Cap. 41

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Guilherme

Esses dias tem sido um verdadeiro inferno sem o meu docinho. Desde o dia em que me mandou embora, eu não consigo dormir sem beber. Não consigo olha - la sem querer tocar, beijar! Sinto falta do seu cheiro, do amor da gente. Eu não sei o que vai ser de mim sem a Júlia. Bebi a noite toda e acabei machucando as costas depois que cai da escada.

Abri os olhos e estava em um hospital. Levei tapas e broncas da minha mãe o dia inteiro. Dizendo que eu estou enlouquecendo! Não tiro sua razão! Se eu não tiver a Júlia de volta, eu não quero mais viver. Dormi a manhã toda depois que recebi alta. Minha mãe me ajudou a tira a roupa e me recusei a comer e tomar remédio. Mesmo com dor no corpo e na cabeça consegui dormir. A tarde a porta se abriu e estava torcendo para que fosse uma assombração ou um bicho, qualquer coisa menos a minha mãe com sopa e seus remédios que me dão ânsia de vômito. Sinto o perfume da Júlia no quarto e um toque no meu corpo que me arrepia todo, me deixando aceso. Tenho pensado tanto nela que às vezes esqueço o meu próprio nome!

Ela deve está me odiando. Eu não sou bom o bastante para ela. Mas eu gostaria de ter mais uma chance para provar para ela que eu a amo como nunca amei outra mulher. Eu sou ciumento mesmo! E quero sempre está colado nela dia e noite. É o meu jeito de ama - la. Eu amo aquela chata. Amo os seus sorrisos e seu jeito tímido e bravo de ser. Eu só quero a Júlia de volta! Mas como? O toque gostoso continua e viro o rosto levando um susto ao vê - la sentada na cama. Achei que estava vendo coisa até que tocou o meu pescoço e me chamou de docinho. O meu bobo coração deu um salto com esperança. Me levantei e fui para o banheiro ainda fiz uma gracinha para ela rir, e assim ela fez. Se eu tivesse forças para agarra - la agora eu faria. Mas eu não consigo nem me curvar para tirar a cueca!

- Você pode sair Júlia! - digo me escorando na porta, me esforçando para não fazer careta com a dor que estou sentindo na coluna. Bebida e escada!

- Não. Vou ajudar você a tomar banho! - diz firme fechando a porta e abrindo o boxe do banheiro.

- A minha mãe faz isso depois! - digo sentando na tampa do vaso respirando forte, ela olha pra mim preocupada. Droga!

- Você pode parar de ser teimoso uma vez na vida e me deixar agir? Levanta para eu tirar essa cueca de você! - diz com a mão na cintura. Eu acho tão sexy quando ela fica brava. Aceno com a cabeça e fico de pé para ela que sorrir.

Se aproxima e abaixa a cueca até as coxas. Olha para o meu membro e suspira, desce mais e levanto os pés para tira - la de mim. Entro embaixo do chuveiro já tremendo. Ela liga o chuveiro e eu gemo baixinho, com o choque da água gelada na minha pele quente. Espreme o sabonete líquido na mão e lava as minhas costas fecho os olhos com a sensação das suas mãos em mim. Me vira e desliga o chuveiro para lava o pescoço, barriga e axilas. Ela desce pela minha virilha e começa a lavar o meu precioso. Minha respiração acelera ficando fraco. Liga o chuveiro e me empurra pra baixo tirando a espuma do meu corpo.

- Já foi enfermeira, moça? - pergunto tirando a espuma do cabelo ainda tremendo.

- Não. Mas já dei banho no Rafael quando machucou a perna no campo! Gritava mais que tudo na vida, Senhor! - diz rindo e luto contra a vontade de abraça - la, mas não quero molhar toda sua roupa. Olha pro meu corpo pra ver se ainda tem espuma e desliga o chuveiro. Pega a toalha e prende na minha cintura, olho para ela que não olha para mim.

Coloca meu braço em seu pescoço e me leva de volta para o quarto. Me senta na cama com uma toalha no ombro e vai até a gaveta de cuecas e puxa uma preta e vem até mim. Tiro a toalha e me levanto trêmulo ela coloca um pé e depois o outro e sobe devagar, me sento e ela tira a toalha do ombro para secar o meu cabelo suavemente. Coloco minhas mãos em sua cintura e trago ela para perto de mim e lhe abraço agradecendo por cuidar de mim. Ela retribui e beija o meu cabelo. Nem parece que terminamos. Ainda me ama!

- Obrigado, docinho. - digo olhando nos seus olhos, ela sorri e a porta se abre quebrando o clima.

Mamãe!

- Vamos tomar um banho, bebê? - minha mãe diz e a Júlia solta uma risadinha. Coloca a bandeja com sanduíches e um copo de suco de laranja no criado mudo. Ela olha para mim e para a Júlia sorrindo.

- Eu já tomei banho. - digo chateado por está me tratando como criança. Ela adora!

- Agora você vai comer isso aqui. Se fizer birra, eu trago a sopa! - ela diz firme e a Júlia senta ao meu lado rindo da sua braveza.

- Ok. - digo por fim com o estômago embrulhado só de ver. Como tudo enquanto elas conversam sobre remédios e posições para dormir por causa da coluna. Quando termino, minha mãe vem com os malditos remédios, me dá com um copo de água e leva a bandeja pra a cozinha. Me deito na cama, sonolento.

- Você tem que descansar. Eu vou embora. - diz sem graça e meu coração afunda, triste. Bato na cama e ela chega perto.

- Deita um pouquinho aqui. - digo lutando contra o sono, ela relutantemente se deita afastada. Coloco uma mão na sua cintura e trago seu corpo para mais perto do meu. Ela deita a cabeça no meu peito e me cheira se aninhando em mim. Desço minhas mãos nas suas costas e quero beija - la!

- Eu senti a sua falta, docinho! - digo baixinho, ela suspira.

- Eu também senti... - sussurra contra a minha pele.

- Eu tenho que ir, Guilherme. - diz levantando a cabeça para me olhar.

- Tudo bem. Volte sempre! - estou triste, mesmo assim lhe ofereço um sorriso de gratidão. Se levanta e fica de joelho na cama, apoia uma mão no meu peito e beija minha bochecha demoradamente e me solta, me deixando frustrado.

- Eu vou voltar. Boa noite docinho! - diz divertida e se inclina para me abraçar apertado, passo meu nariz embaixo da sua orelha e ela treme afetada por mim. Sinto vontade de beija - la com força, mas não sei se ela quer o mesmo que eu então não faço. Sai da cama e pega a bolsa. Calça as sapatilhas e abre a porta. Se vira e me dá um sorriso lindo e tímido. Ela me quer também!

- Tchau, docinho. - digo sorrindo ela acena e se vai. Me deixando com os meus muitos pensamentos. Olho para o teto com o desejo se acalmando, para não correr atrás dela e foder mais a minha coluna. Ouço vozes lá embaixo e a porta sendo fechada. Depois de um tempo minha mãe entra no meu quarto.

- Você chamou ela aqui? - pergunto bravo e ela ri.

- Não. Ela veio porque quis. Eu ia chama - la para ver se você se concertava. Você tomou banho sozinho? - pergunta já sabendo a resposta. Ela não é burra!

- Não! - digo ainda bravo ela ri!

- Ela disse que quando largar amanhã, vem pra cá. Eu disse que podia dormir no quarto de hóspedes se não quisesse dormir com você. Agora vê se dorme! - diz e beija minha testa.

- Não gosto de dormir a noite. - digo fazendo careta.

- Tenta um pouquinho, meu amor! Amanhã o seu docinho está de volta! Vê se dessa vez faz a coisa certa! - diz piscando e beija a minha testa com carinho.

- Eu vou fazer! Boa noite. - digo e ela fecha a porta. Estou ansioso para vê - la de novo!

Você e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora