- Hey mocinha. - Um David cansado e com olheiras entrou no quarto sorrindo.
- David. - Sorri de volta.
David se sentou ao pé da cama e suspirou. Ele estava com uma postura cansada, me sinto mal por ele ficar assim por minha culpa.
- Como você tá? - Perguntou olhando diretamente em meus olhos. Esbocei um pequeno sorriso e remexi nessa cama desagradável.
- Dói bastante. - Ele assentiu e eu apoiei a mão no lugar onde fui ferida. - Obrigada por me salvar, meu herói. - Coloquei um tanto de humor em minha frase, o que fez com que o homem à minha frente risse timidamente.
- Não é algo que você tenha que agradecer. - Revirou os olhos. - Eu me sinto bem em estar aqui por você e também pela Milla.
Só então quando ele falou em Milla eu me lembrei dela. Deus, minha filha. Eu não sei quanto tempo passou, mas sei que tenho uma pequena garotinha pra cuidar.
Com os pensamentos fiz uma careta enquanto David olhava minha batalha interna.
- Como ela está? - Expressei meus pensamentos. - Deus, eu sou péssima mãe. - Sussurrei.
- Você foi baleada, pequena. - Encarei David ainda pensando em Milla. Ela no máximo passa um dia com Amanda e Josh, ela deve estar triste, magoada e tantas coisas mais. - Milla está bem, ela tá na sua amiga, Amanda.
- Quanto tempo eu to aqui? - Franzi meu cenho.
- Dois dias. - Suspirei de alívio. Certo, dois dias não são dois anos, ela deve estar bem. - Sabe, seu pai me dá medo. - Não consegui evitar rir de novo. Meu pai é a pessoa mais fofa do universo.
- Greg é fofinho! - Elevei minha voz enquanto ele sorria e maneava a cabeça negando. - Ele é um marshmallow fofinho. - Como uma criança de três anos dei língua para o Tobey. Ele me encarou perplexo e fez o mesmo. Ele fez o mesmo?!
- Não. - Falou sério. - Ele é mau. - Voltei a rir com puro escárnio de suas palavras. Greg nunca seria mau. - Annie, agora deixando as brincadeiras de lado. - Uh oh, lá vem. - Eu preciso saber se conhecia o cara que atirou em você.
Agora as coisas haviam tomado outras proporções. Eu poderia contar para o David que o pai da minha filha é o meu atirador. Mas com certeza ele contaria pro meu pai, e aí toda minha família entraria na mira do Lee.
Lee é perigoso, disso eu tenho certeza. Quando me deixou, ele deixou claro que iria fazer parte de algo grande e perigoso, a máfia talvez?
Eu não faria a burrice de pôr as pessoas que eu amo na mira da máfia, mesmo tendo uma super irmã pra me defender.
- Não. - Menti descaradamente e ele me olhou desconfiado.
David sabe que sei quem é ele, mas eu não posso admitir é fazer com que seu instinto fale mais alto.
- Eu achei que era um amigo, fui atrás e tudo que descobri foi que era um batedor de carteira qualquer. - Surpreendi-me com a história fascinante que havia saído de mim.
- Um batedor de carteira qualquer? - Ponderou as palavras enquanto eu mesma assentia. - Batedores de carteiras geralmente roubam suas vítimas. - Touchê. David é advogado, presta atenção nas palavras. - E também esse tipo de gente não têm um silenciador tão poderoso, Annie.
- Eu não o conheço, Tobey. - Falei ríspida enquanto ele me olhava atordido. Eu não conhecia aquele Lee, conheço o Lee que foi gentil comigo, o que me amou, o que comigo fez lindos planos para o nosso futuro. Esse Lee eu não conheço.
- Tá bem. - Sorri tímida. David ainda não acreditava em mim, mas eu apenas estou mentindo pelo bem dele.
- Não fique chateado comigo, Tobey. - Pedi. - Eu não aguentaria sem você.
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Clinton
AdventureClinton, uma cidade harmoniosa até que pouco a pouco é tomada por inimigos além de indestrutíveis, são extremamente nocivos. A cidade está perdida, até que ela surge. Uma heroína capaz de retomar Clinton com êxito. Porém, antes de ser a heroína Vene...