02. - ☼

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Entramos no colégio e Renato logo nos avistou, vindo até a gente. Estávamos namorando há uns 7 meses já, meus pais o adoravam e ele era extremamente simpático, além de lindo. Mas, nunca entendi muito isso de amor, então não sei dizer que realmente estou apaixonada.

— Bom dia, minha linda. – ele diz, me dando um selinho demorado.

— Bom dia, Tato. – respondo.

Joana passa por nós, falando rápido com a gente e segue pra junto da Letícia. Elas acenam pra mim e chamo o Renato pra irmos até lá.

— Oi Lelê, um fim de semana sem te ver e já morro de saudades. – puxo ela e dou um abraço forte.

Ficamos conversando até o sinal tocar. A Letícia era um ano atrás de nós, então nos dirigimos pra lados opostos do pátio. Joana, Renato e eu fomos conversando e revisando os assuntos da prova, se a Joana levasse pau, iria perder mais um ano e ela já estava atrasada o suficiente para querer isso de novo. Quando a mamãe disse que ela ficaria sem o surf, certamente foi a maior motivação pra ela. Surf era a vida da Jo.

Fiz as duas provas do horário com tranquilidade, tudo que eu havia estudado estava ali. Já podia sentir as férias chegando. Ano que vem seria o último ano e finalmente largar de uma vez a escola e fazer o que tanto amo, que não decidi ainda, mas tenho tempo.

(...)

O dia passou rápido, terminamos todas as provas e fomos liberados. Saio da sala e fico encostada no portão, esperando as meninas e o Tato saírem da sala.

— Como foi tua prova, Lili? – Letícia surge do meu lado.

— Ah, foram bem tranquilas, graças a Deus. E as tuas? Vai lá pra casa hoje?

— Hoje não vai dá, preciso revisar os assuntos. Minha mãe pegou muito no meu pé, ela não quer que eu pegue DP e atrase os compromissos de fim de ano deles. – ela suspira e o Renato chega junto da gente.

— Deixa de ser reclamona, Lê. Ela só quer que você estude. – ele diz.

— Ah, falou o filho favorito. – Letícia rola os olhos e sorrimos.

— Parem os dois. Alguém viu a Joana? Tô esperando ela pra ir pra casa. – passo o olho pelas pessoas, procurando ela.

Letícia e Renato vão pra casa e continuo esperando a Jo aparecer. Quase uma hora depois do horário, ela chega com a cara mais cínica do mundo.

— Me desculpa, Nina. – ela gargalha. — Eu estava ocupada.

Guardo o celular e cruzo meus braços com o dela.

— Vamos pra casa, sua safada.

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora