Cap. 30

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Ficamos mais três dias na casa dos meus pais e voltamos. O Rafael me encheu o saco para ficar mais um pouco por causa da Nina. Disse que está apaixonado por ela, e que estava pensando em passar alguns dias no meu apartamento. A Nina não quis e o Guilherme também mas silenciosamente. Ele não ia poder ir lá em casa e me foder em todas as superfícies do meu apartamento com o capitão por perto!

- Julinha... - ele continua pela milésima vez no dia.

- Ela não quer, capitão! - digo irritada e reviro os olhos sem ele me ver no celular. Óbvio!

- Com ela vai ser diferente, Júlia! Eu prometo! Desde que ela se foi, o meu pau não sobe nem assistindo filme pornô! - ele diz chateado, eu ri de sufocar com essa.

- Ela não quer relacionamento sério, Rafael. - digo cansada desse assunto mas ele insiste!

- Eu chego aí amanhã para passar uns dias. Quero ver se vai ter coragem de dizer na minha cara que não me quer! Tchau, Juju! - diz bravo e desliga na minha cara! Coço a testa irritada e olho para o Guilherme que não gostou da ideia.

- O Rafael está vindo amanhã para passar uns dias. Mas a gente pode dá um jeito de fugir para sua casa, amor! O problema é a Nina. Ela vai ficar uma fera quando souber. - digo me aninhando a ele no sofá da sala assistindo TV.

- Ele fica com a garota três meses e dá um chute no traseiro dela! É óbvio que a Nina não lhe queira! - ele diz me apertando, eu ri da sua cara de contrariado.

-Você está com raiva porque não vai poder me ter a hora que quiser! É isso! - digo rindo, ele morde minha orelha. Eu sabia!

- Também, mas o seu irmão abusa demais, Júlia! Quando a garota fica loucamente apaixonada por ele, ele dá no pé. Por isso, a Nina não quer. Você me disse que ela deu um fora no Luís e no Gustavo que pediu pra namorar com ela! - diz gesticulando irritado.

- Ela tem medo de sofrer, de se iludir, docinho! Nem todo homem presta! - digo me virando de costas para ele que rir.

- Você está dizendo que eu não presto docinho? - coloca o queixo no meu ombro e faz biquinho magoado. Mentiroso!

- Se você não prestasse, eu não estaria com você. - digo rindo.

- Hum... Vamos tirar a prova lá dentro... - diz baixinho no meu ouvido, e massageando meus seios por cima da blusa.

- Você vai embora agora, antes que fique tarde! - tiro suas mãos de mim, ele bufa, chateado.

- Docinho... Eu fiquei muito tempo sem fazer com você! E agora está me dispensando por causa do Rafael? - ele se levanta e senta no sofá, bravo. Eu rio do seu bico enorme. Me levanto e olho para ele que não me olha.

- Guilherme, ele vai te matar se chegar aqui de manhã e te encontrar pelado na minha cama! - me aproximo e beijo o seu pescoço doida para gargalhar.

- Eu posso dormir vestido! - ele diz ainda chateado. Tá certo!

- Você tem que ir pra casa, Guilherme! Fodemos o dia todo e essa semana toda! Você vai superar! É por pouco tempo. Agora levanta essa bunda magra daí que eu vou te levar até a porta! - me levanto e estendo a mão para ele, que pega relutante.

- Você é muito mandona, Júlia. - ele diz de cara amarrada.

- E você parece uma criança, quando tiram o seu doce! - digo tentando ficar séria, quando vejo surgir um sorriso divertido em seus lábios. Abro a porta, mas ele a fecha e me prende a ela.

- Docinho... - ele diz rindo e coloca a minha franja pra trás e me beija faminto. Não cansa nunca!

- Você está tentando me fazer mudar de ideia? - digo entre beijos, ele ri confirmando.

- Estou conseguindo? - me pega no colo e aperta a minha bunda.

- Me põe no chão, Guilherme! - digo tentando descer. Ele volta a me beijar e a porta se abre revelando a Nina.

- Nina, diz para a Júlia que eu quero ficar! - ele diz me ignorando e me prendendo.

- Ele quer ficar, gostosa! - fecha a porta e se joga no sofá rindo.

- Me solta, Guilherme! - digo tentando me livrar dos seus beijos safados na frente da minha amiga que está adorando o show free.

- Deixa vai! - ele choraminga me colocando no chão e me beijando com fome. Me dê folego papai!

- Se você não reparou? A Nina está aqui! - digo me afastando e abro a porta de novo para ele.

- O que eu fiz para ter uma namorada tão incompreensível? - ele diz divertido e se ajoelha na minha frente. A Nina solta uma risada e eu bufo.

- Guilherme, vai agora! Se não for vou chamar a polícia! - digo irritada, ele se levanta e morde o lábio com a cara de tarado dele!

- Você sabe que me excita ver você irritada não é? Não está ajudando! - coloca as mãos na minha cintura e aperta com força e beija o meu pescoço sensualmente. - Eu vou, mas eu volto! - diz e me beija demoradamente e coloco meus braços em seu pescoço e me entrego ao seu ritmo. Junta sua testa na minha e respira fundo se afastando relutantemente.

- Está ficando difícil ficar longe de você por muito tempo, Júlia... Temos que resolver isso... - diz olhando nos meus olhos, eu entendi o que quis dizer. O meu coração quer sair pela boca.

- Um dia a gente resolve isso. Agora, eu tenho que fechar a porta! - digo me aproximando dele que ficou sério, beijo sua boca.

- Você quer sair comigo amanhã? Pegar um cinema ou outro lugar que queira ir? - pergunto olhando para o seu rosto.

- Praia à noite. - diz no meu ouvido. Sexo na praia é uma boa?

- Ok. Agora vai. - dou um último interminável beijo e ele aperta o botão do elevador.

- Para de olhar para a minha bunda, docinho! - ele grita e a Nina cai na gargalhada, faço uma careta para ele que entra no elevador dando tchau. Fecho a porta e me escoro nela de olhos fechados, pensando no que ele disse. Casamento?

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora