5- Não havia nada entre nós

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— É a Eleanor... — Ele diz com um tom de voz baixo. Eu continuo andando, mas diminuo a velocidade. — Louis me pegou com ela no quarto e... — Eu me viro completamente surpreendida pelo o que ele estava dizendo. E eu que achava que ele era gay — Mas, eu juro que não havia nada entre nós. — Harry diz abaixando a cabeça ficando um pouco envergonhado pelo o que estava falando.

—"Não havia nada entre nós"? Então por que o Louis ficaria assim? — Eu disse me aproximando já que estávamos um pouco distantes.

— É que... — Ele coçou a cabeça antes de dizer — Ela estava sentada na minha cama e nós estávamos nos abraçando.

-— Mas se vocês estavam apenas se abraçando. Eu não vejo proble...

— Eu estava sem camisa — ele diz me interrompendo e eu fico cada vez mais surpreendida.

— Daqui a pouco você vai me dizer que ela estava sem roupa também. — Eu disse sarcasticamente.

— Não é pra tanto, mas...

— "Mas"? Tem mais coisa Harry?

— É... Era de madrugada e o Louis não sabia que a Eleanor estava na cidade. — Ele disse com a voz tão baixa que quase não deu para escutar.

— O quê? E você ainda queria que o Louis não ficasse desconfiado?

— Eu sou amigo dele, ele deveria confiar em mim... - é. Ele tem um argumento.

— Grande amigo esse que leva a namorada do melhor amigo pro quarto... De madrugada.

— Até você? — Ele disse batendo as mãos na lateral da coxa com uma feição surpreendida. Eu não sabia o que responder e acho que meu silêncio fez ele presumir algo.

— Ei calma lá... Eu já disse que eu e ela não temos nada a ver.

— Se não tem nada a ver o que ela estava fazendo no seu quarto? — perguntei eu nem sabia se acreditava mesmo que ele tivesse tido algo com a namorada do seu melhor amigo. Eu sabia que aquela conversa estava se tornando pessoal demais, mas se o Harry estava disposto a me contar não seria eu que iria interromper.

— Louis e ela haviam brigado. O que a fez ir até a cidade que nós estávamos para pedir desculpas. Só que antes ela resolveu pedir alguns conselhos para mim, ela supôs que ele tinha me contado sobre a briga e que eu teria como ajudar.

Ele parou por um instante, parecia que já estava se arrependendo de dizer tudo aquilo para alguém que mal conhecia. Realmente era um peso e tanto, eu precisava deixar ele mais confiante. Dei um passo para frente me aproximando e então ele resolveu continuar.

— Eu não sou um aproveitador, ela podia estar frágil mas continua sendo a namorada do meu melhor amigo porra — Agora ele disse com um tom mais sério, mas não para mim, mas para toda a situação.

— E pelo visto ele não acreditou nadinha nessa história não é? — Eu falei me aproximando mais ainda dele.

— Na hora foi um escândalo, só que agora ele diz que acredita em mim, mas continua com essas malditas indiretas...

Eu olho para baixo e começo a rir.

— Não se deve rir disso... Isso é sério. — Ele disse com aquela voz rouca.

— Desculpa. É que eu estava pensando uma coisa completamente diferente.

— O que você estava pensando?

— Você e o Louis... Deixa pra lá! — Eu disse com um sorriso no canto do rosto.

— Não vai me dizer que você chegou a pensar que o Louis estava com ciúmes por causa de "Larry"? — Um sorriso apareceu em seu rosto.

— Era a única explicação. — Eu disse rindo.

— Além de marrentinha, de tirar minha paciência, ainda tem que desconfiar da minha sexualidade? — Ele chegou mais perto de mim rindo.

— Mostrar sua masculinidade não é o seu forte Harry.

— Veremos... — Ele olha arqueando as sobrancelhas e dando aquele sorrisinho que aparece a covinha.

Antes que eu dissesse algo nós ouvimos gritaria de fãs. Deveria ser os portões se abrindo.

— Acho melhor você voltar, eles devem estar preocupados.

— Não sei se quero voltar, Portella. - Aquele sorriso que consegui tirar dele sumiu.

— E as suas fãs lá fora? Elas não têm culpa de você ser um bobo sem sorte nenhuma e seu amiguinho um infantil.

— Estou começando achar que te dei liberdade demais...

Eu comecei a rir e ele pegou minha mão me puxando.

— Que isso Harry? Aonde está me levando?

— Achou que eu ia te deixar aqui? Depois de te contar todas essas coisas? Não mesmo — Ele disse com um tom humorista.

Então nós continuamos andando pelo corredor e ele me pareceu meio perdido.

— Harry — Eu lhe chamo e ele para se virando para mim.

— Eu sei que você deve estar preocupado, afinal você me contou tantas coisas.

— Eu sei que vou me arrepender disso... — Ele disse e eu só conseguia olhar para aqueles olhos verdes escuros.

— Eu não vou contar para ninguém, fique tranquilo.

— Eu espero... Porque eu acho que eu acabei de fazer a maior loucura da minha vida.

— Você é sempre rebelde assim?

— Na verdade não, eu sempre fui o mais calmo. O que lida melhor com a fama. Nunca tinha fugido assim, pouco tempo antes de um show, esse foi um dos meus primeiros surtos.— Eu não sei mas, eu não acreditei nele, ele não parecia ter certeza do que dizia.

— Hum, rebelde! — Eu disse zombando dele e o Harry sorri.

Realmente estava sendo inacreditável. Eu estava ali tão perto dele, fazendo ele rir e ele já não parecia aquele cara que eu via no pôster do meu quarto. Parecia que nós já nos conhecíamos a alguns dias e que ele era uma pessoa normal. Harry me deixava insegura algumas horas, mas ao mesmo tempo eu conseguia confiar. É como se eu estivesse sonhando, mas não conseguisse acordar, ou melhor, não quisesse acordar. Mas eu sempre tenho que dizer algo que eu não quero

— É melhor eu ir para o meu acento e você voltar para o camarim. — Eu já disse me arrependendo, eu queria ficar mais tempo com ele. Eu não sei por que eu dizia essas coisas, ainda bem que o Harry nunca me obedecia.

— Só volto pra lá se você for comigo!

— Por acaso eu estou colada em você Styles? — Eu perguntei rindo

— Não, mas é uma grande oportunidade de ficar. Se eu fosse você não recusava a companhia... -  ele parecia menos estressado agora.

Nós continuamos andando pelo corredor, mas Harry estava completamente perdido. Até que eu resolvi guiá-lo já que eu tinha percorrido esse estádio inteiro com aquela mulher, pelo menos me adiantou em algo. Começamos a ver pessoas e seguranças, todos começaram a falar no alque-toque que haviam encontrado o Harry. Todos estavam me encarando e eu comecei a andar mais rápido.

Avistei a sala que estava de porta aberta e eu conseguia ver alguns dos meninos sentados lá dentro. Não tinha visto Louis ainda, mas só de pensar na sua presença já me dava calafrios. Diminui os meus passos

— Ei, está tudo bem... — Harry pegou na minha mão me puxando em direção a sala.

4 Months without youOnde histórias criam vida. Descubra agora