Depois de nadar e zoar com o Iago e a Jojo na água, resolvi deitar numa das pedras e aproveitar pra pegar um bronze. Essa era a deixa pros pombinhos começarem a se pegar. Olho pro meu celular e nenhum sinal de internet, decido ligar pra Letícia.
— Oi, amiga. – ela atende.
— Oi Lelê! Tudo bem? Cadê o Tato? Vocês vão vim? – pergunto.
— Acho que sim, depois do Natal, caso formos. Ele disse que te mandou mensagem no Whats, mas que nem chegou.
— Sim, o sinal da internet aqui é um pouquinho ruim, você sabe. Avisa que mais tarde eu ligo, estou na cachoeira agora com a Jo e o Iago.
— Tudo bem, a gente tá indo pra Angra agora, depois a gente se fala, Lili. Te amo, beijo. – nos despedimos e ela desliga.
Ponho a toalha no rosto e tiro um cochilo ali mesmo. Acordo com o Iago jogando água em cima de mim.
— Só dorme essa menina. – ele diz.
— Ai, para, carrapato. – mostro a língua. — Vamos pra casa, cansei de nadar.
— Vamos, preguiçosa.
Juntamos nossas coisas e voltamos pra casa.
— A água tava maravilhosa, mas a Nina é uma chata. – Joana resmunga pra nossa avó.
— Ela deve estar cansada, mais cedo ela estava cavalgando, meu amor. Vão descansar, mais tarde começa a quermesse. Estão com fome? – vovó pergunta.
— Eu não estou não, vózinha. Comi um dos seus sanduíches lá. Vou tomar banho e dormir. – beijo o rosto dela e subo.
Separo uma das roupas da mala, ponho em cima da cama, pego uma toalha seca e entro no banheiro. Tomo um banho demorado, lavo o cabelo e saio, me secando em seguida. Visto uma calcinha e um sutiã, depois coloco o short jeans e a regata que separei. Passo a escova no cabelo, organizo minhas coisas, abro a janela do quarto, fecho a cortina pra ficar mais escuro e me deito, pegando logo no sono.
(...)
— Só falta a Alina, cadê ela? – Joana diz.
Ouço alguém batendo na porta e pego o celular, olhando a hora.
— Droga! – resmungo.
— Acorda, Nina. Vamos pro centro!
— 5 minutos. – grito e me levanto.
Pego uma saia jeans, uma camiseta e um casaco, troco de roupa, faço um rabo de cavalo no cabelo, escovo os dentes, lavo o rosto, passo uma base, rímel e batom. Ponho o celular e o documento no bolso, no outro boto dinheiro e calço uma sandália.
— Tô pronta. – digo, abrindo a porta.
— Finalmente né. – Iago resmunga.
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Sobre o Verão Passado
Romance"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...