Stop

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Eu me afasto dele. Não quero sentir seu toque.

- Não me toque ! Você não me ama. Você não sabe o que é isso!

- Eu a amo e você não tem a noção do quanto!

Ele tenta chegar mais perto , mas eu me afasto.

- Kenny, me dê a arma.- Eu ordeno.

- Não dê nada a ela, Kenny.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É? EU MANDO NELE ! - Grito. -ME DÊ A PORRA DA ARMA!

Relutante, Kenny me entrega. Viro-me para a garotinha. Ela está abraçada ao seu pai.

- Por favor, não nos mate! Não mate minha filha , ela é tudo o que eu tenho.

O som do tiro ecoa e o corpo do homem cai. Sua filha tenta acordá-lo. As pessoas gritam com a cena.

- A polícia está perto ! Vamos ,Katherine. - Kenny me puxa para dentro do carro.

Kenny corre pelas ruas. Minha respiração está incontrolável. Eu quero acabar com quem quer que seja.

Somos perseguidos pela polícia. Kenny entra no beco e ficamos esperando que tudo fique limpo. O carro do Benjamin entra no mesmo beco.

- O que você quer?!

Grito saindo do carro. Benjamin me joga na parede e me encara. Sem pensar ele me beija ferozmente.

- Você ainda vai foder minha vida.

- Será um prazer! Some da minha vida !

- EU FAÇO O QUE QUISER!

Eu o encaro com raiva. Benjamin se afasta atordoado.

- Por que matou o pai da garota?

- Por quê eu quis.

Ele me olha incrédulo e rir sem humor.

- Ela merece saber o que as pessoas são.

- Não compare pessoas inocentes com você. O que pensa que é? Quer mostrar como a vida é? Por que não falou sobre sua vida infeliz?!

- Prefiro a realidade. Ela dói.

- Doeu pra você ?

Benjamin pega meu rosto com um pouco de força.

- A vida doeu pra você? Foi isso que te tornou essa coisa desprezível que é?

As batidas do meu coração entram em descompasso com suas palavras.

- RESPONDA!

Me assusto com seu ato. Benjamin soca a parede de raiva.

- Você não sabe nada sobre mim. Não sabe da minha vida. Você só é mais um que vou ter o prazer de mandar pro inferno. - Cuspo as palavras.

- Não a conheço? -Ele rir . - Ah , Katherine, você é que não me conhece. Foi muito fácil invadir seus documentos. Te ver presa e algemada foi tão prazeroso.

- Será que conhece? Me fazer ser presa ? E eu fiquei quanto tempo lá ? Parece que não teve sucesso. Eu mando aqui.

- Manda ? Que piada boa. Você não manda nem em si mesma. É controlada por um pai morto que não valia de nada.

Dou-lhe um tapa. Ele rir com o ato. A marca da minha mão ficou no seu rosto.

- Olá. Estou perdida.

Uma mulher chega mais perto. Parece ser de boa família e de um futuro promissor.

- Sou Kayla. Cheguei hoje aqui e não sei onde estou.

- Kayla,você acaba de conhecer sua morte.

Ela se assusta e se afasta. Eu a pego pelo cabelo e a derrubo. Kayla grita e tenta se soltar. Benjamin grita para que eu a deixe.

Foda-se.

Eu Bato inúmeras vezes sua cabeça contra o chão frio. O sangue se espalha pelo chão rapidamente. Meus braços estão sujos pelo sangue quente dela.

Uma zoada de porta abrindo ecoa pelo beco. Estamos nos fundos de um restaurante. Uma senhora de idade aparece com um avental e uma faca na mão.

- O que está havendo aqui ?-

Ela olha para Benjamin e Kenny ,depois olha para mim. Seus olhos arregalaram ao ver a morta. Suas mãos cobrem sua boca.

- Oh Deus ! Chamem a polícia!

Ela deixa a faca cair e começa a gritar por socorro. Eu pego a faca e faço um rasgo na sua garganta.

- Não tente me impedir. - Falo olhando para Kenny.

Entro no estabelecimento. Ando por um curto corredor. Antes que eu entre na cozinha um homem me barra. Não dou a ele a chance de falar e o esfaqueio.

Há cinco pessoas na cozinha e todas estão entretidas com seus afazeres. Deixo o ódio me guiar e em pouco minutos eu mato quatro.

Jogo o óleo quente na mulher que tenta fugir. Ela grita e tenta fazer a dor parar. Eu esfaqueio seu corpo por inteiro.

Ligo o gás da cozinha. Pego um sanduíche que está preparado na mesa,e levo comigo a faca. Como até sentir o cheiro forte. Saio pela frente , todos me olham e reclamam pelo cheiro forte de gás que invade o restaurante.

Acendo meu isqueiro e jogo no local , causando uma explosão. Sorrio em satisfação. O carro me espera do outro lado da rua. Não dou a mínima e ando pela rua.

Ando por horas até chegar em um posto de gasolina. O atendente me olha em pânico. Ele pega o telefone, mas corto sua mão e rasgo sua garganta. Pego um cigarro e o acendo.

Ando pela rua. Totalmente dominada pelo ódio e a insanidade. O carro me segue a todo tempo. Meus pés doem de tanto andar.

Paro e o mesmo faz o carro. Kenny abre a porta e eu entro. Eu sinto vontade de gritar, mas não consigo. Estou presa dentro de mim mesma.

Olho pelo retrovisor um carro nos seguindo. Eu aperto a faca quando vejo que é o Benjamin. Filho da puta !

Chego em casa e atravesso o jardim. Sinto alguém me seguir e não é o Kenny.

- Se quer viver, é bom não abrir a boca.- Eu ameaço.

- Você não manda em mim.

Ando em silêncio. Ele arranca a faca da minha mão. Eu o olho com mais raiva ainda.

- Você vai parar com isso.

Eu jogo a cabeça para trás rindo das suas palavras.

- OLHE PARA MIM! - Grita me puxando para olhar em seus olhos.

- NÃO QUERO ! EU O ODEIO ! ME SOLTA!

Eu me solto e corro para dentro de casa. Algo me impede de matá-lo e isso tem um gosto estranho na minha boca.

Eu grito de raiva. Quebro tudo que vejo pela frente. Arranco o quadro do meu pai e o rasgo em mil pedaços. Estou ofegante. Meu peito dói e as lágrimas queimam meus olhos.

- O que você com ela ?- Ouço Camélia perguntar.

- Ele jogou água benta no diabo.- Kenny responde.

Então eu sou isso ? O diabo? Ótimo. Mostrarei quem é o diabo.

Lillith ( RETIRADA DA PLATAFORMA 10/12)Onde histórias criam vida. Descubra agora