Entramos no colégio e Renato logo nos avistou, vindo até a gente. Estávamos namorando há uns 7 meses já, meus pais o adoravam e ele era extremamente simpático, além de lindo. Mas, nunca entendi muito isso de amor, então não sei dizer que realmente estou apaixonada.
— Bom dia, minha linda. – ele diz, me dando um selinho demorado.
— Bom dia, Tato. – respondo.
Joana passa por nós, falando rápido com a gente e segue pra junto da Letícia. Elas acenam pra mim e chamo o Renato pra irmos até lá.
— Oi Lelê, um fim de semana sem te ver e já morro de saudades. – puxo ela e dou um abraço forte.
Ficamos conversando até o sinal tocar. A Letícia era um ano atrás de nós, então nos dirigimos pra lados opostos do pátio. Joana, Renato e eu fomos conversando e revisando os assuntos da prova, se a Joana levasse pau, iria perder mais um ano e ela já estava atrasada o suficiente para querer isso de novo. Quando a mamãe disse que ela ficaria sem o surf, certamente foi a maior motivação pra ela. Surf era a vida da Jo.
Fiz as duas provas do horário com tranquilidade, tudo que eu havia estudado estava ali. Já podia sentir as férias chegando. Ano que vem seria o último ano e finalmente largar de uma vez a escola e fazer o que tanto amo, que não decidi ainda, mas tenho tempo.
(...)
O dia passou rápido, terminamos todas as provas e fomos liberados. Saio da sala e fico encostada no portão, esperando as meninas e o Tato saírem da sala.
— Como foi tua prova, Lili? – Letícia surge do meu lado.
— Ah, foram bem tranquilas, graças a Deus. E as tuas? Vai lá pra casa hoje?
— Hoje não vai dá, preciso revisar os assuntos. Minha mãe pegou muito no meu pé, ela não quer que eu pegue DP e atrase os compromissos de fim de ano deles. – ela suspira e o Renato chega junto da gente.
— Deixa de ser reclamona, Lê. Ela só quer que você estude. – ele diz.
— Ah, falou o filho favorito. – Letícia rola os olhos e sorrimos.
— Parem os dois. Alguém viu a Joana? Tô esperando ela pra ir pra casa. – passo o olho pelas pessoas, procurando ela.
Letícia e Renato vão pra casa e continuo esperando a Jo aparecer. Quase uma hora depois do horário, ela chega com a cara mais cínica do mundo.
— Me desculpa, Nina. – ela gargalha. — Eu estava ocupada.
Guardo o celular e cruzo meus braços com o dela.
— Vamos pra casa, sua safada.
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Sobre o Verão Passado
Romance"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...