Capítulo 20

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Desde que encontrei Nicolas me olhando com aquela cara fiquei com uma imensa vontade de lhe provocar, e sim foi o que eu fiz. Meus carinhos, sussurros e carícias em Pedro aumentaram cem por cento. Também aumentei a quantidade de álcool em meu sangue. Como sempre me mantive no whisky. 

Não queria estar "brincando" com Pedro, porque sei que muitos desses toques ele levou a sério, mas não sei o porque não consigo parar. A música estava muito alta, e eu detesto lugares assim, porém agora quero mais do que nunca ficar, ou melhor fingir que estou gostando. Jully se arranjou com um cara do campus, não entrei muito em detalhes mas sei que ela e Caio não estão mais lá essas coisas, o problema é que Jully é assim, se tem um problema até que ela se sinta confortável ela não fala.

Acho que todas minhas tentativas de fazer ciúmes em Nicolas não deu certo pois ele sumiu. Droga. Enfim, quer saber? Vou curtir o que devo, afinal, se ficar me prendendo a Nicolas nunca vou conseguir seguir em frente com Pedro. Após mais uns bons goles Pedro me chama pra dançar e como não tenho nada melhor pra fazer aceito. De repente as músicas começaram a ficar com um ritmo mais sexy e é mais do que justo eu fazer jus a música. Comecei a dançar com Pedro e em alguns momentos conseguis sentir o calor entre nossos corpos. Continuamos a dança por outras diversas músicas. Meus olhos pareciam estar sempre em busca de algo, esse algo era Nicolas e com toda certeza do universo a última coisa que eu queria era ver ele se agarrando com aquela loira oxigenada feia. 

QUE? ELE SÓ PODE ESTAR LOUCO SE ENVOLVENDO COM UMA ALUNA. EU SEI QUE ELE FICOU COMIGO, MAS COMIGO PODE, NA VERDADE COMIGO DEVE!

Pedi pra Pedro me esperar e fui até o bar, que por acaso ficava bem no campo de visão do Nicolas. Ao invés de pedir whisky, peço uma dose dupla de tequila. O que foi? Dane-se aula amanhã. Sim eu estava bêbada e a primeira coisa que fiz antes de virar o copo foi encarar Nicolas com aquela cobra grudada em seu pescoço. O encaro e levanto o copo como em cumprimento. Assim que viro sinto o líquido rasgar na minha garganta. Droga Bianca você não sabe beber, porque ta fazendo isso? Fecho os olhos com força ao sentir aquele líquido descer, e sinto que estou ficando tonta. 

Merda, merda, merda. 

Ao abrir os olhos sinto algo segurando meus ombros. Abro os olhos e vejo Nicolas, me solto de seus braços e o empurro. 

-Ué??????????????????????????????? - Pergunto arrastando mais do que queria. - Não era você lá no canto beijando e se agarrando com aquela vaca loira? - Pergunto de novo. 

- Bianca você está bêbada? - 

- EU???? Claro que não estou, eu esssstou muito bem meu amor. - Digo. 

- Ah sim, então ótimo. - Fala e continua me encarando. Levanto a sobrancelha. Idiota.

- Da licença. - Saio do bar e vou indo em direção a porta. Deu por hoje. 

Saio do Dock's e o ódio continua tomando conta de mim, como ele beijou ela na minha frente? Babaca. Eu queria ser ela. Não ele nem me merece. Mas porque? Ele só pode ter fetiche com alunas, mas ele já me esqueceu? Maldito. Quando me dou conta já estou com lagrimas por todo rosto. Bianca. Não. 

Continuo andando e vejo um cara parado com um cigarro na boca. Meu corpo estremece e não sei porque. Respiro fundo e continuo caminhando. Ao passar por ele sinto que ele começa a me seguir. Apresso o passo mas acho que ele percebe pois me puxa pelo braço fazendo eu trombar nele. 

