Capítulo 11

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- Nicolas! - O repreendo sorrindo. - Olha o que você fez com minha blusa seu idiota. - Sorrio e o encaro.  Até esse ponto já devo ter bebido uns 5/6/7 copos de whisky. Não estou bêbada, não completamente. 

- Você quem começou Bia! - Diz sorrindo e olhando pra camisa preta dele que a este ponto estava vermelha de tanto molho que joguei na mesma. Nosso jantar foi muito agradável. Conversamos sobre diversas coisas e aos poucos fui me soltando e falando tudo que dava na telha. Ele me contou que a mulher da foto era sua irmã mais nova e aquela criança era sua sobrinha Lucy. Ele não me falou muito sobre o pai da criança mudou rápido de assunto, confesso que estou intrigada, mas não me sinto totalmente a vontade pra invadir a privacidade da família dele desta maneira. 

Ele levanta da mesa e começa a juntar a mesma. Nossa ele cozinha bem, sim que pedaço de mal caminho vou te contar. A poucas horas começou a chover e parece que o céu ta desabando lá fora, não para. 

- Deixa que eu te ajudo. - Digo levantando da mesa e pegando os pratos das mãos dele. Nossas mãos se chocaram por segundos e toda eletricidade que sinto só de estar perto dele surgiu como chama. Sei que isso é bem melancólico, mas se vocês ainda não sentiram isso perto de alguém é porque não encontraram a pessoa certa. Cala boca. Olha o que já estou pensando só de encostar dele. Meu deus chega! 

Vejo ele tão próximo e sinto uma imensa vontade de beija-lo ali mesmo, mas não colocarei a culpa na bebida então. Respiro fundo, sorrio amigavelmente e levo os pratos para pia. 

- Deixa que eu lavo, você só tem que trazer. - Digo, olhando ele por cima do ombro. Ele parece estar me encarando, coro levemente e volto minha atenção pra louça. 

-  Não sabia que no seu conto de fadas você tinha aprendido a ser gata borralheira. - Diz terminando de por as coisas na pia e se encostando no fogão. Seus braços estavam cruzados e ele estava sorrindo então sim, ele está debochando.

- Você não sabe muitas coisas sobre mim Sr. Funger. - Digo e continuo lavando. 

- Então vamos Srta. Bachn, me conte tudo que não sei sobre você. - Diz. 

- Minha mãe morreu quando eu ainda era pequena mas antes acabamos descobrindo algumas coisas erradas que meu meu pai fez, coisas essas que nem gosto de lembrar. Depois de alguns meses me tornei talvez uma "órfã" porque meu pai parecia estar tão ocupado com trabalho que poucos eram os momentos em que tinha a companhia dele. - Término a louça e o encaro. - Depois decidi que não queria cursar direito e isso se tornou um problema e tanto para todos nós.  Ai depois fui pra faculdade e desde que vim pra ele nunca mais me telefonou. Apenas ligo para minha mãe Ana em alguns dias. - Concluo.

Ele me encara um pouco apreensivo, não entendi muito bem o porque dele me olhar assim.

- Então Nicolas, satisfeito? - Tento puxar assunto.

- Sim Bia, você sabe exatamente com quem foram essas traições? - Pergunta me surpreendendo.

- Não, nunca me interessei por saber, primeiro porque era muito nova e segundo porque não me pareceu importante. - Digo dando de ombros.

- Hmm- Murmura indo pra sala.

- Porque?- Digo indo logo atrás.

- Nada! - Diz rápido. - Você quer tirar essa roupa?- Muda de assunto me fazendo corar de primeira.

- Como? - Gaguejo. - Não vou ficar pelada na sua frente Nicolas! - Digo embora eu não pense exatamente assim.

- Estou dizendo pra você tomar banho, ou algo assim se quiser. - Diz se divertindo com a situação.
- Ah sim, aceito então. - Falo olhando pra minha blusa cheia de molho.

- Pode entrando que eu levo pra você a toalha! - Diz indo em direção a seu quarto.

Vou para o banheiro. Deixo a porta destrancada para Nicolas poder deixar as coisas ali. Entro no box, fecho a cortina e ligo o chuveiro. Prendi o cabelo pois não vejo necessidade de lava-lo.

Após alguns minutos ouço Nicolas bater na porta.

- Pode entrar! - Digo com os olhos fechados. Sinto a água quente bater em meu corpo, nossa que delícia.

Olho entre a fresta da cortina e vejo Nicolas. Ele me encara no mesmo instante e não consigo sentir vergonha. Ele morde os lábios e faço o mesmo ato. O encaro, e ele sai do banheiro. Desligo o chuveiro. Droga.

Quase ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora