Capítulo 59

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POV Karla Estabrao

O táxi parou se frente à casa de meus pais e eu sorri, estava com saudade deles. O taxista me ajudou a retirar minhas coisas do táxi e quando o agradeci fui surpreendida por um abraço. Confesso que me assustei, mas logo reconheci, era minha mãe.

  - Que saudade de você. – Ela disse se desvencilhando de mim e alisando meu rosto. – Você não se parece nada bem, meu anjo. – Disse preocupada e eu sorri.

  - Estou cansada, não dormi bem os últimos dias.

  - Venha, vamos entrar, vou fazer um belo almoço para você. – Disse pegando minhas coisas e caminhando para dentro de casa. – Francesco, a Karla chegou, pega o resto das coisas. – Minha mãe gritou dentro de casa e logo vi meu pai saindo com um sorriso enorme vindo até mim.

  - Ei, minha cantorinha! – Ele disse me dando um abraço caloroso. – Estávamos morrendo de saudade. – Ele apertou-me mais um pouco e eu senti dor no local aonde eu havia machucado, gemi de dor e ele se afastou. – O que foi, filha?

  - É que machuquei o abdômen, está dolorido.

  - Já foi ao médico?

  - Eu vou marcar hoje, vou descansar um pouco e ir até lá.

  - Me deixe ver. – Ele pediu tentando levantar minha blusa e eu a levantei. – Está roxo, você precisa ir logo, não pode ficar sentindo dor e nem se automedicando.

- Não me automedicando, pai. Só coloquei gelo e tomei analgésico, nada demais.

- Ok, mas depois do almoço eu vou te levar ao médico, ou sua mãe. – Disse aproximando-se para pagar minhas coisas que estavam no chão. – E nada de ir para o apartamento.

- Claro, eu vou ficar aqui, seu bobão. – Sorri para ela que sorriu de volta.

- Vamos, a Stefane está louca para te ver. Ela nem sabe que você chegou, está tomando banho, e não para de falar em sua volta.

- Eu amo essa pirralha! – Sorri para meu pai e o acompanhei.

--

Eu estava no consultório médico, esperando ser chamada. Conversava com Stefane, minha irmã de 10 anos, que falava sem parar, principalmente de seus amigos de escola, que segundo ela, eles eram mais chatos que os anteriores.

- E eu tirei um A em matemática! – Finalizou animada e eu sorri.

- Continue assim! Tirar A é muito bom. – Passei a mão em seus cabelos e ela suspirou.

- Eu posso te fazer uma pergunta? – Eu assenti. – Por que a Camila parece tanto com você?

- Eu não sei...  Eu juro que não sei. – Ela fez bico e assentiu.

- Eu pareço com você? – Perguntou receosa e eu semicerrei os olhos encarando-a.

- Não, você é a cara do papai. – Ela sorriu.

- Vou ser uma engenheira igual a ele!

- Isso é bom!

- Não quero ser artista, é estranho, eu estava cantando no karaokê e não gostei do que ouvi. – Disse fazendo careta e eu ri puxando-a para um abraço.

- Ser artista não é só sendo cantor, existem vários tipos de artistas.

- Ah, não Kah! Eu não quero.

- Ok. – Soltei-a rendida. – Senhora engenheira, não esqueça de mim quando estiver morando fora do país.

- Eu não quero ficar longe da mamãe e nem do papai, eu vou morar aqui, e também não quero mais ficar longe de você.

THE FAN - camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora