Manuela

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- Eu cuido do jantar e de você... – ele sugestiona com o seu tom de malícia.

- Que assim seja, não me esforçarei para contrariar sua vontade. – Noah sabe muito bem que não tenho dotes culinários e nem tampouco misturá-los com BDSM.

- Acho melhor irmos... não quero chegar tarde. Ah, hoje você fica em casa. – ele sorri.

- Vou avisar a Dani. 

- Eu espero aqui.

Caminho até o quarto da Dani. 

Depois que Gustavo foi embora, ela anda meio desolada, diria até triste, ela não assume mas sente tristeza não só por sua partida, mas também por não ter ido ou ter insistido que ele ficasse.

Conheço minha amiga tão bem que mesmo não assumindo que gosta de verdade, ela não consegue esconder seu jeito quando tocamos no assunto.

- Dani...

- Oi.

- Tudo bem?

- Um pouco ocupada. Estou selecionando alguns modelos e... – ela percebe que a minha pergunta não foi exatamente está. – Estou bem.

- Mesmo?

- Sim, fica tranquila. Pode ir... eu sei que você vai dormir no apê do Noah.

- Se quiser posso voltar mais tarde.

- Imagina, não estou doente.

Sorrio. Não adianta mentir Daniela.

- Tudo bem, mas... – aponto meu indicador. – qualquer coisa me ligue, mesmo se for para chorar no meu ombro.

- Pode deixar, isso não vai acontecer. – ela pisca.

- Beijos.

Ela volta sua atenção ao notebook e uma pasta grossa, cheia de fotos que estava ao lado.

- Ela tá bem?

- Diz que está, mas você sabe que não. – respondo assim que volto para a sala.

- Gustavo é um cara legal. Imagino que não seja fácil.

- Engraçado, ela nunca se abateu assim por alguém.

- Acontece com todos.

Olho para o Noah pensativa, talvez, todos tenham que passar por algo assim, o porquê eu não sei. Mas é a lei da vida.

***

Ele me abraça de um jeito diferente, apertava minhas coxas, não ligando para as câmeras, mordiscava meu pescoço e o sorriso brotava em meu rosto. É um tipo de pegação que eu mais gosto, é nesses momentos que eu o sinto.

Sua boca quente desliza pela minha pele, as mãos apertando a minha carne para tentar saciar a vontade de transar, os olhos, bom... seus olhos caleidoscópicos era a única coisa romântica do seu corpo selvagem.

Seu corpo me amassa contra o espelho do elevador. Não resisti e peguei seu rosto com as minhas duas mãos e o beijei, calorosamente, o mais intenso possível. Ele sabia o que eu queria e eu sabia o que ele planejava.

As portas se abrem e saímos discretamente, sem fazer algum alarde. Meio contraditório aos nossos amassos dentro de um elevador com duas câmeras.

Assim que entramos no seu apartamento, ele me pega desprevenida e me coloca em seu colo, enlaço minhas pernas entorno de sua cintura e puxo seu cabelo para trás. Ele me encara enquanto uma de suas mãos entrelaça em meu cabelo e seu outro braço sustenta meu corpo no seu.

Escolha (LIVRO UM) - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora