme viu? - diz estreitando os olhos. Tá de volta!

- Eu não vou demorar, capitão! - presto continência e lhe beijo a bochecha. Abro a porta e saio.

Lá embaixo encontro o meu docinho, encostado no carro me esperando. Quando me ver sorri abertamente. Me lanço em seus braços fortes e lhe beijo.

- Isso tudo é saudade, docinho? - diz e abre a porta para mim. Me sento ao seu lado. Ele dirige para a praia. Estaciona em uma rua e pega a minha mão para atravessar a rua.

- Você quer água de côco ou suco docinho? - pergunta sentando ao meu lado em outra cadeira.

- Água de côco. - digo olhando para o mar escuro. Viro o rosto para olhar o Guilherme, que parece está nervoso.

- Quando acabarmos aqui, podemos caminhar na areia? - pergunta muito estranho, levanto as sombrancelhas tentando entender.

Bebemos nossa água de côco e tiramos os sapatos para caminharmos na areia, pego sua mão e me sento entre suas pernas num local pouco movimentado e escuro. Ele passa seus braços em minha cintura e me deito em seu peito, fechando os olhos para escutar o marulho das águas do mar e sentir o coração do meu amor bater em minhas costas. Paz, perfeita paz! Eu sou feliz.

O Guilherme se inclina perto do meu ouvido e tira uma caixinha vermelha do bolso. - Quer casar comigo, Júlia? - pergunta no meu ouvido baixinho, eu abro os olhos e vejo na escuridão a luz da pedrinha do anel simples e singelo.

Respiro fundo, sentindo o coração na garganta. Me viro para olha - lo com um olhar sério. Seus olhos brilham em expectativa. OMG! O homem que um dia chamei de amigo se declarou pra mim, dizendo estava apaixonado e agora isso? Não vai existe outro para mim que me olhe desse jeito! Lágrimas descem pelo meu rosto, ele enxuga com a mão livre.

- O que houve Júlia? Você não quer? Eu entendo! - diz magoado e fecha a caixa, chateado.

- Eu aceito me casar com você, docinho! - sorrio para ele que abre o meu sorriso favorito. Um enorme! Divertido e cheio de dentes! O mais lindo de todos! Meu!

- Sim? - ele pergunta incrédulo.

- Sim! Onde eu assino? - digo sorrindo, feliz. Pega a minha mão e põe o anel e beija.

- Eu vou fazer você feliz, docinho! - ele diz emocionado.

- Faço das suas as minhas palavras! Eu te amo! - sussurro me aproximando dos seus lábios.

- Eu te amo! - diz e me beija apaixonado me abraçando.

- Eu quero fazer amor com você agora! - me levanto e tiro a calcinha, enquanto ele abre a calça olhando para mim. Monto nele, que coloca a cabeça na minha abertura.

Beijo sua boca e rebolo pra cima e pra baixo. Ele geme deliciado com o ritmo. Acelero mais um pouco e gozo lhe abraçando apertado. Ele estoca incansável e finalmente goza chamando o meu nome como um clamor. Me levanto para ele sair de dentro de mim e volto a sentar em seu colo. Agora ele aguenta!

- Eu tenho que ir pra casa, amor! - digo depois de um tempo e beijo o seu pescoço cheiroso.

- Ainda é cedo, docinho! - me aperta em seus braços.

- O capitão está sozinho, docinho. Eu tenho que ir. - digo e olho para ele, que faz um bico lindo.

- Agora você me tem pra vida toda! Ele só vai passar alguns dias. Pode suportar isso por mim? - digo rindo, ele afasta o cabelo dos meus ombros, chateado.

- Você disse sim pra mim! Então o capitão é fichinha! - puxa o cabelo da minha nuca e me beija apaixonado como sempre.

- Hum... É melhor parar ou vamos ser presos por fazer sexo em local público. - lhe beijo uma última vez e me levanto, ele faz o mesmo e pega os nossos sapatos. Pega a minha mão e caminhamos de volta para o carro, felizes da vida! Eu vou me casar com o docinho!

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora