14- Rio de Janeiro

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Nina Portella

Como o voo atrasou, eu acabei carregando meu celular no aeroporto, mas eu resolvi não responder as mensagens, eu sabia que não adiantaria, pois eles já estavam entrando para o show. O voo foi horrível, chovia muito e sinceramente eu achei que eu morreria. Eu nunca tinha visto um avião balançar tanto, eu podia jurar que tinham me colocado em um liquidificador e não tinham me avisado.

Chegamos ao Rio e o show já deveria estar no final. Pegamos um táxi e fomos direto para o estádio. Minhas mãos soavam e eu não conseguia parar de morder o lábio inferior, eu iria revê-los de novo e isso já estava me deixando nervosa. Leca gritava para o motorista ir mais rápido. Nós estávamos com medo de que não conseguíssemos chegar a tempo, com medo de que o show acabasse e eles fossem embora, afinal entrar no hotel seria muito mais complicado do que entrar pelo estádio. Saímos do táxi e estava uma confusão, todo mundo indo embora. O show tinha acabado. Então Leca pegou a mala de rodinha dela e gritou "corre", eu paguei o taxista peguei minha mala e sai igual uma louca atrás da Leca. Junto com os ingressos, Harry tinha nos dado 2 crachás para andar livremente por todo o estádio, mas eu não tinha a mínima ideia de onde era o camarim. Nós chegamos até a entrada, mostramos o crachá e passamos, eu não aguentava mais correr e então fomos paradas por outro segurança e mostramos o crachá de novo. Leca saiu correndo novamente, nós já estávamos nos corredores de dentro do estádio onde nos levaria para o camarim. O estádio era muito grande e para você passar de um lugar para o outro era muito complicado. Para minha infelicidade eu deixei o celular cair no chão, tive que parar para pegar e quando olhei eu havia perdido Leca de vista. Eu continuei andando, eu estava completamente perdida, eu não sabia onde era e sinceramente acho que nem a Leca sabia, ela só estava correndo que nem uma louca por aí. Eu via algumas salas e algumas pessoas andando com alque toques e quando eu resolvi parar para perguntar alguém onde os meninos estavam eu senti uma mão pegando em meu pulso me puxando para dentro de uma sala.

— Perdida novamente? 

— Caraca Zayn, que susto! — Eu disse quando vi que era Zayn a me puxar. — Eu te disse para não fazer isso de novo — E ele ficou rindo da minha cara.

— Foi de propósito. A primeira vez não, mas agora sim. — Ele fez uma cara de sacana.

— Você é uma pessoa má!

— Deixa de frescura, vem cá — Ele disse me abraçando — É bom te ver de novo pequena.

— Também é bom te ver Zayn. — Por estamos abraçados eu disse perto do seu ouvido e eu pude perceber ele se encolhendo por isso.

— Isso foi crueldade. — Ele falou se desfazendo do abraço e eu demorei um tempinho para perceber que ele estava falando do arrepio que eu lhe causei.

— O quê? — Eu fingi de boba e consegui ver minhas bochechas corarem.

— Você sabe — ele disse rindo, e eu só abaixei a cabeça e dei um pequeno sorriso. — Onde está a Leca? — Ele disse mudando de assunto já que ele percebeu que eu tinha ficado acanhada.

— Eu não sei, eu me perdi dela de novo.

— É... Já deu pra perceber que ela é muito mais esperta que você.

Ei! — Eu disse o repreendendo, logo lhe dando um tapa no braço.

— Vamos achá-la. — Ele falou colocando os braço por volta dos meus ombros me abraçando me guiando até a porta.

  Zayn pegou minha mala que ficou no corredor e a levou para mim, o que eu achei super fofo. Estávamos andando no corredor a procura de Leca. Eu estava com a minha mão direita na sua cintura e ele fez festinha com os dedos na minha pele, eu olhei pra mão do Zayn em meu ombro e depois olhei para ele que estava a olhar para frente. Zayn parecia estar sempre seduzindo alguém, o seu olhar, suas feições, suas poses, exatamente tudo nele fazia parecer, até quando ele estava olhando pro nada, não era de propósito, era o jeito dele. Com certeza Zayn daria um ótimo modelo, eu pensei enquanto olhava o formato do seu queixo.

4 Months without youOnde histórias criam vida. Descubra agora