Nina Portella era uma garota normal de 17 anos quando encontrou com sua amiga virtual e sua banda favorita. Ela não fazia ideia do quanto esse "encontro" mudaria sua vida para algo nada normal. Com dezoito anos ela encontra Harry novament...
Merda. Acordei e meus olhos simplesmente se recusavam a se abrirem. O que aconteceu? Coloco a mão na cabeça, parecia que tinham colocado uma bomba lá dentro que estava prestes a explodir. Percebo uma movimentação na cama. Viro minha cabeça pro lado e abro apenas um dos meus olhos com dificuldade.
— Bom dia? — Digo ao ver Nina gemendo enquanto tenta abrir os olhos. Suas mãos seguravam a sua cabeça assim como eu a segundos atrás.
— Só dia...nada de "bom" — Ela resmunga desistindo de abrir os olhos. Pelo visto colocaram uma bomba na cabeça dela também.
— O que nós bebemos? — Pergunto quando só me lembro do gosto doce descendo pela minha garganta.
— Não faço ideia — Nina permanece imóvel como se ela se mexesse, a bomba explodiria. — O que você lembra? — Ela pergunta passando a mão no rosto.
Voltei meu olhar para frente. Quando me movia, minha cabeça latejava ainda mais, por isso resmunguei para me erguer um pouco e me sentar melhor na cama. Estava tentando me lembrar quando um sorriso surgiu no meu rosto, dei uma risada curta. Nina virou seu rosto para mim, eu até olharia para ela para checar se seus olhos estavam abertos se minha cabeça não latejasse tanto. As lembranças começaram a clarear na minha cabeça e eu comecei a contar para ela.
[Flashback on]
— Garotas? — Gritei do andar de baixo — Estão prontas? — Não deixei Nina se arrumar na república. Só não confio em deixá-la sozinha naquela casa enorme, então ela trouxe minha irmã para se arrumar com ela na minha casa. Eu meio que gosto dessa aproximação delas, as duas garotas que mais amo juntas, não poderia pedir por algo melhor.
— Só um minuto, já vamos descer — Revirei os olhos. Esses "minutos" da Gemma sempre demoram mais do que o esperado.
Me apoiei na parede e fiquei olhando para escada como um idiota. É exatamente assim que essas duas me fazem sentir, como um idiota. Elas me têm nas mãos, faço qualquer coisa por elas. Incluindo, ficar esperando em pé, apreensivo para vê-las descendo confiantes, arrumadas e lindas.
— Eu não pretendo passar a virada do ano mofando aqui — Grito mais uma vez. Elas não respondem.
Quando resolvo subir e puxar as duas pelos cabelos, Nina e Gemma aparecem no topo da escada. Me desencosto da parede. Tenho certeza que não respirei nem uma vez enquanto Nina descia. Porra. Ela está maravilhosa. Não consigo desviar meu olhar. Pelo que eu entendi, no Brasil eles costumam vestir branco na passagem de ano. Não faço ideia do porque, acho até meio ridículo, mas Nina estava maravilhosa naquele vestido branco. Ela não precisa vestir coisas apertadas para ficar sexy, ela consegue isso vestindo qualquer coisa. Seu cabelo estava solto e eu agradeci por isso, amo como as ondas iluminadas caem sobre seu ombro, amo como ela joga o cabelo para não cair em seu rosto. Ela ainda tem um pouco do bronze brasileiro, apesar de estar em um lugar que praticamente todos os dias são nublados.
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