Manuela

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Assim que entramos na sala ouço minha mãe gritar.

- Manuela?

- Cheguei mãe...

Aperto a mão do Noah assim que a avisto, vindo ao nosso encontro.

- Olá. – Simpática com todos, ela abre o mais lindo sorriso ao vê-lo.

- Olá. – Ele como sempre com o seu sorriso de canto.

- Prazer, Lavínia. – Ela dá um beijo em seu rosto.

- Noah. – Ele diz assim que eles se distanciam. E gentilmente estende a mão para lhe dar a única rosa vermelha que trouxe, além do vinho.

- Ah, muito obrigada. Linda.

- Espero que gostem de vinho português.

- Noah, por favor. Não tinha necessidade de trazer nada.

- Eu insisto. – Ele sorri.

- Tudo bem. – Ela dá de ombros. – Flávio adora vinho, tenho certeza que irá gostar deste.

- Bom eu vou tomar um banho. Se meu pai me pegar nesse estado... Pera aí, cadê meu pai? – Encaro minha mãe, notando a ausência dele.

- O Flávio deu um pulinho no consultório. – ela diz olhando para o Noah. Fazendo sala já que meu pai não está presente. – Deu um probleminha com um paciente, mas logo logo ele já está chegando. – por fim ela me olha.

- Melhor ainda. Dois minutinhos.

- Te dou até três. – Mesmo sendo um cavalheiro, sua voz rouca deixa sua marca registrada, a rusticidade. Sorrio e lhe dou um selinho, sinto o constrangimento da minha mãe.

- Por favor Noah, sente-se. – ela aponta para o sofá.

- Já volto. – dou uma piscadela.

O vejo acompanhar minha mãe e noto sua pose, olhos sérios e um sorriso enigmático. Ele seduz sem estar seduzindo. O seu cheiro exala a hombridade misturado com luxuria. É delicioso vê-lo. Mas me dou conta que não posso vacilar, subo as escadas correndo.

Tenho que tomar banho de gato, se meu pai chegar e ver que ninguém está pronto, ou até mesmo o almoço, já é motivo para broncas. Meu pai sempre teve tudo cronometrado, nem adiantado e nem atrasado, sempre pontual. Então quando alguém infringe, ele vira uma fera.

Assim que saio do banho, resolvo vestir algo mais confortável, como um jeans e uma blusinha branca. Para não estar com o look totalmente básico, coloco uma bandana no meio dos meus cabelos na cor amarela com cinza. A maquiagem é levinha, rímel, blush e um batom rosa queimado. Assim que termino vou para sala esperar meu pai.

Por uma ajudinha divina, meu pai chega quando desço as escadas.

- Olá, Boa tarde. – ele encara à todos.

- Boa tarde pai. – ele dá um beijo em minha testa, enquanto o abraço. Assim que me desvencilho ele vai em direção ao Noah, para cumprimentá-lo.

- Flávio. – ele aperta sua mão.

- Noah, prazer.

- Seja bem vindo Noah. Lavínia já ofereceu algo ao rapaz enquanto me aguardava?

- Sim, ele só aceitou um copo de água. Inclusive, ele trouxe vinho.

- Gosta de vinhos Noah?

- Muito, acho que toda refeição tem que ser acompanhada de um bom vinho.

Escolha (LIVRO UM) - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora