Alexsander Devilish
Eu jamais me esqueceria daquele rosto. Nunca gostei do Jonathan, por alguma razão.
Encontrar com ele foi como me lembrar do causador principal da minha perda. Eu o odeio e quero arrancar cada célula do seu corpo imundo.
Sento na minha cama e abro um diário da mamãe.
Eu o odeio. Cada vez que o ouço me chamar de filha. Odeio sua presença, seu toque ,tudo que diz respeito ao Jonathan. Por alguma razão eu não consigo matá-lo.
Algo em mim me trava ,não me deixa dar sua merecida morte dolorosa.
Talvez seja esse afeto imbecil de filha que ainda vive em mim, e os momentos em que vivi ao lado dele ,é que não me permite prosseguir.Eu suspiro. Folheio para próxima página.
Meu bebê cresce saudável em mim. As vezes ele chuta tão forte ,que parece que vai nascer. As dores são insuportáveis ,mas eu aguento . Não quero que ele nasça antes do tempo.
As vezes me pego pensando no dia em que ele virá. Serei boa o suficiente? Serei uma mãe ? Ou eu deixarei essa merda toda o levar de mim ?
Não ,eu não deixarei que nada o toque. Eu o protegerei de mim mesma se for preciso.Ela tinha medo. Agora faz sentido essa proteção toda. Não é exagerado, é medo de que todo o esforço de nos manter seguros ,tenha sido em vão.
- ... Não quero que esse mundo os estrague. Não quero que minha maldade os consuma, não serei capaz de viver sabendo que meus pecados os levaram de mim.
Mackie entra no meu quarto lendo um dos diários da mamãe. Senta na cama e suspira.
- Estamos fazendo errado.-Fala me olhando.- De fato,ela não quer essa vida para nós, mas se for o caso de precisarmos usar a nossa maternidade, teremos que usar.
- Nós devemos isso à ela. Honrar seu nome, Mackie.-Eu fecho o diário.- Separados não vamos longe.
- Eu quero muito conhecer o Jonathan.-Ela confessa e eu a encaro confuso.- Conhecer o cara que eu vou lentamente matar.
Sorrio para ela. Quem vê diz que ela já matou muitos por aí.
- Eu tenho algo para você.
Seus olhos brilham. Pego sua mão e a conduzo até o nosso porão. Daqui a alguns dias é seu décimo quinto aniversário e nada melhor do que presentar logo.
Eu me irritei ao saber que a Rose bateu na minha mãe. Odeio a ideia de saber que alguém machucou ela. Então eu sequestrei a Mary.
Será interessante ver minha irmã brincando pela primeira vez.
Entramos no porão divinamente equipado. Ben estava sentado no fundo e com um sorriso diabólico no rosto. Ele confessou que amava ver a mamãe matando inimigos.
- Sério ?!
Mackie exclama de felicidade. Era como se uma adolescente normal estivesse ganhando um IPhone do momento ou uma Ferrari de aniversário. Assim é minha irmã agora, feliz por torturar alguém.
- Isso vai ser mais prazeroso pra você do que para mim.-Eu falo.- Feliz aniversário adiantado.
- Saúde! -Ben ergue sua bebida.
Eu me sentei com ele. Mackie parece estar em dúvida de como começar.
Mary ainda está desacordada.Ela estava deitada na mesa ,amarrada pelos pés e pelas mãos.
Mackie caminha lentamente ao redor da mesa. Poderia jurar ver minha mãe mais nova agora, rodando sua vítima enquanto planeja a mais dolorosa das dores.
Mackie amarra seu cabelo e olha ,atentamente, para a parede com seus diversos utensílios.
- Onde...estou ?- Mary fala confusa. - Quem é você ?!
- Seu pesadelo pessoal.- Mackie responde.
Sua voz foi tão diferente e diabólica. Pobre Mary, Mackie está feliz em tê-la acordada.
- Me solte! Ou eu vou gritar.-Ameaça.
- A intenção é essa, Mary. Fazê-la gritar até arrebentar suas cordas vocais.
Mary começa a ameaçar , gritar e se debater. Mackie pega uma caixa de agulhas. Calmamente se senta na mesa e balança as pernas inocente.
- Mary , você me conhece?
- Foda- se para quem você seja! Se encostar em mim ,não vai sobrar nada de você.
- Sabe , eu tenho uma genética um pouco confusa. Meu pai é um pouco loiro, mas não meu pai que me criou ,meu pai biológico.- Mackie fala docemente mexendo nas pontas do seu cabelo loiro.- Eu pareço muito com minha mãe ,mas a cor do meu cabelo fode tudo. Sabe quem é minha mãe ?
- Eu já disse que FODA -SE PRA QUEM SEJA VOCÊ! E POUCO ME IMPORTA QUEM SEJA A PUTA INFELIZ DA SUA MALDITA MÃE! - Mary cospe as palavras.
Mackie para de balançar as pernas. Se ouvir aquilo me deixou louco , imagino o efeito que teve nela.
- Era lei , ninguém a chamava de puta ou qualquer adjetivo do tipo.- Ben fala ao meu lado.- Só lamento pela Mary... Ou não.
Mackie ignorou as agulhas. Pegou uma tesoura e rasgou toda a roupa da Mary.
Oh, irmã ,o que se passa nessa mente fértil ?
Mary xinga a todo instante, mas isso não parece abalar Mackie. Então a vejo pegar um bastão de basebol de metal e analisar.
- Você vai aprender quem é puta aqui.- Mackie fala e posiciona o bastão no sexo da Mary.- E minha mãe não é uma.
Sem dar a chance de respirar, ela enfia o objeto. Mary grita loucamente, o que faz minha irmã empurrar ainda mais.
Ver a Mary se contorcendo é prazeroso. Sua dor , sua súplica é tão doce.
Mackie deixa o bastão lá dentro dela. Ela quebra cada dedo de cada mão da Mary. O porão era só gritos.
- Por favor! Pare! Me perdoa, apenas pare!
- Sabe quem eu sou?- Mackie pergunta novamente.
- Não ,eu não sei... - Mary fala soluçando.
- Mackenzie Katherine Devilish.
Mary entra em pânico e se debate ferozmente na mesa.
- Não, não! Ela se foi! Ela não pode ter... Não! NÃO!
- Sim , minha mãe matou a sua mãe! E eu odiei saber que a vadia infeliz e maldita da sua mãe, bateu na minha!
Mackie pega o maçarico e queima o braço da Mary. Por longos minutos ela fez isso ,e não havia pele em seu tronco. Tudo estava em carne viva.
- Eu sou a herdeira da rainha do mal.
Falar isso foi quase uma oração pra ela. Eu senti o gosto doce de ouvir sua voz.
Mackie a cobriu com uma manta. Retirou o bastão e o jogou no chão.
- Isso ainda não terminou pra você ,Mary. Ainda tem mais um filho para provar.
Mackie sorrir e me olha. Caminha até onde estou radiante.
- Divirta-se.
Eu me levanto, dando meu lugar a ela.
Caminho até o corpo semi maltratado da Mary.
- Minha vez.
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Everlasting (RETIRADA 10/12)
HorrorEla sempre será minha rainha do mal e eu irei até o inferno para tê-la de volta. Quarto livro da saga Obscure Mind : Everlasting Copyright © all rights reserved LaislenyGomes PLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98