Ficar na praia com o Renato era um dos meus programas preferidos. Só nós dois e aquele mar infinito, sentindo aquela brisa gostosa e o cheirinho da maresia, era indescritível. Renato e eu ficamos nos namorando o restante do dia, até que meu celular tocou.
— Oi mãe. – ela ainda estava surtando. — Já vou pra casa, tá certo? Eu sei que o papai não gosta de viajar de noite, mas são somente duas horas de estrada. – rolei os olhos. — Já estou indo, dona Ana. Tô perto de casa já.
Desligo o telefone e faço carinha de choro pro Renato.
— Que cara é essa? – ele sorri.
— Precisamos ir. Minha mãe tá louca.
— Não fale assim. – ele levanta e me estende a mão. — Vamos logo antes que sogra lhe mate.
Fomos caminhando pela orla e logo chegamos na minha rua. Meu prédio ficava numa transversal da avenida que dava pra orla. Era bem movimentada, tinha uns barzinhos de esquina e a segurança naquela área era redobrada. Paramos na frente do meu prédio e Renato me puxou pra ele.
— Não quero me despedir. – ele roça o nariz no meu. — Mas, não vou ficar prendendo você aqui, pra não levar bronca. – sorrimos.
— Te mando notícias sempre. Se voltarmos antes do ano novo do sítio, te aviso. Mas, sabe que se quiser, pode passar lá. Meus avós te adoram e a Lelê também!
Falando na Letícia...
— Você ia embora sem se despedir de mim, Alina Tavares Cardoso? – ela vinha da esquina, pisando forte. — Você não vale nada!
Dei um abraço na louca, um beijo no Renato e entrei no prédio.
(...)
— Tá de tpm, dona Ana? – falo pra minha mãe e levo um beliscão. — Ai, isso doeu!
— Me respeita, menina.
Vou pro quarto e termino de arrumar minhas coisas. Fecho a mala e a levo pra sala. Olho meu celular e tem uma mensagem da Joana avisando que o Iago foi de ônibus, mais cedo, pra casa da vó. Junto às coisas do Téo as minhas e me sento, esperando meus pais.
Joana chega em casa, termina de fazer a mala dela e se junta a mim na sala. Ninguém fala nada sobre o lance do campeonato. Descemos as malas pro carro, carregamos tudo e nos ajeitamos no carro. Coloco o Téo na cadeirinha e ponho meu cinto. Tudo pronto. Partimos para Leoberto Leal.
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Sobre o Verão Passado
Romance"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...