- Me solta. - Digo ríspida. 

- Não gracinha. - Diz passando o nariz pelo meu pescoço. Fecho os olhos. Nojento. 

Tento me desvencilhar mas ele continua. Ele é mais forte. - ME SOLTA.- Grito agora realmente deixando transparecer meu nervosismo. 

- Você não lembra de mim não é mesmo? - Diz me encostando em um muro. - Sou aquele cara que você bateu no dia da festa do campus. Você não sabe como te procurei de novo senhorita Bachn. - Sorri ao pronunciar meu sobrenome. Ele me conhece? - Foi difícil confesso. Mas agora já posso fazer o que eu quero. - Diz levantando meu blusão. Tento lhe empurrar e ele não sai. Fecho os olhos e as lágrimas continuam a cair. 

- O que você quer comigo? - Grito. - Me solta!!!!!! - 

- Você tem um minuto pra soltar ela. -Diz Nicolas e acho que nunca me senti tão bem. 

- Qual é senhor Funger você nunca foi jovem não? - Diz o garoto que agora me solta e vai conversar com Nicolas cara a cara. Saio de perto dele e vou pra trás de Nicolas. 

Tudo acontece rápido quando Nicolas só da um soco no rosto do garoto que eu até agora não sei o nome. 

- Nicolas! - Exclamo. 

- Esse idiota vai dormir um pouquinho, não foi nada demais - Diz se virando pra mim e alisando meu rosto com as duas mãos. 

- Obrigada! - Digo baixo. 

- Tudo bem - Responde no mesmo tom e se aproxima mais. Nossos lábios estão quase colados, e tudo que eu quero agora é o seu beijo. Mas não, não vou cair nessa. Viro o rosto assim que se aproxima mais um pouco. 

- Você acha que é assim? - Digo empurrando ele. - Você tava aos beijos com aquela aluna oxigenada ridícula e acha que vai me pegar agora? - Antes dele responder continuo. - Não mesmo meu amor, você está enganado demais ao pensar que sou uma delas! Não encoste em mim mais, seu troglodita. - Falo e só depois que termino percebo o quão sem noção eu pareci. Não ligo!

- Pra sua informação você estava agarrando aquela criança lá também, vocês estavam quase transando em público! Além de que Melinda não é uma aluna, e sim uma amiga! - Diz no mesmo tom que eu. 

- Hum, legal, então porque você não vai lá com ela? - Digo. 

- Caraca porque você só não agradece por eu ter te ajudado e me beija? Qual a dificuldade disso Bianca? - Diz e sinto meu rosto corar. 

- Porque não beijaria um idiota feito você nunca mais na minha vida - Digo em alto e bom som. 

- Aé? - Diz se aproximando mais. 

- É! - Sussurro.

- Então veremos. - Diz baixo me puxando e colando nossos corpos. Agora estou segura. Uma de suas mãos percorrem meu corpo e a outra se mantém apenas em meu rosto. Nossas bocas como sempre já sabem qual é o ritmo que devem seguir e nossas línguas nem pedem passagem mais, elas já sabem muito bem como agir. Nosso beijo é bem mais do que só beijo, tem atração, sentimento, carinho e isso me preocupa. Porém agora o que quero é sentir mais seu gosto. Continuamos em um beijo quente e cheio de segundas intenções. Sua boca começou a percorrer o caminho do meu pescoço e meu corpo se arrepiou mais do que deveria. 

- Vem comigo pro meu apartamento? - Sussurra em meu ouvido. 

- Amanhã tenho aula cedo! - Digo em um sussurro. 

- Deixa, só por um dia. - Diz e deposita uma mordida em minha orelha. 

- Vamos então. - Digo e sinto meu rosto corar. Mordo a boca. E sinto seu lábio encostar no meu novamente deixando um selo. 

Subimos na moto de Nicolas e seguimos rumo a seu apartamento. 

Quase ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora