Bem vinda a Beacon Hills

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Já era de noite, eu estava em um táxi esperando chegar a minha nova cidade. Meu pai morreu há um ano, ele era a única coisa que me segurava naquela maldita cidade. Minha mãe nunca gostou de mim, no momento em que meus pais perceberam que não poderiam ter filhos ela já tinha aceitado o destino de que nunca seria mãe, ate meu pai conseguir convencer-la a adotar, e foi assim que eu fui parar nessa família. Assim que meu pai ficou doente ele colocou alguns bens no meu nome e fez uma conta no banco para mim, ele conhecia muito bem a esposa que tinha e sabia que na primeira oportunidade ela me deixaria sem nada. Hoje sou emancipada e totalmente independente.

— Moço, ainda falta muito? — perguntei, já estava impaciente.

— Calma — ele pediu — Beacon Hills ainda está a três horas de distância.

Estava ansiosa para chegar à minha nova cidade, amanhã ia ser meu primeiro dia de aula. Encostei minha cabeça na janela do carro e acabei adormecendo. Acordei com uma brusca freada que o motorista deu e quase dei de cara com o banco da frente.

— Chegamos — anunciou ele. Desci do carro e peguei a chave do meu apartamento com o porteiro.

— Pode me ajudar a levar minhas coisas? — perguntei ao motorista que fez cara de "que saco".

Depois de levarmos todas as minhas coisas para meu novo apartamento paguei o motorista e fui explorar a minha nova casa, que na verdade nem era tão grande, mas era grande o suficiente para quem iria morar sozinha, tinha uma cozinha, uma suíte, uma sala e um banheiro para visita. Mesmo se fosse somente um quarto minúsculo com um banheiro eu estaria feliz, tudo para não ficar mais nem um minuto perto da megera da minha mãe valeria à pena.

Como eu estava muito cansada por causa da longa viagem decidi tomar um banho rápido. Não me dei o trabalho de vestir qualquer roupa, me deitei nua com uma pergunta que me incomodava: "O que será que você verá em sua nova vida Leah?".

Acordei cedo, por volta de 06h30min da manhã, minhas aulas começavam as 08h00min. Decidi começar a arrumar minhas coisas. Coloquei minhas roupas nos armários, arrumei os poucos talheres, pratos e panelas que eu trouxe e arrumei alguns enfeites e porta retratos.

Quando acabei de arrumar já eram 7:20 então fui tomar um rápido banho frio para terminar de despertar. Sai do banho e fui em direção ao armário. Decidi vestir um suéter azul marinho com estrelas brancas e uma saia preta, me sentei na cama e calcei minha bota de cano curto. Me olhei no espelho e julguei que estava com uma aparência aceitável, meus longos cabelos pretos estavam alinhados e apesar das olheiras meus olhos cinzentos ainda brilhavam. Peguei minha mochila e sai do prédio em direção ao ponto que o ônibus escolar parava. Ainda faltavam cinco minutos para o ônibus passar, me sentei ao lado de uma garota de cabelos castanho curto que falava freneticamente no telefone.

—Como assim Lydia sumiu? E se ela tiver achado outro?

"Outro o que?" Pensei comigo, mas a garota desligou o telefone antes que eu pudesse descobrir. O ônibus chegou e eu me sentei, poucos segundos depois a mesma menina que falava ao celular se sentou ao meu lado.

— Você cheira a lavanda — falou ela sorrindo com os dentes perfeitamente alinhados.

— Obrigada... eu acho? — falei olhando para ela, que observação estranha.

— Eu sou Malia — falou ela sorrindo — É um prazer.

— Eu sou Leah — sorri de volta — igualmente.

— Novata? — perguntou ela

— Sim

— Cuidado com os veteranos — falou ela — Eles gostam de mexer com os calouros

O UivoOnde histórias criam vida. Descubra agora