Cartas para Ninguém

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Oi oi minhas leitoras lindas :)
Pequena surpresa de novo! Último capitulo de 2015! Espero realmente que gostem e comentem muito me esforcei bastante para ter ele hoje pronto!
Boa leitura nos vemos no fim!
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Um raio de sol quente e luminoso entra pela janela e eu faço uma careta protegendo os meus olhos da luminosidade.

- Está na hora de acordar dorminhoca. – abro os olhos preguiçosamente e encaro Rose que sorri segurando uma bandeja apenas com líquidos.

- Bom dia. – resmungo rouca e esfrego os olhos. Sinto que eles ainda estão doridos por tudo que chorei ontem. Olho de relance para a carta que está pousada ao lado do meu travesseiro.

- Bom dia querida! Doutor Rob quer que comece a ingerir alguns líquidos, para vermos como o seu organismo reage. – ela me estende um iogurte e eu sorrio agradecida. – Como foi a noite? – ela pergunta enquanto troca o saco do soro, encolho os ombros.

- Normal. – respondo metendo uma colher generosa de iogurte para evitar falar e consequentemente chorar.

- Seu irmão está lá fora impaciente, há mais de duas horas. Proibi de entrar. – ela sorri piscando o olho enquanto manuseia um aparelho perto da cama. – Agora que já acordou, acha que posso mandar ele entrar? – o meu coração aperta porque sei que terei uma conversa difícil com ele, mas eu preciso de respostas e sinto que apenas Harry mas pode dar. – Harry fez a barba e está aqui desde cedo, sinceramente eu acho que ele estava com medo que você não acordasse. – Rose brinca e o meu coração amolece um pouco.

- Pode mandar ele entrar. – enfio a última colher na boca do iogurte de morango e aguardo pacientemente. Instantes depois eu o vejo entrar, ele tem um sorriso tímido e assim como Rose disse a sua barba está feita e toda a sua aparecia parece relaxada.

- Ei Kitkat. – o moreno sorri me estendendo um bonito ramo de tulipas brancas. – Trouxe para você! Papai e Mamãe vêm mais logo, eles tiveram de ir tratar de papeladas do seguro de saúde para você poder voltar para casa.- Como foi a primeira noite? – ele se senta ao meu lado na poltrona perto da cama e afaga a minha bochecha.

- Onde está Zayn? – eu pergunto diretamente evitando responder. O seu rosto se transforma numa carranca e ele suspira.

- Ele foi embora. – Harry responde seco e a minha garganta fecha, apesar de ter lido a carta aquela informação dita em voz alta, me machuca.

- Para onde e porquê? – clareio a minha voz para que o meu tom saia forte e preciso. Harry me encara duro mas eu devolvo o olhar, ambos estamos num duelo silencioso, mas eu não vou desistir. – Fala Harry. – eu pressiono e o seu olhar desvia do meu e ele suspira.

- Ele foi para o Médio Oriente, no último postal que ele enviou para Mamãe ele estava no Iraque. Ele está ajudando a fundação da Mãe biológica. – a informação me pega desprevenida, ontem estava tao devastada que chorei até adormecer. Eu não tinha perguntado a Niall pelo seu paradeiro.

- Você tem falado com ele? Sabe se ele está bem? Ele sabe que eu acordei? Quando ele volta? – bombardeio o moreno com perguntas até ele erguer as mãos num pedido silencioso para que eu tenha calma.

- Eu não tenho falado com ele! Não nos falamos desde que ele partiu. Ele liga muito raramente porque ele está ajudando aldeias que estão ou destruídas ou sem qualquer tipo de meios de comunicação. Eu não sei se ele sabe que você acordou. – vejo que Harry está respondendo às minhas perguntas contrariado mas eu não vou parar. Não até ter todas as respostas que eu quero.

- O que aconteceu entre vocês? – eu pergunto direta e vejo o meu irmão fechar as suas mãos em punho, a sua expressão se fecha um pouco mais e sei que ele vai se negar em responder. – Você prometeu ontem que falaríamos sobre isso. – eu contraponho e coloco as minhas mãos por cima das suas acariciando levemente. – É o mínimo que você pode fazer, eu preciso duma explicação. – Harry respira fundo cedendo.

Ele não é meu irmão!Onde histórias criam vida. Descubra agora