Nina Portella era uma garota normal de 17 anos quando encontrou com sua amiga virtual e sua banda favorita. Ela não fazia ideia do quanto esse "encontro" mudaria sua vida para algo nada normal. Com dezoito anos ela encontra Harry novament...
Estamos em Manchester agora. Leca disse que é uma cidade legal. Apesar que não sei se devo confiar muito já que toda cidade que tem uma roda gigante é legal para ela. De Sunderland até aqui foram apenas duas horas e meia, e mesmo sendo pouco tempo, eu tomei meu remédio, o que me fez dormir a tarde toda e perder o pequeno passeio pela cidade.
Não vi o Harry direito desde ontem, ele foi direto para o show e assim como esperado, Itan conseguiu me fazer ficar na interna. Por tanto não vi o seu show a não ser pelas fotos, que por sinal estavam ótimas. Meu lado egoísta desejava que Clarice e Itan não fossem tão bons, assim não me sentiria tão ruim. Mas a verdade é: Eu sou a pior entre eles. Apenas consegui fazer o trabalho no computador por que fiquei pendurada no telefone com Pablo, que ajudou me dando todas as coordenadas. Pelo menos agora eu aprendi, e as fãs parecem terem gostado do novo aplicativo com as fotos em HQ. Assim todo o mundo pode ver na mesma hora que o show esta acontecendo.
— Portella? — Escuto a voz do Harry. Meus ombros parecem relaxarem ao ver ele. Pode parecer besteira mas essas 24 horas que não nos vimos direito já foi o bastante para que eu sentisse saudade.
— Senti sua falta — O abracei e ele fez o mesmo.
Depois do show Harry e eu nos desencontramos e só fomos nos ver no ônibus novamente. Alias, eu o vi. Já que quando entrei ele já estava capotado em um dos beliches. Quando chegamos, ele continuou dormindo no ônibus junto com Louis. Não faria diferença mesmo, já que como Leca não está com Niall, ela me fez dormir no mesmo quarto do hotel que ela. Se esses dois resolverem ficar de frescurinha, eu vou trancá-los e só vou soltar quando ficarem juntos.
— Eu vim te ver mais cedo mas você estava dormindo — Ele se afastou e começou a brincar com as minhas calcinhas que estavam na bolsinha pequena em cima da mesa.
— Não dormi bem a noite... — Minto. Na verdade eu dormi até bem demais, é um dos belos efeitos que o remédio causa.
— Nem eu — Ele larga a calcinha em cima da mesa. — Eu tive...tive... — Ele se sentou na cama. Não sei porque ele ainda não consegue falar comigo normalmente sobre os seus pesadelos.
— Pesadelos? — Completei sua frase. Ele faz que sim com a cabeça mas não olha para mim. Eu acho que ele pensa que é fraqueza sofrer por algo que nem real é.
— Eu achei que com a aproximação da sua família, você não teria mais esse tipo de pesadelo...
— Eu achei também, mas não é o que parece...
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Me aproximei dele, ficando entre as suas pernas. Passei os dedos entre seus cabelos da nuca. Ele fechou os olhos e suspirou quase como um gemido.
— Eu posso falar com a Leca se você quiser, posso dizer que não quero dormir sem você e...
— Seria maravilhoso — Ele abre um sorriso — Mas de qualquer jeito eu...
— Harry meu amor — Me afasto do Harry quase em um pulo.
