Mais um belo dia na cidade infernal, onde a minha cabeça parece que irá explodir, a qualquer movimento que faço, parece que meu corpo irá desmontar.
Clinton, se você fosse uma pessoa, eu realmente te jogaria no oceano.
Quando acordei eu estava na minha base. Várias partes do meu corpo estavam cobertas por suturas que certamente foram feitas as pressas. Sei disso porque não estavam completamente fechadas.
Eu estava sozinha. Não há ninguém por perto para me ajudar. Liam está conseguindo me desestabilizar. Fisicamente ele já conseguiu.
Tanta cólica. Eu não entendo.
- Barry. - Sussurrei. Esse mínimo som fez com que todo meu corpo doesse. Era como se minhas feridas suturadas fossem repuxadas pela minha pele.
Eu chorei por dor, por medo. Eu sou mesmo uma idiota, fraca.
- Amor. - Ouvi a sua voz. Quando o olhei, percebi que seus olhos estavam levemente inchados. Haviam olheiras nele. - Está tudo bem agora, eu prometo. - Sussurrou baixinho tocando o meu rosto.
Barry não me abraçou por mais que quisesse fazer isso, sei que ele queria fazer isso, porque eu o queria fazer. Ele disse que ainda não descobriu o que aconteceu na prisão, mas que foi Annie quem apareceu.
Quis rir por isso, imaginar a Annie me salvando, e batendo em todo mundo pra me proteger. É engraçado porque não consigo imaginá-la lutando com um olhar mortal e gritando guerra. Mas ela simplesmente foi lá e fez. Me salvou. Eu a amo por isso, a amo simplesmente por ser a Annie.
Theo estava bem, o foco dos criminosos era apenas eu. Mas eles não queriam me matar, pois se quisessem, teriam feito. Por isso tenho medo do que virá. Será algo grande o bastante para me fazer sofrer. Ou talvez seja apenas o fim disso, ou eu ou Liam sairá vencedor. Ele já está fazendo o seu trabalho para acabar com o time rival.
Barry também me contou que estou muito melhor do que quando Annie me trouxe. Disse que se desesperou ao ver a razão da sua vida dessa forma, então chorei de emoção por ele me amar tanto.
Eu o amo tanto. Acho que ter Barry aqui é o que me motiva a não ter medo de continuar. É assim que a gente pensa quando se está apaixonado.
[...]
P.O.V. Annie
Meus punhos estavam machucados de tanto lutar ontem. Tecnicamente eu não sei lutar ou ser fodona como a minha irmã mais velha. Mas, quando eu vi aquele homem a enforcando e ela vermelha sem ar toda machucada, eu não pude me segurar, foi como se uma onda de raiva e uma ira infernal tomasse conta de mim. Não foi como com Beatrice, foi pior.
Eu enxergava vermelho, via apenas sangue. Minha roupa se tornou vermelha por conta do sangue deles, mas também pelo sangue dela.
Não me lembro bem do que aconteceu. Foi como se por um momento a Annie comum saísse e desse lugar para a Annie mortífera que quer matar todos os desgraçados que machucaram Jane. Eu queria matá-los por ferir a minha irmã, acho que é isso que ela sentia.
Agora as minhas mãos estavam machucadas, assim como o meu olho roxo, mas nada se compara com a forma que ela estava. Eles acabaram com Jane, e eu queria acabar com eles.
Agora é como se os meus sentidos estivessem a mil por hora esperando outra luta, por isso não consegui dormir sozinha nessa casa enorme. Aparentemente meus pais voltam amanhã pela manhã. Por esse motivo peguei o meu carro e saí por aí buscando algo para ocupar minha mente.
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Clinton
AdventureClinton, uma cidade harmoniosa até que pouco a pouco é tomada por inimigos além de indestrutíveis, são extremamente nocivos. A cidade está perdida, até que ela surge. Uma heroína capaz de retomar Clinton com êxito. Porém, antes de ser a heroína Vene...