P.O.V Jane.
Meus punhos estavam vermelhos por conta dos vários socos que desferia contra o meu saco de pancadas. Ele ia e vinha rápido, cada vez mais rápido assim como a minha respiração e meus batimentos cardíacos. Estavam rápidos, mas não me importo com isso.
Não havia som algum, a não ser o barulho das minhas mãos ao encontrarem com força a extensão do saco de pancadas.
Eu estou com raiva. Raiva por não conseguir salvar minha cidade, raiva não por ter matado a Beatrice, mas sim por deixar o Dustklion transformá-la nisso.
Dustklion é a organização qual eu deveria lutar contra. Eles são os responsáveis por transformar pessoas comuns nos monstros que costumava matar. Na verdade, contando com Beatrice, eu continuo a matar. Ela era o monstro.
Liam Kane é o monstro. Ele controla essa organização, um negócio de família qual sua tia está envolvida. Rachel usou o desespero de sua irmã, Suzan, para colocá-la nesse jogo sujo.
E eu? Eu sou a única pessoa que parece ter repulsa por isso. A única que luta contra isso.
Eu só percebi que a minha força estava acima do normal quando saco de pancadas voou para longe espalhanda areia por todo o cômodo.
- O que o pobre saco de pancadas fez para você? - Normalmente, seguindo meus instintos, eu atacaria a pessoa que apareceu do nada atrás de mim. Mas pelo jeito não funciona quando se trata da pessoa que é a minha cópia.
Eu não me virei, mas sabia que ela estava sorrindo minimamente tentando me alegrar. Ela possuía um sorriso na voz, isso é típico dela. Eu também já esperava a sua visita, ela é a única que sabe onde é esse lugar, e também sabe que é especial para mim.
Eu ofeguei. A adrenalina estava por todo o meu corpo me deixando alerta. Meu coração estava rápido demais, por isso respirei fundo para tentar me acalmar. Precisava me acalmar.
Tudo foi em vão quando Annie me abraçou por trás. Ela passou seus braços por volta da minha cintura e me puxou contra ela. Também apoiou seu queixo em meu ombro.
Então, com esse seu ato, tudo que descontei com os socos, foi por água abaixo. Agora eu estava chorando como uma idiota.
Eu não deveria estar chorando. A conhecia apenas por uma semana. Só por ela ser uma garotinha frágil e fofa que merecia viver uma maldita vida inteira feliz?
- Está tudo bem, Jane. Você tem o direito de chorar. - Ela parecia ter lido a minha mente. Eu me virei para ela e chorei.
Annie acariciava meu cabelo e apenas estava em silêncio. Ela sabia que estava me confortando com aquilo.
- Eu a matei, Annie. - Minha voz estava embargada demais. Isso não é certo, eu não posso ser fraca dessa forma.
Mas ela era apenas uma garotinha, e eu a matei.
Annie me soltou e olhou firme em meus olhos. Os dela estavam marejados e um tanto avermelhados. Ela estava mais corada do que o comum, e o que são essas marcas em seu pescoço?
- Não foi você, Jane. - Eu me assustei com sua forma de falar. Não parecia a Annie em si, ela parecia uma pessoa madura que tem anos de experiência. A minha Annie normalmente é menos madura do que Milla. - Foi Liam, ele foi o responsável, não você.
Eu ri minimamente. Eu conheço o cara que fala isso pra todo mundo, mas Annie não precisa saber que sei.
- Mas foi eu que...
- Foi Liam que a fez dessa forma. - Ela apertou meu ombro com cuidado. Sua forma de falar era realmente convincente.
Será que Annie tem poderes psíquicos?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Clinton
DobrodružnéClinton, uma cidade harmoniosa até que pouco a pouco é tomada por inimigos além de indestrutíveis, são extremamente nocivos. A cidade está perdida, até que ela surge. Uma heroína capaz de retomar Clinton com êxito. Porém, antes de ser a heroína Vene...